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quarta-feira, 26 de março de 2025

Dólar sobe e fecha a R$ 5,73, com tarifas de Trump no radar; Ibovespa avança

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A moeda norte-americana teve alta de 0,42%, cotada a R$ 5,7327. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um avanço de 0,34%, aos 132.520 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 26 de Março de 2.025 às 11h00m

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Notas de dólar. — Foto: Dado Ruvic/ Reuters
Notas de dólar. — Foto: Dado Ruvic/ Reuters

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (26), a R$ 5,73, em reflexo à cautela que ainda paira no mercado diante das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Além das taxas recíprocas, que começarão a ser aplicadas pelos EUA sobre vários países na próxima semana, ainda há expectativa de que Trump anuncie novas tarifas sobre a importação de automóveis nesta quarta-feira.

A ação ampliaria a guerra comercial iniciada pelo republicano e, segundo especialistas da indústria automobilística disseram à Reuters, também pode trazer um aumento de preços e inibir a produção de veículos no país.

Na agenda, a divulgação de novos dados econômicos por aqui ficou sob os holofotes. O Banco Central (BC) informou que o rombo nas contas externas do país mais que dobraram no primeiro bimestre de 2025, registrando um déficit de US$ 17,31 bilhões — o que significa que o país mais enviou dinheiro para fora, principalmente com importações, do que arrecadou.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em alta.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

O dólar avançou 0,42%, cotado a R$ 5,7327. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7474. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,27% na semana;
  • recuo de 3,10% no mês; e
  • perda de 7,23% no ano.

No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,75%, cotada a R$ 5,7087.

📈Ibovespa

O Ibovespa encerrou com um avanço de 0,34%, aos 132.520 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa acumulou:

  • alta de 0,13% na semana;
  • avanço de 7,92% no mês; e
  • ganho de 10,17% no ano.

Na véspera, o índice teve alta de 0,57%, aos 132.068 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

Os mercados globais continuam a focar suas atenções às novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Além da expectativa pelo dia 2 de abril, quando as novas taxas recíprocas devem começar a valer, os investidores continuam de olho em eventuais novos anúncios.

Nesta quarta-feira, por exemplo, Trump afirmou que planeja anunciar novas tarifas sobre automóveis importados durante um evento do qual participará no final do dia. As falas voltaram a acender o alerta sobre os eventuais efeitos que essa política tarifária pode ter na economia.

Investidores, analistas, empresários e consumidores temem que as medidas possam acelerar a inflação de uma gama de produtos e provocar uma recessão nos EUA — além de impactar preços e crescimento econômico de diversos países pelo mundo.

Diante da incerteza, os agentes financeiros têm preferido segurar suas apostas para qualquer direção, mantendo o dinheiro nos ativos mais seguros, como o dólar, o que justifica a valorização da moeda nesta quarta-feira.

Nos últimos dias, houve algum alívio nos mercados no tema das medidas comerciais, com autoridades do governo afirmando que Trump deve adiar a implementação de tarifas sobre setores específicos para além de 2 de abril.

O próprio presidente dos EUA também disse que alguns países podem receber "descontos" nas taxas a serem aplicadas na próxima semana.

"Poucos detalhes foram fornecidos pela administração sobre como pretendem implementar o plano de tarifas recíprocas, mantendo um elevado nível de incerteza... Caso o governo opte por aplicar tarifas apenas sobre produtos e países com altos diferenciais tarifários, o impacto sobre a economia americana seria mais limitado", disseram analistas do BTG Pactual em relatório.

Enquanto isso, as expectativas de consumidores seguem se deteriorando. Relatório do Conference Board mostrou na última terça-feira que seu índice de confiança do consumidor caiu pelo quarto mês consecutivo em março e de forma mais acentuada que projeção em pesquisa da Reuters.

A preocupação de economistas é que o pessimismo dos consumidores possa refletir na economia real em breve, com queda do consumo e dos investimentos nos EUA, o que poderia contribuir para uma recessão.

Ambiente interno

Os investidores também seguem de olho no noticiário doméstico. Segundo o BC, o rombo nas contas externas brasileiras mais que dobrou no primeiro bimestre do ano. Já o investimento estrangeiro direto no país registrou um pequeno aumento.

Além disso, ainda segue no radar a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, divulgada na véspera. Na semana passada, o BC voltou a elevar a Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, sinalizando um novo aumento de menor magnitude no próximo encontro, em maio.

Para os encontros seguintes, os membros apontam que a incerteza elevada não permite uma orientação clara. Operadores precificam 61% de chance de uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa de juros em maio, com 39% de possibilidade de um aumento de 0,75 ponto.

O contínuo aumento da Selic tem como resultado ampliação do diferencial de juros entre o Brasil e outros países, o que tende a ser positivo para o real devido à atração de investidores estrangeiros.

*Com informações da agência de notícias Reuters

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