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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Companhias aéreas precisarão entre US$ 70 bi e US$ 80 bilhões adicionais de ajuda, diz IATA

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Setor já recebeu 160 bilhões de dólares dos governos. Sem a ajuda adicional, Alexandre de Juniac, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) acredita que boa parte das empresas podem não sobreviver à crise. 
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TOPO
Por France Presse  
20/11/2020 13h08 Atualizado há 10 horas
Postado em 20 de novembro de 2020 às 23h19m

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As companhias aéreas precisarão entre 70 e 80 bilhões de dólares (equivalente a cerca de R$ 373 e R$ 426 bilhões) em ajuda adicional dos governos para sobreviver à crise da Covid-19, que está esgotando sua renda, afirmou Alexandre de Juniac, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), ao jornal francês La Tribune.

O setor já recebeu 160 bilhões de dólares em ajudas dos governos, mas "para os próximos meses, as necessidades da indústria estão estimadas entre 70 e 80 bilhões de dólares em ajudas adicionais".

"Caso contrário, as empresas não sobreviverão", disse De Juniac em uma entrevista.

"Quanto mais durar a crise, maior será o risco de falências", disse De Juniac. "Quase 40" empresas estão "com dificuldades muito grandes, em processo de recuperação ou falência".

Desde o início da crise do coronavírus, que paralisou quase toda a frota mundial durante várias semanas no começo do ano, os governos têm oferecido ajuda às empresas em diversas formas (empréstimos, ajuda direta, auxílio para manter empregos).

No entanto, com a segunda onda de coronavírus, o tráfego não conseguiu se reativar e as empresas continuarão registrando perdas.

É provável que este ano se aproximem "dos 100 bilhões, em vez dos 87 bilhões anunciados anteriormente", segundo De Juniac.

Sobre as possíveis fusões no setor, o chefe da IATA afirmou que isso exige "que as empresas tenham os meios para se comprarem mutuamente", em um momento em que estão "em modo de sobrevivência".

Entretanto, a longo prazo, considera "provável" que haja "menos atores, devido às falências, e que esses atores sejam um pouco menores, porque serão obrigados a vender uma grande parte de sua frota ou a fechar rotas, ou ter horários de voo mais limitados".

A IATA se reúne a partir de segunda-feira (23) para a assembleia-geral anual da organização, que reúne 290 companhias aéreas de todo o mundo.

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Bolsas dos EUA recuam, em meio ao avanço da pandemia e incertezas sobre estímulos

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No acumulado da semana, o Dow Jones e o S&P 500 recuaram 0,73% e 0,77%, respectivamente, enquanto o Nasdaq registrou leve ganho de 0,22%. 
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Por Valor Online  
20/11/2020 19h03 Atualizado há 3 horas
Postado em 20 de novembro de 2020 às 22h10m

 .*  Post. N. = 0.138  *. 

Operador observa telões durante dia de trabalho na Bolsa de Nova York, nos EUA — Foto: Richard Drew/AP
Operador observa telões durante dia de trabalho na Bolsa de Nova York, nos EUA — Foto: Richard Drew/AP

Os índices acionários em Nova York não tiveram força para estender os ganhos da véspera e fecharam a sexta-feira (20) em queda.

O avanço da pandemia de Covid-19 no país, as perspectivas reduzidas de estímulo fiscal e a decisão do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, de não estender programas de empréstimos de emergência estabelecidos junto ao Federal Reserve (Fed), elevaram a cautela no pregão de hoje.

  • O Dow Jones encerrou o dia aos 29.263,48 pontos, em queda de 0,75%
  • O S&P 500 recuou 0,68%, a 3.557,54 pontos.
  • O índice eletrônico Nasdaq caiu 0,42% e fechou aos 11.854,97 pontos.

No acumulado da semana, o Dow Jones e o S&P 500 recuaram 0,73% e 0,77%, respectivamente, enquanto o Nasdaq registrou leve ganho de 0,22%.

Após notícias sobre o desenvolvimento de vacinas terem impulsionado o otimismo dos agentes financeiros no início da semana, o avanço expressivo da pandemia de covid-19 no país instou autoridades a adotar novas medidas de restrição à atividade econômica para frear o contágio do vírus.

Os Estados Unidos registraram um recorde de 188 mil casos de covid-19 na quinta-feira (19), uma alta de 17% em relação ao mesmo dia da semana anterior.

"Hoje, provavelmente, será o primeiro dia com 200 mil novos casos, apenas 19 dias após o primeiro dia com 100 mil casos", afirmou o economista-chefe da Pantheon Macroeconomics, Ian Shepherdson.

Segundo dados do The Covid Tracking Project, o país superou, ontem, pela primeira vez, a marca de 80 mil pessoas hospitalizadas.

"Os investidores até têm encarado o aumento dos casos de covid-19 com calma, pois têm se concentrado no benefício de vacinas iminentes, escreveu Lindsey Bell, estrategista-chefe de investimentos da Ally Invest. No entanto, ameaças de novas restrições generalizadas e de nenhum estímulo fiscal, ou um reduzido, ainda deixam os agentes financeiros cautelosos, afirmou.

A falta de acordo no Congresso sobre uma nova rodada de ajuda à economia também limita o sentimento dos investidores. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse que se reunirá com lideranças republicanas para elaborar uma nova proposta de pacote de estímulos para a economia do país, que será apresentada aos democratas nas próximas semanas.

"A economia dos EUA ainda precisa de estímulo para superar a crise no momento", disse Brian O'Reilly, chefe de estratégia de mercado da Mediolanum International Funds, à Dow Jones Newswires.

Paralelamente, na noite de quinta, Mnuchin, disse que não aprovaria a extensão de vários programas de empréstimos de emergência, estabelecidos conjuntamente com o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), durante os piores dias da turbulência financeira provocada pela pandemia, no início do ano.

O Fed, por sua vez, afirmou, em comunicado, que preferiria que o conjunto completo de mecanismos de emergência estabelecidos durante a pandemia do novo coronavírus continuasse a servir seu importante papel como um suporte para nossa economia ainda pressionada e vulnerável.

A ação de Mnuchin vai apertar as condições financeiras e remover uma rede de segurança para os mercados no momento errado, disseram Krishna Guha e Ernie Tedeschi, analistas da Evercore ISI.

Um efeito colateral é que aumenta a probabilidade de que o Fomc [Comitê Federal de Mercado Aberto] fortaleça o QE [flexibilização quantitativa] em dezembro, com duração e orientação adicionais, e se as coisas ficarem ruins o suficiente, um ritmo mais rápido de compras também. No entanto, o QE é um substituto muito imperfeito para o mercado de crédito, afirmaram.

Destaque

No noticiário corporativo, as ações da Pfizer avançaram 1,41% após a gigante farmacêutica ter anunciado que planeja pedir aos reguladores de saúde dos EUA que permitam o uso de sua vacina contra a covid-19. Assim que a empresa entrar com os documentos, caberia à Food and Drug Administration (FDA) decidir se a vacina funciona com segurança o suficiente para ser distribuída a milhões de pessoas.

Já a Gilead Sciences caiu 0,86% após a Organização Mundial da Saúde não ter recomendado o uso de seu antiviral Remdesivir como um tratamento eficaz contra a covid-19.

A Tesla recuou 1,93% hoje, mas teve alta de 19,86% na semana, após a S&P Dow Jones Indices ter anunciado que a ação vai ingressar no índice S&P 500.

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