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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Brasil tem saída recorde de recursos financeiros em 2024, mas ingresso de dólares por conta de exportações atenua saldo negativo

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Números do fluxo cambial do ano passado foram divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira. Saída de recursos se concentrou no fim do ano, quando houve disparada do dólar.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 08 de Janeiro de 2.025 às 16h40m

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#dolar — Foto: Marcello Casal Jr/ABr
#dolar — Foto: Marcello Casal Jr/ABr

A saída de dólares do país pela conta financeira em 2024 totalizou US$ 87,2 bilhões e bateu recorde, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (8).

  • Foi a maior saída de recursos por essa conta desde o início da série histórica do BC, em 1982, ou seja em 43 anos.
  • Até então, a maior retirada havia sido foi registrada em 2019, quando US$ 65,8 bilhões deixaram o Brasil por esta via.

A conta financeira inclui: compra e venda de dólares relativas a serviços, como de turismo, alugueis, transportes, além de rendas (remessas de filiais ao exterior), investimentos e aplicações financeiras no exterior (bolsas de valores, moedas ou mercado futuro, por exemplo).

Entretanto, essa é somente uma das contas que forma todo o fluxo cambial brasileiro.

Além da financeira, o fluxo total de dólares que entra e sai do país também engloba outra conta: a conta comercial — que registra as compras e vendas de dólares relacionadas com as exportações e com as importações.

Por meio da conta comercial, em 2024, ingressaram US$ 69,2 bilhões no Brasil por conta das exportações.

Considerando toda movimentação de dólares em 2024, incluindo as contas comercial e financeira, houve a retirada de US$ 18 bilhões do país. Essa é a maior saída de recursos anual desde 2020, quando US$ 27,9 bilhões deixaram a economia brasileira.

Somente no mês de dezembro, ainda de acordo com o Banco Central, US$ 28,8 bilhões saíram do país pela conta financeira, enquanto outros US$ 2,45 bilhões ingressaram pela conta comercial. Ao todo, o mês passado terminou com a retirada total, envolvendo as duas contas, de US$ 26,4 bilhões do Brasil.

Disparada do dólar


Como a alta do dólar impacta o dia a dia de consumidores

Com a forte saída de recursos do país, principalmente em dezembro do ano passado, o dólar operou pressionado, atingindo cotações máximas, chegando a operar acima de R$ 6,20.

A escalada da moeda norte-americana em 2024 é resultado de uma série de fatores externos e internos, como conflitos internacionais, nível de juros nos Estados Unidos, eleição de Donald Trump e expectativas em torno das contas públicas brasileiras.

Especialmente no fim do último ano, os holofotes ficaram com o quadro fiscal do Brasil, em meio a receios do mercado financeiro sobre a efetividade do pacote de corte de gastos anunciado pelo governo no fim de novembro.

Por conta disso, o BC vender cerca de US$ 19 bilhões, em dezembro, no mercado à vista, o que contribuiu para baixar as reservas internacionais brasileiras no ano passado.

Além da retirada de recursos, analistas avaliam que dúvidas sobre a capacidade de pacote de corte de gastos conter a alta da dívida pública também pesaram, influenciando a moeda norte-americana.

A saída atípica de recursos do país, no fim do ano passado, foi apontada pelo ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Na ocasião, ele reafirmou que o câmbio é flutuante no Brasil, ou seja, que o dólar sobe e desce de acordo com as operações no mercado, mas explicou que, diante da saída de divisas, o BC resolveu intervir no câmbio, por meio de leilões de venda de moeda.

"Há saída maior de pessoa físicas, por plataformas, com volumes menores. A gente discute entre a gente e tenta fazer uma intervenção que se contrabalenceie o fluxo que está vendo [de saída]. Geralmente a gente fatia [as intervenções] em alguns dias, o volume [equivalente às retiradas]", acrescentou Campos Neto, no fim do ano passado.


Campos Neto e Galípolo consideraram que não existe um ataque especulativo contra o real

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