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sexta-feira, 21 de março de 2025

Dólar sobe e fecha a R$ 5,71, com maior cautela entre investidores; Ibovespa avança

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A moeda norte-americana subiu 0,73%, cotada a R$ 5,7171. O principal índice da bolsa encerrou com alta de 0,30%, aos 132.345 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 21 de Março de 2.025 às 12h00m

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Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters
Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (21), a R$ 5,71, conforme investidores aproveitaram o dia de agenda vazia para ajustar a carteira. Ainda assim, a moeda emplacou a terceira queda semanal consecutiva, com recuo de 0,46% em relação à sexta-feira passada.

A semana foi marcada por decisões de juros nos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, e pela aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional, além do maior sentimento de cautela pelo mundo após sinalizações de que há incertezas crescentes sobre o futuro da economia norte-americana.

No Orçamento de 2025, o destaque do texto — que já devera ter sido votado no fim do ano passado, mas foi adiado por um impasse a respeito do pagamento de emendas parlamentares — ficou com o aumento na previsão de arrecadação da União, que deve resultar em um superávit (quando as receitas são maiores que as despesas) de R$ 15 bilhões.

O Orçamento aprovado destina R$ 50 bilhões parra emendas parlamentares, R$ 27,9 bilhões para reajustes salariais de servidores públicos, recursos para um novo Concurso Nacional Unificado (CPNU) e recursos para os ministérios.

No exterior, o dia também foi de agenda fraca, com destaque apenas para falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) — que manteve suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano nesta semana, mas indicou a possibilidade de dois cortes ainda em 2025.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em alta.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

O dólar subiu 0,73%, cotado a R$ 5,7171. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7340. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,46% na semana;
  • recuo de 3,37% no mês; e
  • perda de 7,49% no ano.

No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,50%, cotada a R$ 5,6757.

📈Ibovespa

Já o Ibovespa encerrou com alta de 0,30%, aos 132.345 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa acumulou:

  • alta de 2,63% na semana;
  • avanço de 7,77% no mês; e
  • ganho de 10,03% no ano.

Na véspera, o índice teve queda de 0,38%, aos 132.008 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

Investidores aproveitaram a falta de novidades e indicadores no pregão desta sexta-feira (21) para ajustar posições em suas carteiras de ativos.

Após uma semana marcada por decisões de juros, notícias fiscais e a indicação de que há uma crescente preocupação com a economia global, prevalece uma maior aversão ao risco — o que, por sua vez, acaba favorecendo ativos como o dólar, que é considerado a moeda mais segura do mundo.

Durante a semana, tanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do banco Central do Brasil (BC) quanto o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), realizaram reuniões para decidir o futuro dos juros em seus respectivos países.

Por aqui, o Copom elevou a taxa básica (Selic) em 1 ponto percentual, ao patamar de 14,25% ao ano. O aumento já era amplamente esperado pelo mercado e marcou a quinta alta consecutiva dos juros no Brasil.

O colegiado ainda sinalizou que o ciclo de alta das taxas não deve parar por aí. Em nota, o BC indicou que ainda poderá aumentar novamente a Selic na próxima reunião, marcada para 6 e 7 de maio.

"Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião", diz o comunicado.

Até fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, considerado a inflação oficial do país) já acumula uma alta de 5,06% em 12 meses. Até o fim de 2025, a expectativa do mercado, segundo o relatório de projeções do BC, o Boletim Focus, é de uma inflação anual de 5,66%.

Se esse patamar se confirmar, a inflação vai encerrar mais um ano acima da meta do BC. A meta é de 3% e, para ser considerada formalmente cumprida, precisa estar em um nível entre 1,50% e 4,50%.

"Essa decisão encarece o crédito, reduz o consumo e pode desacelerar a economia no médio prazo, mas reforça o compromisso com a estabilidade de preços", pontua Sidney Lima, analista de investimentos da Ouro Preto Investimentos.

"No entanto, sem ajustes fiscais e um ambiente econômico confiável, os efeitos positivos da alta dos juros podem ser limitados", afirma.

Diante desse cenário, falas recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o cenário macroeconômico brasileiro, também seguem em foco.

"Eu não acredito que você precise de uma recessão para baixar a inflação no Brasil. Acho que você consegue administrar a economia de maneira a crescer de forma sustentável sem que a inflação saia do controle", disse Haddad em entrevista ao programa "Bom dia, ministro", do CanalGov, na última quinta-feira.

Já no exterior, o destaque da semana ficou com a decisão do Fed, de manter as taxas de juros dos EUA inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano. Apesar de terem sinalizado dois possíveis cortes de juros ainda neste ano, os dirigentes do Fed indicaram que as incertezas econômicas aumentaram no país.

Economistas têm alertado sobre os impactos das tarifas aplicadas pelo presidente americano, Donald Trump. Algumas tarifas estão em vigor, enquanto outras foram suspensas. Leia mais sobre o assunto aqui.

Nesta sexta-feira, o presidente da distrital do Fed de Nova York, John Williams, afirmou que ainda é muito cedo para determinar o impacto das tarifas de Trump sobre a inflação, acrescentando que há riscos crescentes para as perspectivas econômicas e que o BC dos EUA tem tempo para decidir a direção dos juros no país.

Essas taxas podem aumentar a inflação nos EUA, já que elevam os custos de produção e podem ser repassados ao consumidor final. Além disso, a incerteza causada pelas tarifas e ameaças tem prejudicado a confiança dos consumidores, levantando temores de desaceleração ou até recessão na maior economia do mundo.

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