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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Dólar fecha cotado a R$ 5,12, menor valor em quase 7 meses

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Nesta quarta-feira (16), a moeda norte-americana recuou 1,01%, a R$ 5,1279.
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Por g1

Postado em 16 de fevereiro de 2022 às 17h00m

Post. N. =  0.431

Notas de dólar — Foto: Reuters/Dado Ruvic
Notas de dólar — Foto: Reuters/Dado Ruvic

O dólar fechou em queda de 1,01%, cotado a R$ 5,1279, nesta quarta-feira (16),com o mercado repercutindo alívio nas tensões entre Rússia e Ucrânia e continuando a enxergar retornos atrativos na moeda brasileira. A cotação é a mais baixa desde 29 de julho do ano passado (R$ 5,0795).

A manutenção do tom do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deu mais fôlego a um movimento já em curso de fluxos de capital ao Brasil e que mais cedo já havia deixado o real entre as divisas com melhor performance no dia, mesmo quando pares emergentes perdiam valor.

Com o resultado, a moeda passou a acumular queda de 3,35% no mês e de 8,02% no ano. Veja mais cotações.

Embaixador russo desmente suposta invasão à Ucrânia nesta quarta-feira (16)Embaixador russo desmente suposta invasão à Ucrânia nesta quarta-feira (16)

Cenário

Na cena internacional, o foco de atenção seguiu com as tensões entre Rússia e Ucrânia. Nesta quarta, a Rússia anunciou o fim das manobras militares e a retirada de parte de suas tropas na península da Crimeia, reduzindo os temores de uma guerra na região.

Nos EUA, será divulgada nesta quarta a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

Participantes do mercado tem atribuído a performance do real nas últimas semanas à percepção de que o Brasil está atrativo para novos fluxos de dinheiro estrangeiro, com o patamar elevado dos juros básicos aumentando a rentabilidade do mercado de renda fixa local.

Quanto mais fluxo estrangeiro novo para o mercado acionário local, maior a oferta de dólar e, portanto, mais pressão de baixa sobre a moeda norte-americana.

Analistas alertam que a trajetória de queda do dólar frente ao real pode ser transitória.

"Essa revalorização do câmbio será desafiada, ao longo deste ano, pela expectativa de moderação nos preços das commodities, pelo aumento do juro básico nas economias centrais e pela perspectiva de que a corrida eleitoral brasileira ainda poderá trazer momentos de nervosismo e volatilidade aos mercados domésticos", alertou a LCA Consultores, em relatório sobre o cenário macroeconômico.

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Moody´s vê gastos do Brasil com juros em maior patamar em 7 anos em 2022

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Agência calcula que esse tipo de despesa fechará o ano entre R$ 600 bilhões e R$ 700 bilhões, em torno de 7% do PIB, contra R$ 449 bilhões em 2021.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 16 de fevereiro de 2022 às 16h20m

Post. N. =  0.430

A alta da Selic deve elevar as despesas do governo brasileiro com juros ao maior patamar desde 2015 neste ano, apontou a agência de classificação de risco Moody´s, destacando que o movimento representa um risco ao esforço de consolidação fiscal do país.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (16), a Moody´s destacou como outros obstáculos as propostas em tramitação no Congresso para reduzir a tributação de combustíveis e incertezas macroeconômicas no ano eleitoral.

A Moody´s calcula que as despesas com juros fecharão o ano entre R$ 600 bilhões e R$ 700 bilhões, em torno de 7% do PIB, maior nível em sete anos. Em 2021, essas despesas ficaram em R$ 449 bilhões, o equivalente a 5,2% do PIB, segundo dados do Banco Central.

"A elevada participação no Brasil da dívida atrelada a taxas flutuantes contribui para a suscetibilidade da carga da dívida a aumentos de taxas", disse a Moody´s, destacando que essa parcela está hoje em 39% do total da dívida mobiliária interna, ante 29% em 2016.

Ao comentar as propostas para redução da tributação sobre combustíveis, a Moody´s afirmou que a aprovação de uma medida nesse sentido sem a devida compensação vai prejudicar o ímpeto recente de alta da arrecadação.

"Ao mesmo tempo, as crescentes incertezas em torno da política fiscal e das perspectivas macroeconômicas gerais do Brasil antes das eleições de outubro de 2022 estão prejudicando o ânimo dos investidores, afetando negativamente a confiança do mercado e levando a um aumento dos prêmios de risco", disse a Moody´s, ressaltando que as expectativas de inflação seguem elevadas e as projeções para o crescimento em 2022 e 2023 sofreram revisões expressivas para baixo.

A Moody's atribui ao Brasil classificação de nota de crédito soberano de longo prazo em moeda estrangeira em "Ba2", dois níveis abaixo do "rating" mínimo para ser considerado grau de investimento – selo de bom pagador. A agência retirou o grau de investimento do Brasil em 2016.

As agências Fitch e S&P colocam o Brasil em "BB-", também considerado grau especulativo.

Gastos com juros da dívida pública chegam a R$ 448 bi em 2021Gastos com juros da dívida pública chegam a R$ 448 bi em 2021

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