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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Dólar fecha em queda de 1,27%, na menor cotação em mais de dois anos

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Nesta segunda-feira (4), a moeda norte-americana recuou 1,27%, a R$ 4,6076.
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Por g1

Postado em 04 de abril de 2022 às 09h55m

Post. N. =  0.456

Notas de dólar — Foto: Reuters/Dado Ruvic
Notas de dólar — Foto: Reuters/Dado Ruvic

Nesta segunda-feira (4), o dólar fechou em queda de 1,27%, cotado a R$ 4,6076.

O dia foi novamente de força para moedas de países exportadores de commodities, como o petróleo, enquanto o patamar alto dos juros básicos brasileiros continuou a atrair investidores em busca de alta rentabilidade.

O resultado desta segunda é o menor desde o início da pandemia — desde 4 de março de 2020, quando a moeda fechou cotada a R$ 4,5806.

Nesta segunda, o dólar acumulou queda de 3,19% no mês e de 17,35% no ano. Veja mais cotações.


O que está mexendo com os mercados?

No exterior, os investidores aguardaram mais sanções ocidentais depois que a Ucrânia acusou a Rússia de crimes de guerra. Os preços do petróleo subiam ao redor de 2%.

A confiança do investidor na zona do euro caiu para a mínima em quase dois anos em abril, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira, indicando o risco do início de uma recessão no segundo trimestre.

Por aqui, a agenda da semana inclui a divulgação da inflação oficial de março.

Por conta da greve dos servidores do Banco Central, não foi divulgado nesta segunda-feira o boletim Focus, com as (estimativas do mercado para inflação, PIB, taxa de juros e câmbio).

O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e juros em patamares mais elevados no Brasil. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.

O movimento do dólar também é um reflexo do maior fluxo de capital estrangeiro para o país devido ao diferencial de juros com o exterior e perspectiva de que o Banco Central irá promover novas elevações na taxa Selic para tentar controlar a inflação. Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.

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Petrobras eleva preço do querosene de aviação em mais de 18% em vários polos

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Em março, empresas aéreas apontaram que alta dos combustíveis deveria resultar em aumento nos preços das passagens.
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Por g1

Postado em 04 de abril de 2022 às 09h25m

Post. N. =  0.455

A Petrobras elevou o preço do querosene de aviação (QAV) em vários polos, conforme publicação no site da estatal, com aumentos de mais de 18% em Duque de Caxias (RJ), Guarulhos (SP) e Paulínia (SP).

O preço do QAV da Petrobras em Guarulhos, onde está o aeroporto internacional paulista, passou a R$ 4,7 mil/metro cúbico neste mês, versus R$ 3,99 reais/metro cúbico em março, apontou a Reuters.

No início de março, as principais companhias aéreas do país indicaram aumentariam nas semanas seguintes os preços das passagens, seguindo o curso de subida do preço dos combustíveis no mercado internacional, resultado do encarecimento das commodities desde a escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia.

"É inegável o impacto nos custos das companhias aéreas, em função da alta do preço do querosene da aviação (QAV) que, infelizmente, diante da imposição desse novo cenário de crise sem precedência e previsibilidade, afetará o aumento no preço das passagens", disse a Latam em nota, na ocasião. 
Gasolina, etanol e gás de cozinha

Em meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras reajustou, no início de março, os preços dos principais combustíveis. O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passoude R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.

Para o GLP, o preço médio de venda do GLP da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg.

Troca de comando

Sardenberg analisa a troca de comando na PetrobrasSardenberg analisa a troca de comando na Petrobras

As altas recentes nos preços dos combustíveis causaram novos atritos entre o comando da empresa e o presidente Jair Bolsonaro. Dias após o aumento de março, Bolsonaro disse que a petroleira tem um "lucro absurdo", e se mostrou insatisfeito com o reajuste.

A insatisfação culminou com a decisão, esta semana, de substituir o presidente da estatal, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, por Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). A mudança precisa ser confirmada pela assembleia-geral dos acionistas da estatal. A próxima reunião está marcada para 13 de abril.

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