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Na sexta-feira (18), a moeda norte-americana caiu 0,52%, a R$ 5,14. No acumulado no ano, queda é de 7,80%--------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++---------
Por g1
Postado em 21 de fevereiro de 2022 às 11h10m
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Notas de dólar — Foto: Reuters/Dado Ruvic
O dólar opera em queda nesta segunda-feira (21), estendendo perdas depois de marcar na última sessão seu sexto recuo semanal consecutivo em meio a ambiente doméstico atrativo, enquanto investidores avaliavam as chances de haver uma reunião entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia para resolver a crise da Ucrânia.
Às 15h29, a moeda norte-americana recuava 0,72%, a R$ 5,1025. Na mínima do dia até o momento, chegou a R$ 5,0759. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,52%, R$ 5,14. Com o resultado, passou a acumular queda de 3,12% no mês e de 7,80% no ano.
Os investidores abrem a semana ainda atentos ao risco de invasão da Ucrânia pela Rússia, após Biden ter dito nos últimos dias que os russos devem entrar no vizinho e alvejar a capital Kiev. Apesar de o presidente americano ter afirmado que há razões para acreditar que Putin já decidiu por invadir a Ucrânia, a via diplomática permanece aberta entre o Ocidente e a Rússia — e, nas últimas horas, a perspectiva de um encontro entre Biden e Putin ganhou força.
O governo da França afirmou que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, concordaram "em princípio" em participar de uma cúpula proposta pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para discutir a crise na Ucrânia.
Os mercados não operam nesta segunda-feira nos EUA em razão do feriado do Dia dos Presidentes.
Por aqui, o foco segue nas discussões no Congresso em torno de alternativas para a redução do preço dos combustíveis e do novo pacote de concessão de crédito a pequenas e médias empresas e a microempresários que está sendo preparado pelo Ministério da Economia.
O mercado financeiro elevou pela sexta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,50% para 5,56%, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda.
Para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida a expectativa de 12,25% ao ano para o fim de 2022. O mercado financeiro manteve também a previsão de crescimento do PIB deste ano em 0,30%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,58 para R$ 5,50. Para o fim de 2023, caiu de R$ 5,45 para R$ 5,36 por dólar.
Participantes do mercado atribuem a performance do real nas últimas semanas à percepção de que o Brasil está atrativo para novos fluxos de dinheiro estrangeiro, em razão da trajetória de alta da Selic e com o diferencial de juros em relação a outras economias aumentando a rentabilidade do mercado brasileiro.
Quanto maior também o fluxo estrangeiro novo para o mercado acionário local, maior a oferta de dólar e, portanto, mais pressão de baixa sobre a moeda norte-americana.
Analistas alertam, porém, que a trajetória de queda do dólar frente ao real pode ser transitória, podendo ser desafiada por fatores como aumento dos juros nos EUA e incertezas relacionadas às eleições presidenciais no país e à situação fiscal do país.
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