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terça-feira, 28 de março de 2023

Ibovespa fecha em alta e volta aos 101 mil pontos após ata do BC

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O principal índice do mercado de ações brasileiro subiu 1,52%, aos 101.185 pontos.
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Por g1

Postado em 28 de março de 2023 às 11h15m

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Sede da B3 — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Sede da B3 — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em alta nesta terça-feira (28), repercutindo o alívio no setor bancário e a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O índice subiu 1,52%, aos 101.185 pontos. Veja mais cotações.

Na véspera, o índice teve alta de 0,85%, aos 99.670 pontos. Com o resultado de hoje, o Ibovespa passou a acumular perdas de 3,57% no mês e de 7,79% no ano.


O que está mexendo com os mercados?

Na agenda interna, há dois destaques: a possível divulgação do novo arcabouço fiscal brasileiro, agora que a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China foi adiada, e a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu manter a taxa básica de juros do país em 13,75% ao ano.

A ata do Copom saiu por volta das 8h. O comitê diz que um "arcabouço" fiscal "sólido e crível" pode levar a um processo de queda da inflação "mais benigno" ao reduzir as expectativas de alta dos preços, de incerteza na economia e dos prêmios de risco de ativos (entre eles, a taxa de juros e o câmbio).

"O Copom enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a apresentação do arcabouço fiscal, uma vez que a primeira segue condicional à reação das expectativas de inflação, às projeções da dívida pública e aos preços de ativos", acrescentou o BC.

A área econômica do governo já finalizou o chamado "arcabouço fiscal", que são novas regras para as contas públicas em substituição ao atual teto de gastos como parâmetro para o controle dos gastos — uma "âncora fiscal", no jargão da economia. O governo já informou que vai enviar a proposta ao Congresso Nacional até 15 de abril.

A ideia é a de se criar um mecanismo que permita ao governo fazer investimentos e despesas orçamentárias em saúde e educação, por exemplo, os chamados gastos sociais, sem gerar descontrole nas contas públicas.

Apesar de ainda não haver informações sobre qual será o desenho da nova regra fiscal, especialistas consultados pelo g1 são unânimes em dizer que o novo arcabouço é necessário para que o governo consiga melhorar ao longo do tempo o resultado das suas contas públicas e também para estabilizar o endividamento público.

No exterior, o mercado ainda dá alguma atenção à questão bancária. A oferta do First Citizens BancShares Inc de comprar o Silicon Valley (SVB) trouxe alguma calmaria ao setor e afastou suspeitas de que o Federal Reserve tenha problemas para contornar a crise de crédito nos EUA.

"A possibilidade de continuidade do ciclo de aperto monetário nas economias desenvolvidas voltou a depender, no curto prazo, dos indicadores econômicos e do rumo da inflação, ainda que o problema bancário seja algo totalmente presente no bloco europeu", diz relatório da Infinity Asset.

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