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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

União Europeia multa Meta em milhões de euros por violação de dados em 2018

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Big Tech diz que vai recorrer e que tem ampla gama de medidas para proteger usuários em suas plataformas. Ocorrido afetou 29 milhões de contas do Facebook globalmente.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 19 de dezembro de 2024 às 07h00m

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Meta, dona do Facebook. — Foto: JN

Meta, dona do Facebook. — Foto: JN

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (DPC), principal órgão regulador de privacidade de dados da União Europeia, multou a Meta em 251 milhões de euros (R$ 1.6 bilhões) nesta terça-feira (17) por uma violação de segurança do Facebook em 2018 que afetou 29 milhões de usuários.

A empresa, que é dona do Instagram, Facebook e do WhatsApp, disse que recorrerá da decisão e que tem uma ampla gama de medidas em vigor para proteger os usuários em suas plataformas.

Em 2018, a Meta notificou a DPC dizendo que hackers exploraram uma vulnerabilidade no código do Facebook que afetava o recurso Exibir como, que permite que os usuários vejam como seu próprio perfil se parece quando visto por outra pessoa.

Isso levou a uma violação de dados pessoais, incluindo o nome completo dos usuários, detalhes de contato, localização, local de trabalho, data de nascimento, religião, sexo e dados pessoais de seus filhos, disse o DPC.

"Ao permitir a exposição não autorizada de informações de perfil, as vulnerabilidades por trás dessa violação causaram um grave risco de uso indevido desses dados", disse o vice-comissário da DPC, Graham Doyle, em comunicado.

A Meta corrigiu o problema logo após a descoberta, disse a DPC.

Das 29 milhões de contas do Facebook afetadas globalmente, cerca de 3 milhões estavam localizadas na União Europeia (UE) e no Espaço Econômico Europeu.

A DPC é o principal órgão regulador da UE justamente porque a maioria das principais empresas de Internet dos EUA tem sede na Irlanda.

Até o momento, a Meta foi multada em quase 3 bilhões de euros por violações de acordo com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês). Esse valor incluiu uma multa recorde de 1,2 bilhão de euros em 2023, da qual a Meta está recorrendo.

O GDPR foi introduzido em 2018 e estipula regras sobre proteção de dados na União Europeia.

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    Dólar fecha em leve alta e renova recorde após bater R$ 6,20 em dia turbulento no mercado

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    Moeda fechou em alta de 0,02%, cotada a R$ 6,0956. BC tentou conter disparada ao longo do dia com dois leilões, mas o dólar só freou após Lira anunciar votação para parte do pacote de corte de gastos. Ibovespa encerrou com avanço de 0,92%, aos 124.698 pontos.
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    Por Redação g1 — São Paulo

    Postado em 18 de dezembro de 2024 às 09h00m

    $.#  Postagem  Nº     0.937  #.$


    BC cita disparada do dólar e anúncio do pacote fiscal para choque de juros

    Em dia turbulento, o dólar fechou em leve alta nesta terça-feira (17) e bateu seu novo recorde de cotação: R$ 6,0956.

    • A moeda norte-americana começou o dia em forte alta, em meio à piora das expectativas sobre o pacote fiscal do governo, que aguarda votação no Congresso. Pela primeira vez, o dólar chegou à casa dos R$ 6,20.
    • Depois de mais duas intervenções do BC com vendas de dólares, a alta da moeda não foi revertida, mas amenizou. Com isso, o dólar voltou para a casa de R$ 6,12.
    • A moeda seguiu em trajetória de alta até que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que um dos textos do pacote fiscal deve ser votado nesta terça. Somente então, o dólar conseguiu baixar da casa dos R$ 6,10.

    Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 6,2065. Entenda abaixo, com mais detalhes, quais foram os acontecimentos do dia que levaram o dólar à forte turbulência vista nesta terça-feira.

    A forte subida do dólar pela manhã ocorreu porque pioraram as expectativas do mercado financeiro com o desenho do pacote de cortes de gastos enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional. A ideia é economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, e um total de R$ 375 bilhões até 2030.

    O governo precisa reduzir os gastos porque tem uma meta de zerar o déficit público pelos próximos dois anos — ou seja, gastar o mesmo tanto que arrecada em 2024 e 2025. São as regras definidas pelo arcabouço fiscal, o conjunto de normas para controle das contas públicas.

    O arcabouço também estipula que o governo deve começar a arrecadar mais do que gasta a partir de 2026, para controlar o endividamento público. Mas os investidores já não acreditam que as medidas tomadas pelo governo até aqui tenham o potencial para conter o avanço da dívida pública no longo prazo.

    O mercado tinha a expectativa de que o governo mexesse em gastos estruturais nesse pacote de corte de gastos — como a Previdência, benefícios reajustados pelo salário mínimo e os pisos de investimento em saúde e educação. Isso não aconteceu.

    Segundo os analistas, essas despesas tendem a subir em velocidade acelerada e têm potencial de anular esse esforço do pacote em pouco tempo. O governo, contudo, é avesso às medidas, que mexeriam com políticas públicas e com promessas de campanha do presidente Lula.

    Ainda durante a manhã, o Banco Central (BC) realizou mais duas intervenções no mercado de câmbio para reduzir a pressão do dólar sobre o real. O primeiro leilão vendeu US$ 1,2 bilhão, o segundo, US$ 2 bilhões. O movimento de forte alta não foi revertido, mas amenizou e voltou aos R$ 6,12.

