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terça-feira, 13 de abril de 2021

Empresas brasileiras batem recorde de emissões no mercado de capitais no primeiro trimestre de 2021

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Segundo a Anbima, as emissões de empresas do país atingiram a cifra recorde para os três meses iniciais do ano de R$ 102 bilhões.
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TOPO
Por Valor Online

Postado em 13 de abril de 2021 às 21h50m

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Bovespa - Painel da bolsa de valores de São Paulo, B3, nesta quarta-feira (11). — Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo
Bovespa - Painel da bolsa de valores de São Paulo, B3, nesta quarta-feira (11). — Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo

O mercado de capitais brasileiro viveu o melhor primeiro trimestre de sua história em termos de captações neste ano. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as emissões de empresas do país atingiram a cifra recorde para os três meses iniciais do ano de R$ 102 bilhões.

A renda variável atingiu montante de R$ 33,4 bilhões, enquanto a renda fixa e os instrumentos híbridos responderam por R$ 68,6 bilhões do total. O crescimento das captações ante o período de janeiro a março de 2020 foi de 21,7%.

O volume captado total é uma notícia espetacular, o maior resultado da série histórica para o período, afirmou o vice-presidente da Anbima, José Eduardo Laloni, durante a coletiva sobre os resultados.

A renda variável teve um avanço de 7,05% ante o mesmo intervalo do ano passado. Apesar da alta relativamente modesta, Laloni ressalva que, entre os R$ 31,2 bilhões captados na renda variável no primeiro trimestre de 2020, há o follow-on da Petrobras que, sozinho, movimentou R$ 22 bilhões.

Sem a oferta subsequente da petroleira, as emissões de ações neste ano teriam crescido 3,6 vezes em termos de valor frente ao início de 2020. É um trimestre normalmente mais desafiador, mas mostrou um mercado bastante ativo mesmo com o recrudescimento da pandemia.

Laloni também destacou o fato de o volume financeiro de ofertas iniciais (IPO) ter superado as subsequentes (follow-on) pelo segundo trimestre consecutivo. Trata-se de uma inversão de tendência que predominou nos últimos anos.

Os IPOs totalizaram R$ 21,8 bilhões no período, enquanto os follow-ons acrescentaram R$ 11,6 bilhões ao total da renda variável de janeiro a março. No primeiro trimestre de 2020, as ofertas subsequentes dominaram as emissões com R$ 27,3 bilhões contra apenas R$ 4 bilhões captados nas operações de aberturas de capital.

É importante ressaltar que os IPOs tiveram grande diversidade setorial e de volumes captados, mostrando capacidade bem maior de atrair investidores do que a gente vinha tendo nos últimos tempos, afirmou o vice-presidente da Anbima.

Além dos IPOs ultrapassarem os follow-ons, as oferta foram predominantemente primárias. As ofertas com emissão de novas ações atingiram R$ 20,9 bilhões frente a R$ 12,5 bilhões das vendas de papéis pertencentes aos acionistas.

Na renda fixa, sem considerar os produtos híbridos, a captação cresceu 84% comparada ao primeiro trimestre de 2020. A emissão de debêntures atingiu R$ 31 bilhões nos três primeiros meses de 2021, muito acima dos R$ 16,9 bilhões no mesmo período do ano passado. Se a gente comparar com 2019, já voltou a uma patamar de emissão de dois anos atrás, ponderou Laloni.

Entre o grupo dos híbridos, os maiores volumes ficaram com os fundos imobiliários (FII) e dos fundos de direitos creditórios (fidcs). No primeiro trimestre de 2021 os FIIs levantaram R$ 14 bilhões, enquanto os fidcs responderam por outros R$ 14,8 bilhões.

Imposto de Renda 2021: especialista tira dúvidas sobre declaração de investimentos em bolsa de valores e imóveis
Imposto de Renda 2021: especialista tira dúvidas sobre declaração de investimentos em bolsa de valores e imóveis

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e os do agronegócio (CRA) tiveram emissões de, respectivamente, R$ 4,7 bilhões e R$ 3,1 bilhões. As empresas captaram apenas R$ 1,2 bilhão por meio de notas promissórias.

