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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

BC vê economia desacelerar no 4º trimestre e indica atuação para conter alta do dólar no fim do ano

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Afirmação é do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, que participou de 'live' do jornal 'Valor Econômico' nesta quarta (18). Segundo ele, alta da inflação é transitória.  
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
18/11/2020 15h18 Atualizado há 3 horas
Postado em 17 de novembro de 2020 às 19h15m

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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, avaliou nesta quarta-feira (18) que a economia brasileira deve desacelerar no quarto trimestre devido à redução do valor do auxílio emergencial pago pelo governo a trabalhadores informais durante a pandemia.

Ele indicou ainda que a instituição deve atuar para conter a alta do dólar prevista para o fim do ano, causada por um tradicional aumento da demanda neste período, além de mudanças na legislação (leia mais abaixo).

Na semana passada, o BC divulgou estimativa que aponta para alta de 9,47% do PIB no terceiro trimestre de 2020.

Prévia do PIB aponta alta de 9,4% no 3º trimestre e saída da recessão
Prévia do PIB aponta alta de 9,4% no 3º trimestre e saída da recessão

Segundo Serra, entretanto, seria "normal uma desaceleração a partir do quatro trimestre", considerando a redução do valor do auxílio emergencial, de R$ 600 para R$ 300, e a perda de força de medidas de postergação no pagamento de empréstimos.

"A realidade econômica de hoje não é a do início do ano que vem. A gente não consegue perdurar no tempo uma medida do lado fiscal, dos auxílios, não tem capacidade fiscal de manutenção por um tempo muito mais prolongado. E é natural que a realidade econômica vá mudar um pouco", acrescentou Serra, em videoconferência promovida pelo jornal "Valor Econômico".

Atuação do BC no câmbio

Serra também foi questionado sobre as pressões de alta do dólar no fim de ano, geradas por uma procura maior por moeda norte-americana, aliada, ainda, a mudanças na legislação do chamado "overhedge" - uma cobertura adicional ao valor do próprio investimento no exterior, considerada uma distorção no mercado brasileiro, que está sendo alterada em 2020 e 2021.

O diretor do BC indicou que a instituição vai atuar para conter a alta do dólar no fim do ano. E, para atender à tradicional demanda pela moeda no fim do ano, apontou que a instituição "costumeiramente" oferta leilões de linha, o que deve acontecer novamente em 2020.

Nos leilões de linha, o BC vende moeda estrangeira para quem está precisando, com compromisso de recompra nos meses seguintes.

No caso do "overhedge", as instituições financeiras e empresas terão de comprar US$ 15 bilhões até o fim do ano para atenderem às novas regras. Com isso, o diretor indicou que o Banco Central vai atuar, provendo liquidez em moeda norte-americana.

"Se a gente entender que o mercado não está sendo capaz de gerir esse volume, que isso está afetando o funcionamento do mercado, para preservar isso o BC vai atuar. Isso é natural e não é nenhuma surpresa", disse.

Segundo ele, isso poderá ser feito por meio de leilões de "swaps cambiais", instrumentos que equivalem à venda de dólares no mercado futuro pelo BC.

Alta da inflação e vacinas

O diretor do BC também reafirmou a posição da autoridade monetária, divulgada nas últimas semanas, que a alta recente da inflação "é temporária", e "puxada principalmente pela parte de alimentos".

"Umas regiões estão consumindo muito mais do que consumiam antes da pandemia, outras estão consumindo menos. E essa reorganização logística pode trazer consequências do lado de oferta, mas elas vão se normalizar. Porque as condições de oferta também já estão se normalizando", afirmou.

Disse, ainda, que, apesar de entender pouco sobre saúde pública, as notícias sobre o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 "parecem ser extremamente positivas".

"Estamos falando da terceira vacina com eficiência acima de 90%. Isso é bem melhor do que o mercado esperava há meses atrás. Ainda tem as dificuldades de como as vacinas vão chegar na população, mas eu acho que é bastante positivo, acho que vai ajudar a economia voltar ao normal em algum momento futuro, em 2021. Uma esperança", concluiu.

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Fitch reafirma rating BB- para o Brasil com perspectiva negativa e alerta para deterioração fiscal

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Agência de classificação de risco chamou a atenção para os riscos fiscais do país em um ambiente de incerteza política doméstica. 
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Por Reuters  
18/11/2020 18h20 Atualizado há 13 minutos
Postado em 17 de novembro de 2020 às 18h40m

 .*  Post. N. = 0.136  *. 

A agência de classificação de risco Fitch Ratings reafirmou nesta quarta-feira (18) a nota de crédito soberano "BB-" para o Brasil, com perspectiva negativa, e chamou atenção para os riscos fiscais do país em um ambiente de incerteza política doméstica e ressurgimento global das infecções pelo coronavírus.

"A perspectiva negativa reflete a severa deterioração do déficit fiscal do Brasil e do fardo da dívida pública durante 2020 e a incerteza persistente quanto às perspectivas de consolidação fiscal, incluindo a sustentabilidade do teto de gastos de 2016(a principal âncora da política fiscal), dadas as contínuas pressões sobre os gastos", afirmou a Fitch em relatório.

A agência citou ainda em seu comunicado riscos referentes ao encurtamento da dívida pública, movimento que tem ocorrido conforme o Tesouro Nacional tem maiores dificuldades para captar recursos tendo como pano de fundo maior receio do mercado sobre as contas públicas e um juro real de curto prazo negativo.

"Embora a equipe econômica esteja comprometida em retornar à sua agenda de reformas em 2021, o ambiente político permanece fluido, reduzindo a visibilidade e previsibilidade do processo", disse a Fitch no texto.

"A Fitch espera que a economia se recupere a partir de 2021; no entanto, a incerteza em torno dos desenvolvimentos políticos e de políticas públicas, combinada com um ressurgimento de infecções globais por coronavírus, continua a obscurecer o panorama."

Brasil sem selo de bom pagador; veja a nota do país nas principais agências de risco — Foto: Karina Almeida / G1
Brasil sem selo de bom pagador; veja a nota do país nas principais agências de risco — Foto: Karina Almeida / G1

A agência prevê que a economia brasileira vai contrair 5% em 2020, quando a dívida pública deverá chegar a quase 95% do Produto Interno Bruto (PIB). O déficit nominal do governo geral vai escalar para 16,7% do PIB em 2020, ante cerca de 6,0% em 2019 e mais do que o dobro do rombo de 7,8% correspondente à mediana de países de rating "BB".

Em setembro, porém, a Fitch previa uma queda do PIB ainda maior, de 5,8%.

Para 2021, a Fitch projeta que a economia brasileira vai se beneficiar de uma recuperação econômica global, de maior crescimento na China (seu principal parceiro comercial) e de uma taxa de câmbio competitiva. Mas a agência ponderou que vários riscos negativos podem amortecer a recuperação, incluindo a eliminação progressiva das medidas emergenciais de apoio e a persistência de uma elevada taxa de desemprego.

"O ressurgimento do coronavírus, o endurecimento das medidas de distanciamento social e/ou manobras de política que minam a confiança do mercado na trajetória fiscal futura são riscos negativos adicionais", afirmou a Fitch.

m o país no grupo de maior risco de crédito, o chamado status "junk". Moody's ("Ba2", perspectiva estável) e S&P ("BB-", perspectiva estável) também classificam o rating do Brasil abaixo do grau de investimento.

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