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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Criação de empregos formais desacelera pelo segundo ano seguido e soma 1,48 milhão em 2023

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Números do Caged foram divulgados pelo Ministério do Trabalho, nesta terça-feira (30). Na comparação com 2022, houve queda de 26,3% na criação de postos de trabalho com carteira assinada.
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Por Alexandro MartelloLais Carregosa, g1 — Brasília

Postado em 30 de janeiro de 2024 às 14h55m

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A economia brasileira gerou 1,48 milhão de empregos com carteira assinada em 2023, informou nesta terça-feira (30) o Ministério do Trabalho.

Ao todo, segundo o governo federal, no ano passado foram registradas:

  • 23,257 milhões de contratações;
  • 21,774 milhões de demissões.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os números representam uma queda de 26,3% em relação ao ano de 2022, quando foram gerados 2,01 milhões de postos de trabalho.

Criação de empregos formais
-191.943-191.9432.780.1552.780.1552.013.2612.013.2611.483.5981.483.5982020202120222023-500k0500k1.000k1.500k2.000k2.500k3.000k
Fonte: Ministério do Trabalho

Segundo o ministro, a meta não se concretizou por um saldo menor que o esperado nos meses de setembro, outubro e novembro.

"Relutei muito ano passado em projetar quanto que seria o número de empregos e, do jeito que vinha, os juros e tal, temia que que a gente não chegasse no patamar que chegamos. Acabamos falando na ordem de 2 milhões um pouco para mostrar: 'vamos vender boas notícias para estimular o conjunto da população, o empresariado enfim'", declarou.

O ministro, contudo, disse considerar o resultado de 2023 como "razoável". De acordo com Marinho, o nível da taxa básica de juros na economia, a taxa Selic, e o endividamento são fatores que afetaram a criação de empregos no ano.

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia.

Os números oficiais mostram que, somente em dezembro do ano passado, as demissões superaram as contratações em 430.159 vagas formais.

Normalmente, há demissões no último mês de cada ano por causa da sazonalidade do comércio. O governo também tem observado demissões no setor público, principalmente nas áreas de educação e saúde, com o encerramento de contratos temporários.

  • Ao final de 2023, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 43,92 milhões de empregos com carteira assinada.
  • O resultado representa alta na comparação com dezembro do ano anterior (42,44 milhões).
Empregos por setor

Os números do Caged de 2023 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia.

Empregos por setor
Abertura de vagas em em 2023
Total

886.223886.223127.145127.145158.940158.940276.528276.52834.76234.762ServiçosIndústriaConstruçãoComércioAgropecuária0200k400k600k800k1.000k
Fonte: Ministério do Trabalho

Regiões do país

Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas regiões do país no ano passado.

Empregos por região
Vagas criadas em 2023
Em milhares

726.327726.327298.188298.188197.659197.659155.956155.956106.375106.375SudesteNordesteSulCentro-OesteNorte0200k400k600k800k
Fonte: Ministério do Trabalho

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.026,33 em dezembro do ano passado, o que representa redução em relação a novembro (R$ 2.032,85).

Na comparação com dezembro de 2022, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 1.986,15.

Caged x Pnad

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, e não incluem os informais.

Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada no fim do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre móvel terminado em novembro. Foi a menor desde fevereiro de 2015.

Desemprego cai para 7,5% no trimestre encerrado em novembro

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