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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Dólar fecha em queda de 1,22% e vai a R$ 5,07, menor nível em quase três meses

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Moeda norte-americana acumula recuo de 3,77% no ano; menor fechamento anterior havia sido em 4 de novembro do ano passado, quando chegou a R$ 5,08.
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Por g1

Postado em 26 de janeiro de 2023 às 15h00m

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Dólar — Foto: Pixabay
Dólar — Foto: Pixabay

O dólar terminou esta quarta-feira (25) em queda ante o real. É o menor nível da moeda norte-americana em quase três meses, ao passo em que a entrada de recursos do exterior dão suporte à divisa brasileira.

O dólar fechou em queda de 1,22%, cotado a R$ 5,0807. Veja mais cotações.

Com o resultado, a moeda acumula queda de 3,77% no ano e de 2,46% na semana.


O que está mexendo com os mercados?

Localmente, a entrada de recursos estrangeiros no país segue no radar, uma vez que ajudou o real em pregões recentes, enquanto operadores monitoram a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Uruguai, onde se encontrou com o presidente uruguaio, Lecalle Pou.

A Petrobras informou que o comitê de elegibilidade se reuniu na terça-feira para analisar a indicação de Jean Paul Prates para os cargos de conselheiro de administração e presidente da estatal. Essa é uma das etapas que o executivo precisa percorrer antes de ser confirmado no cargo.

O futuro presidente da Petrobras deve ter uma ação alinhada ao governo, e terá como desafio a paridade dos preços com o mercado internacional, aponta a comentarista Ana Flor - veja vídeo abaixo.

Ana Flor: Futuro presidente da Petrobras deve fazer uma ação alinhada ao governo
Ana Flor: Futuro presidente da Petrobras deve fazer uma ação alinhada ao governo

Na terça-feira, a Petrobras anunciou aumento no preço da gasolina — valor passou de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, com acréscimo nominal de R$ 0,23 por litro, o que representa alta de 7,46%.

No cenário externo, a inflação global e temores de recessão econômica e suas consequências para a política econômica seguem como prioridade nos mercados internacionais.

Com pressão inflacionária e juros mais altos, a cautela permanece com o risco de recessão nos Estados Unidos, com o mercado aguardando novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que possam indicar o rumo das taxas de juros no país.

Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Assim, investidores migram para tais aplicações, em detrimento de ativos de risco como o mercado de ações e moedas do Brasil, o que pode desvalorizar o real frente o dólar.

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PIB dos EUA cresce 2,1% em 2022 e 2,9% no 4º trimestre

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País teve a segunda alta trimestral seguida, após a sequência de duas quedas trimestrais consecutivas; crescimento anual foi menor que o registrado em 2021.
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Por Marta Cavallini, g1

Postado em 26 de janeiro de 2023 âs 12h35

            Post. N. =  0.580           

Homem faz compras em um supermercado de Nova York, em imagem de 27 de julho de 2022.  — Foto: Andres Kudacki/AP Photo
Homem faz compras em um supermercado de Nova York, em imagem de 27 de julho de 2022. — Foto: Andres Kudacki/AP Photo

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos aumentou a uma taxa anualizada de 2,9% no quarto trimestre de 2022, informou o Departamento de Comércio dos EUA, em sua primeira estimativa, nesta quinta-feira (26). No terceiro trimestre, a economia norte-americana havia subido 3,2%.

A estimativa do PIB divulgada nesta quinta é baseada em dados ainda incompletos ou sujeitos a revisão posterior pela agência de estatísticas. A segunda estimativa, baseada em dados mais completos, será divulgada em 23 de fevereiro.

O aumento no quarto trimestre refletiu principalmente avanços nos investimentos, nos gastos do consumidor e do governo - os gastos dos consumidores representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos.

Com isso, o país teve a segunda alta trimestral seguida, após a sequência de duas quedas trimestrais consecutivas, o que havia levantado preocupações de que a economia estaria numa recessão. No segundo trimestre, a economia dos EUA contraiu 0,6%.

Esse pode marcar o último trimestre de crescimento sólido antes dos efeitos defasados do ciclo mais rápido de aperto da política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA) desde os anos 1980. A maioria dos economistas espera uma recessão até o segundo semestre do ano, embora suave em comparação com as recessões anteriores, aponta a Reuters.

Já no ano de 2022, o PIB cresceu 2,1%, ante alta de 5,9% em 2021. Esse avanço refletiu principalmente a alta nos gastos do consumidor, nas exportações e nos investimentos.

No quarto trimestre, o PIB em dólares correntes aumentou 6,5% a uma taxa anual, ou US$ 408,6 bilhões, para o total de US$ 26,13 trilhões. No terceiro trimestre, o PIB aumentou 7,7%, ou US$ 475,4 bilhões.

No ano passado, o PIB em dólares correntes aumentou 9,2%, ou US$ 2,15 trilhões, para o total de US$ 25,46 trilhões, em comparação com o aumento de 10,7%, ou US$ 2,25 trilhões, em 2021.

Desaceleração

Em comparação com o terceiro trimestre, o crescimento menor do PIB no quarto trimestre refletiu principalmente uma desaceleração nas exportações e no investimento fixo não residencial, nos gastos dos governos estaduais e locais e nos gastos do consumidor.

Esses movimentos foram parcialmente compensados ​​pelo aumento dos investimentos privados em estoques, pela aceleração dos gastos do governo federal e por uma menor queda nos investimentos fixos residenciais. As importações diminuíram menos no quarto trimestre do que no terceiro trimestre.

No ano, o destaque ficou com o aumento dos gastos do consumidor, trazido pela procura por serviços, principalmente por viagens internacionais, serviços de alimentação e alojamento e cuidados com saúde.

O aumento nos investimentos refletiu principalmente a alta nas indústrias de manufatura, comércio atacadista e varejo. Entre as quedas, destaque para o investimento fixo residencial e gastos do governo federal.

Em meio a esses dados, investidores continuam atentos aos próximos movimentos do Federal Reserve (BC dos EUA) em relação à taxa de juros.

Para Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, apesar dos números ainda bons, vários outros indicadores de atividade sugerem que a economia está em forte desaceleração.

Para ele, o esfriamento da economia americana reflete o aperto na política monetária que começou a ser implementado pelo Fed no ano passado para conter a inflação.

Salles explica que, num contexto de economia forte e um mercado de trabalho aquecido, os preços dispararam, levando o Fed a elevar as taxas de juros para desacelerar a atividade. A inflação em 12 meses acumula uma alta de 5,5% em novembro, bem acima da meta de 2%.

"Apesar dos sinais da desaceleração da economia, acreditamos que o mercado de trabalho seguirá aquecido nos próximos meses, pressionando a inflação. Por conta desse cenário, o Fed deverá seguir com novos aumentos de juros no curto prazo", diz Salles.

A previsão dele é que a taxa de juros alcance um pico neste ano, ficando no intervalo entre 5% e 5,25%, com provável aumento de 0,25 ponto percentual na reunião de fevereiro. "Não esperamos cortes de juros antes de 2024", diz.

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