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O IBGE divulgou nesta semana o desempenho da economia brasileira no terceiro trimestre. O resultado superou as expectativas e reforçou o debate sobre o PIB Potencial.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Jornal Nacional
Postado em 08 de dezembro de 2023 às 22h15m
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Um metro e quatro de altura e 15 kg: aos 4 anos, Louise está "em linha com as expectativas".
“A gente coloca a altura da mãe, altura do pai, tem uma fórmula matemática para isso e já prevê a altura que a criança vai chegar na fase adulta. Então, isso já gera, mais ou menos, a expectativa dessa curva de crescimento que a Louise vai ter ao longo da faixa pediátrica e depois na fase adulta”, explica Paula Filler, médica pediatra.
Assim de olho na curva de crescimento, pediatras até se parecem com economistas, que, aliás, andam intrigados com o que chamam de PIB Potencial.
“Um país tem um nível de produtividade, tem um nível de eficiência. Se ele cresce muito mais forte do que isso, esse crescimento vaza em problemas, ou seja, inflação, déficit na balança comercial e, às vezes, até problemas com o setor elétrico. Às vezes você não tem nem energia para o país crescer”, diz o economista André Perfeito.
Mas o espaço para crescer do Brasil talvez seja maior do que se imaginava.
"Um dos grandes problemas que a gente tinha era o setor externo. Toda vez que a gente crescia começava a dar problema nas transações correntes, balança comercial. Agora, após anos e anos de esforço do Brasil, a gente construiu uma novidade que a Petrobras é a balança de energia no Brasil, começou a ficar superavitária, isso daí vai mudar o jogo. Outros grandes projetos de infraestrutura econômica que a gente fez estão se amadurecendo. Um exemplo disso, claro, é o Plano Real, que gerou algumas coisas importantes, gerou um nível de reserva internacional forte, o que permite que a gente não sofra choques na moeda. Basta ver o comportamento do real nos últimos meses, está absolutamente sobre o controle. Mas mais do que isso, que permitiu o nível de internacionalização da economia brasileira. O que gera, entre outras coisas, eficiência microeconômica e uma melhor produtividade. Então, o Brasil depois de muito mas muito esforço mesmo, conseguiu criar ou levar a cabo projetos que dão mais segurança e mais estabilidade. Isso daí não é a vitória de um brasileiro de um governo ou nada disso", afirma André Perfeito
Nas grandes cidades, como São Paulo, é impossível não notar como piorou o trânsito nos últimos meses. Para gente, é só um dado do cotidiano, mas para os economistas esse "nó" reflete os gráficos do crescimento do país. Em termos reais, o Produto Interno Bruto está no maior nível da série do IBGE, ou seja, o país nunca produziu tanta riqueza no período de um ano. Se a gente olhar para história, é quando começam a aparecer os gargalos. Mas um grupo grande de especialistas acredita que agora pode ser diferente.
“Está se mostrando diferente já, né? Quer dizer que o Brasil pode crescer mais, de maneira sustentável, sem inflação. Melhora muito a situação de trabalho, de mão de obra, a renda melhora. É um país mais saudável, que consegue produzir mais com as mesmas coisas”, comenta Luiz Fernando Figueiredo, presidente do conselho da Jive Investments.Só não vai dar certo se não investir.
“A gente pega o setor de energia, pega transportes. São os gargalos de infraestrutura no Brasil são muito grandes. São justamente grandes por causa da falta do investimento em infraestrutura. Tanto do público como do privado”, explica o professor de economia da FGV Nelson Marconi.
A taxa de investimento caiu na última década e deve ficar em torno de 17% do PIB. Muito abaixo da média mundial, 26,4%.
"A taxa de investimento mostra como está nossa capacidade produtiva. Então, quando a gente tem uma taxa de investimento baixa, a nossa capacidade de gerar produção, de gerar emprego, fica comprometida”, diz Juliana Trece, pesquisadora do FGV Ibre.
Para o Brasil, assim como para as crianças, investimento define o futuro.
"Se a gente não trabalha na parte pediátrica, dificilmente vai chegar um adulto ali tão bem desenvolvido. Então, a gente focar nessa parte e investir em tudo isso, a gente espera que a criança alcance uma vida adulta saudável, com super potencial para um bom desenvolvimento”, comenta a médica pediatra Paula Filler.