No mercado externo, as companhias brasileiras captaram US$ 7,6 bilhões ou R$ 43,5 bilhões com emissões de títulos de dívida (bonds). O volume veio em linha com o que tivemos no ano passado, apontou o vice-presidente da Anbima.

Laloni comentou ainda que para este ano a entidade pretende avançar nas discussões para o desenvolvimento do mercado de Spacs no Brasil e contribuir para a nova norma de ofertas públicas, que vai unificar as instruções CVM 400 e CVM 476. As spacs são um produto novo e estão vindo para o Brasil. Começamos as discussões com um grupo de trabalho interno na Anbima. A gente acha que pode ser um produto complementar às estruturas de capital de investidores no Brasil.

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Inflação pesou menos para os mais pobres em março, mostra Ipea

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Em 12 meses, porém, faixas de renda de R$ 900 a R$ 2,4 mil, são – de longe – as mais penalizadas
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TOPO
Por Valor Online

Postado em 13 de abril de 2021 às 15h50m

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A inflação se acelerou para todas as faixas de renda em março, devido aos aumentos nos preços dos combustíveis, informou nesta terça-feira (13) o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).

As famílias de renda média (entre R$ 4,12 e R$ 8,25 mil) e média alta (R$ 8,25 e R$ 16,5 mil) foram as mais afetadas: a variação dos preços para esses dois grupos passou de 0,98% e 0,97% para 1,09% e 1,08%, respectivamente. Já as famílias de renda muito baixa e baixa apresentaram menor incremento inflacionário, com altas de 0,71% e 0,85%, respectivamente, em suas cestas de produtos e serviços.

Inflação por faixa de renda - março/2021 — Foto: Economia G1
Inflação por faixa de renda - março/2021 — Foto: Economia G1

No acumulado em 12 meses, porém, o Ipea mostra que essas faixas de renda mais baixa, entre R$ 900 e R$ 2,4 mil, ainda são de longe as mais penalizadas pela alta dos preços. Nessa base de comparação, a inflação aumenta conforme a renda, sendo de 4,67% para os mais ricos e de 7,24% para os mais pobres.

Inflação por faixa de renda - 12 meses até março/2021 — Foto: Economia G1
Inflação por faixa de renda - 12 meses até março/2021 — Foto: Economia G1

Nos primeiros três meses deste ano, entretanto, há um início de reversão dessa disparidade, com a inflação acumulada chegando a 2,29% para os mais ricos e 1,60% para os mais pobres. A previsão do Ipea é que, ao longo de 2021, prevaleça o equilíbrio para a inflação sobre diferentes faixas de renda.

Alimentos X combustíveis

"Isso é efeito dos aumentos da gasolina e desaceleração na alta dos alimentos, o que diminui a pressão sobre [a cesta dos] mais pobres e aumenta a pressão sobre os mais ricos", diz a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Lameiras. Ela lembra que isso já havia acontecido em fevereiro, quando também houve reajuste de mensalidade escolar, o que pesa mais sobre famílias abastadas.

Segundo Lameiras, a tendência de convergência das inflações para ricos e pobres para o restante do ano se deve a uma previsão de desaceleração nas altas de preços de alimentos – que têm maior peso no consumo das famílias de renda baixa –, ao aumento de preços administrados represados em 2020 e também à inflação dos serviços. Esta última deve subir com o progresso da vacinação e a consequente normalização do comércio e circulação de pessoas.

Em março, assim como em fevereiro, o segmento que mais contribuiu para a alta inflacionária de todas as faixas de renda em março foi o de transportes, impactado principalmente pelo aumento do preço dos combustíveis (11,2%), mais consumido pelas famílias de maior renda. Para as famílias da faixa mais baixa, pesaram os reajustes de 0,11% dos preços de ônibus urbano e de 1,84% dos trens.

