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sexta-feira, 24 de março de 2023

IPCA-15: prévia da inflação fica em 0,69% em março, puxado por gasolina

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Indicador desacelerou na comparação com fevereiro, quando ficou em 0,76%, segundo divulgou o IBGE nesta sexta (24). Grupo de transportes registrou maior alta do período.
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Por Thaís Matos, g1

Postado em 24 de março de 2023 às 10h30m

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Reajustes nos preços de cursos regulares exerceram o maior impacto sobre a inflação em fevereiro, segundo o IBGE. — Foto: Divulgação
Reajustes nos preços de cursos regulares exerceram o maior impacto sobre a inflação em fevereiro, segundo o IBGE. — Foto: Divulgação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — ficou em 0,69% em março , informou nesta sexta-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice desacelerou na comparação com fevereiro, quando ficou em 0,76%. O indicador acumulado em 12 meses também desacelerou de 5,63% para 5,36%. Em março de 2022, o IPCA-15 foi de 0,95%.

De acordo com o IBGE, oito dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados para composição do indicador tiveram alta na comparação com o mês anterior. A exceção ficou por conta de artigos de residência, único a apresentar deflação no mês.

O maior impacto sobre a prévia da inflação, no entanto, partiu do grupo de transportes, que teve alta de 1,5% em relação a fevereiro, respondendo por 0,3 ponto percentual (p.p) do índice de março. 

Veja abaixo a variação dos grupos em março:
  • Vestuário: 0,11%
  • Transportes: 1,50%
  • Alimentação e bebidas: 0,20%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,18%
  • Habitação: 0,81%
  • Despesas pessoais: 0,28%
  • Artigos de residência: -0,18%
  • Comunicação: 0,08%
  • Educação: 0,75%
Gasolina mais cara

De acordo com o instituto, a alta do grupo transportes foi puxada, principalmente, pelo aumento de 5,76% nos preços da gasolinaEste foi o subitem com o maior impacto individual no IPCA-15 de março (0,26 p.p.). O etanol também subiu, mas com menos intensidade (1,96%).

No fim de fevereiro, o governo anunciou a reoneração de gasolina e etanol, decididos após reuniões e impasses entre as alas política e econômica sobre o tema. De acordo com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho.

Além dos combustíveis, os valores de transportes individuais e coletivos também contribuíram para a alta. Os transportes por aplicativo, por exemplo, tiveram alta de 9,02%. Também ficaram mais caros os ônibus urbanos, os intermunicipais, os trens e os táxis.


Reajuste dos planos de saúde

O segundo maior impacto sobre o IPCA-15 de março veio do grupo de saúde e cuidados pessoais. A alta no grupo foi puxada por perfumes (5,88%)maquiagem (3,81%)sabonetes (1,85%) e produtos para cabelo (1,34%).

Além dos produtos de beleza, a saúde também registrou aumento de preços: o plano de saúde subiu 1,20%, e "segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos", diz o IBGE.

Eletrônicos mais baratos

O grupo artigos de residência foi o único com queda. Ela foi puxada sobretudo pelo recuo de 1,81% dos itens de tv, som e informática, em particular as televisões (-1,89%) e os computadores pessoais (-1,68%).

Alta em todas as regiões pesquisadas

Ainda de acordo com o IBGE, o IPCA-15 teve alta em todas as áreas pesquisadas no mês. As maiores variações foram registradas em Porto Alegre e Curitiba, as duas com 1,13%. As cidades tiveram alta mais expressiva nos preços de energia elétrica.

O menor resultado, por sua vez, ocorreu em Salvador (0,37%), onde pesaram as quedas de 10,35% nas passagens aéreas e 9,13% no seguro voluntário de veículo.

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