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sábado, 3 de fevereiro de 2024

Energia limpa: Brasil bate recorde com 93% da energia gerada em 2023 vindo de fontes renováveis, diz CCEE

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Hidrelétricas respondem pela maior parte da geração. Produção por usinas eólicas e solares aumentou 23,4%.
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Por Lais Carregosa, g1 — Brasília

Postado em 03 de fevereiro de 2024 às 11h30m

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O Brasil bateu recorde de geração de energia limpa em 2023, com 93,1% de toda a energia gerada vindo de fontes renováveis. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e foram divulgados nesta sexta-feira (2).

No total, foram gerados 70,2 mil megawatts médios (MWm) no ano passado, por meio de usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa.

As hidrelétricas respondem por mais da metade da energia gerada em 2023, com 50 mil MWm – um crescimento de 1,2% em relação a 2022.

Já as usinas de geração eólica e solar somaram 13 mil MWm, o que representa uma alta de 23,8% em relação a 2022.

"O avanço foi puxado pelo cenário climatológico favorável, em especial para a produção de energia solar, e pela entrada de novas usinas no Sistema Interligado Nacional", afirma a CCEE.


Força dos ventos é um dos principais caminhos para aumentar a produção de energia limpa

As novas unidades de produção aumentaram a capacidade instalada no país em 42,6 mil MW – o equivalente a três usinas de Itaipu.

Já a geração de energia a partir da biomassa, principalmente a partir do bagaço da cana-de-açúcar, foi de 3,2 MWm – aumento de 9,6% em relação ao ano anterior.

"Nos próximos anos, a abertura do mercado livre de energia para toda a alta tensão, já operacionalizada desde janeiro, deve impulsionar ainda mais a demanda por energias renováveis", afirmou em nota o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos.

A Câmara de Comercialização também aponta para um crescimento de 63,9% na geração distribuída – quando os próprios consumidores produzem sua energia, principalmente a partir de placas solares nos telhados das casas. Esse montante é injetado na rede da distribuidora local.

De acordo com a CCEE, se não houvesse geração distribuída, o consumo residencial e de pequenas empresas em 2023 teria sido de 5,9% e não 2,5%.

Na quinta-feira (1º), a CCEE divulgou um aumento de 3,7% no consumo de energia no Brasil -- o maior dos últimos anos. As ondas de calor no ano passado são o principal motivo para a expansão da demanda.

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