Embora tenham convivido com inflação relativamente maior no primeiro trimestre, as famílias mais ricas contaram com algum alívio inflacionário relacionado a transportes devido à queda de 2,0% do preço das passagens aéreas e a redução de 3,4% nos preços praticados em aplicativos de transporte, dois ramos por elas mais utilizados.

Além dos transportes, o grupo habitação também contribui para a alta de preços sentida pelas famílias mais pobres, sobretudo por conta do aumento do botijão de gás (5,0%), dos artigos de limpeza (1,1%) e da energia elétrica (0,76%).

Para as famílias mais ricas, o segundo grupo com maior pressão inflacionária foi o de alimentos e bebidas, impulsionado pelo reajuste de 0,89% da alimentação fora do domicílio. Em março de 2021, a aceleração da inflação só não foi maior devido ao desempenho dos alimentos em domicílio, que registrou a primeira deflação (-0,17%) desde outubro de 2019.

Quando comparadas com o mesmo período de 2020, diz o Ipea, todas as faixas de renda viram aceleração da inflação. As famílias mais ricas foram as que registraram as maiores altas inflacionárias entre os dois períodos, com o índice saltando de menos 0,20% para 1,0%, ou seja, 1,2 ponto percentual. Entre os mais pobres, essa alta foi de 0,46 ponto, de 0,25% para 0,71%.

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Brasil é única grande economia em desaceleração em 2021, aponta OCDE

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Na contramão da tendência global, indicadores compostos do país tiveram queda de 0,32% em março.
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Por G1

Postado em 13 de abril de 2021 às 12h30m

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O Brasil é a única grande economia com desaceleração do crescimento neste começo de ano, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De acordo com os indicadores antecedentes da ODE, a atividade econômica continua a se fortalecer na maioria das principais economias, com exceção do Brasil.

Na contramão da tendência global, o índice composto de indicadores antecedentes (Composite leading indicators–CLIs), caiu 0,32% no Brasil em março, na comparação com fevereiro – único recuo entre as maiores economias monitoradas pela OCDE. No grupo das 7 maiores economias, houve alta de 0,24%.

Indicadores compostos avançados a OCDE — Foto: Economia G1
Indicadores compostos avançados a OCDE — Foto: Economia G1

Entre as principais economias emergentes, os indicadores para a Índia, Rússia e o setor manufatureiro da China continuam a se expandir em um ritmo constante em março, "mas no Brasil o CLI aponta para uma desaceleração do crescimento", destacou a OCDE.

Na China, a alta foi de 0,36%. Já na Índia e na Rússia, os avanços foram de 0,29% e 0,26%, respectivamente.

O indicador da OCDE tem como objetivo tentar antecipar pontos de virada na atividade econômica em relação à tendência.

Nos Estados Unidos, o indicador mostra que o ritmo de crescimento continua a crescer, impulsionando a expansão da confiança do consumidor. "No Japão, Canadá e na área do euro como um todo, especialmente na Alemanha e na Itália, os CLIs apontam agora para um aumento constante. Na França, e agora no Reino Unido, os CLIs sinalizam um crescimento estável", destacou a OCDE, no relatório.

A OCDE ressaltou ainda que os indicadores devem ser interpretados com cuidado, uma vez que as medidas de restrição para conter o avanço da Covid-10 e o progresso das campanhas de vacinação poderão gerar flutuações maiores do que o normal nos componentes. "A magnitude do CLI deve ser considerada como uma indicação da força do sinal e não como uma medida do grau de crescimento da atividade econômica", destacou.

Analistas do mercado financeiro projetam uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no 1º trimestre, em meio ao agravamento da pandemia, novas medidas restritivas e aumento das preocupações com as contas públicas do país.

Pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda, mostrou piora nos principais indicadores. A projeção do mercado para a inflação de 2021 subiu de 4,81% para 4,85%. A expectativa dos analistas para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) no ano caiu de 3,17% para 3,08%. Já a estimativa para a taxa básica de juros ao final do ano subiu de 5% ao ano para 5,25% ao ano.

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