    O avanço só perdeu força depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que o plenário da Casa pretende votar, nas próximas horas, um dos textos que compõem o pacote fiscal, além do projeto de regulamentação da reforma tributária.

    "Não estou garantindo a aprovação nem rejeição. Nós vamos votar, estamos discutindo, conversando, dialogando, encontrando textos para votar, mas o calendário de votação é esse", disse.

    Segundo o blog do Valdo Cruz, para evitar uma desidratação das medidas propostas e garantir a aprovação do pacote, o governo prepara mais R$ 800 milhões de emendas parlamentares para serem liberadas nesta reta de final de ano, além dos R$ 7,6 bilhões já empenhados para deputados e senadores até esta segunda.

    Apesar do cenário ruim, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou com avanço de 0,92%, aos 124.698 pontos.

    Veja abaixo o resumo dos mercados.

    O dólar fechou em alta de 0,02%, cotado a R$ 6,0956, novo recorde nominal (que é o valor da moeda sem ajuste pela inflação). Veja mais cotações.

    Com o resultado, acumulou:

    • ganhos de 1,01% na semana;
    • alta de 1,58% no mês;
    • avanço de 25,62% no ano.

    Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,99%, cotada a R$ 6,0942.

    Ibovespa

    O Ibovespa fechou em alta de 0,92%, aos 124.698 pontos.

    Com o resultado, acumulou:

    • alta de 0,07% na semana;
    • perda de 0,77% no mês;
    • recuo de 7,07% no ano.

    Na véspera, o índice caiu 0,84%, aos 123.560 pontos.

    Valdo Cruz: Ata do Copom foi sem ruídos

    O que está mexendo com os mercados?

    A parte do pacote de corte de gastos que os deputados pretendem votar hoje é o PLP 210, segundo Arthur Lira. Esse é um projeto complementar ao pacote de corte de gastos, enviado pelo governo ao Congresso. Ele impõe travas para concessão de créditos tributários em caso de déficit e amplia o poder do governo para congelar o pagamento de emendas parlamentares.

    "Nós vamos votar a tributária, vamos votar a lei que trata de multinacionais, o projeto de turismo e o PLP 210", explicou o presidente, após chegada à Câmara nesta tarde.

    Pelo texto, o Executivo poderá bloquear ou contingenciar essa categoria de recursos, seguindo a proporção de congelamento de outras despesas discricionárias.

    Segundo Lira, os outros projetos do pacote fiscal: o que limita o ganho real do salário mínimo e a proposta que restringe o acesso ao abono salarial, ficarão para quarta-feira (18).

    Também nesta terça, houve a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que avaliou justamente a disparada da moeda nas últimas semanas como um dos fatores para aumentar os juros brasileiros. (leia mais abaixo)

    No dia 11, o Copom elevou a Selic em 1 ponto percentual, de 11,25% para 12,25% ao ano. Além disso, antecipou que fará outras duas altas de mesma magnitude nas próximas reuniões. Isso deve levar a taxa Selic a um patamar de 14,25% ao ano.

    Na ata, o Copom diz que esse cenário "afetou, de forma relevante, os preços de ativos" (como dólar e juros futuros), e que o repasse de um dólar mais alto para os preços dos produtos e serviços é perigoso para a inflação.

    "Desse modo, o Comitê deve acompanhar de forma mais detida como se dará a transmissão da taxa de câmbio e das condições financeiras para preços e atividade", avaliou o Banco Central.

    Sobre a proposta de pacote fiscal anunciada pelo governo, que gerou tensão no mercado financeiro, o BC avaliou que a "percepção dos agentes econômicos afetou, de forma relevante, os preços de ativos, assim como as expectativas especialmente o prêmio de risco (juros), as expectativas de inflação e a taxa de câmbio".

    Com a piora das expectativas de inflação, o BC afirma que o cenário se tornou "mais adverso e requerendo uma política monetária mais contracionista [alta maior dos juros]". Isso trouxe ao mercado mais certeza de que o cenário está complexo.

    Desde o fim da semana passada, o BC voltou ser mais ativo para tentar conter o forte avanço do dólar, e passou a intervir na taxa de câmbio com a realização de leilões de dólar.

    Desde então, foram cerca de US$ 12 bilhões injetados no mercado, entre os leilões de linha (em que o BC recompra esses dólares para mantê-los nas reservas internacionais) e à vista (em que a moeda é apenas vendida, e não retorna).

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    Encontro de Haddad com Lula

    Enquanto o quadro fiscal do país permanece no radar dos investidores, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma visita ao presidente Lula nesta segunda (16). O petista recebeu alta hospitalar no domingo (15), após ter feito uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma na cabeça.

    Durante o encontro, Haddad disse que tratou sobre a reforma tributária e o pacote de cortes de gastos enviado ao Congresso com o presidente, e reforçou aos jornalistas que o apelo do presidente é para que as medidas não sejam desidratadas pelos parlamentares.

    "O presidente disse ontem que ninguém se preocupa mais com a questão fiscal quanto ele. Por isso, o apelo que ele está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas", afirmou o ministro.

    "Temos um conjunto de medidas que garante a robustez do arcabouço fiscal e para garantir que vamos continuar cumprindo com as metas nos próximos anos", acrescentou.

    Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

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