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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Analistas do mercado melhoram estimativa para o PIB em 2020 e passam a prever tombo de 5,52%

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Foi a sétima semana seguida de melhora na projeção para a atividade econômica. Analistas elevaram a estimativa de inflação para 1,67% neste ano. 
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
17/08/2020 08h31  Atualizado há 1 horas
Postado em 17 de agosto de 2020 às 09h35m

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Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, revisando a estimativa de uma redução de 5,62% para 5,52%. Essa foi a sétima semana seguida de melhora do indicador.

A projeção faz parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nas últimas semanas, porém, indicadores têm mostrado o início de uma retomada da economia brasileira.

Na semana passada, o BC divulgou o resultado do IBC- Br do segundo trimestre deste ano. O indicador projetou um tombo de quase 11% na atividade econômica brasileira no período, sinalizando o início de uma recessão.
Banco Central prevê queda do PIB de 10,94% no 2º semestre
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PREVISÕES DO MERCADO PARA O PIB DE 2020
(EM %)
04/01/201929/03/201905/06/201901/08/201920/11/201919/02/202013/03/202027/03/202009/04/202024/04/202008/05/202022/05/202005/06/202019/06/202003/07/202017/07/202031/07/202014/08/20200-7,5-5-2,52,55
Fonte: BANCO CENTRAL

Para 2021, a expectativa do mercado financeiro de crescimento do PIB foi mantida em 3,50%.

Inflação abaixo de 2%

Segundo o relatório divulgado pelo BC nesta segunda-feira, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2020 de 1,63% para 1,67%.

A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.

Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

Taxa básica de juros

Após a queda para a mínima histórica de 2% ao ano na semana passada, o mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros da economia, a Selic, neste patamar até o fim deste ano.

Para o fim de 2021, a expectativa do mercado recuou de 3% para 2,75% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem, mas em menor intensidade.

Outras estimativas

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 continuou em R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 5 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 permaneceu em US$ 55 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 53,35 bilhões para US$ 52,75 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, recuou de US$ 53,75 bilhões para US$ 51,25 bilhões. Para 2021, a estimativa ficou estável em US$ 65,96 bilhões.

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