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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Balança comercial tem superávit de US$ 7,46 bilhões em junho, diz governo

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Saldo comercial é o maior para meses de junho de toda a série histórica, iniciada em 1989, e o segundo melhor resultado considerando todos os meses. 
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Por Laís Lis, G1 — Brasília  
01/07/2020 15h04  Atualizado há 2 minutos
Postado em 01 de julho de 2020 às 15h45m

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A balança comercial registrou superávit de US$ 7,463 bilhões em junho, informou nesta quarta-feira (1º) o Ministério da Economia.

Esse é o maior saldo comercial para meses de junho de toda a série histórica, iniciada em 1989, e o segundo melhor resultado considerando todos os meses.

O superávit é registrado quando as exportações superam as importações. Quando ocorre o contrário, é registrado déficit comercial.

Em relação a junho do ano passado, houve um aumento de 38,8% no saldo comercial.
No acumulado do primeiro semestre o governo informou que a balança tem saldo positivo de US$ 23,035 bilhões, valor 10,3% menor do que o registrado no mesmo período de 2019.

Exportações e importações
Apesar de o resultado positivo na balança ter sido maior do que o registrado em junho do ano passado, houve queda nas exportações e nas importações.

Segundo dados do Ministério da Economia o valor total das exportações caiu 2,7% em junho, na comparação com junho de 2019, e as importações caíram 19,8%. As exportações somaram US$ 17,912 bilhões e as importações, US$ 10,449 bilhões.

Com relação à média diária, que considera o valor médio por dia útil, as exportações caíram 12% e as importações, 27,4%.

Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, os resultados da balança comercial têm sido influenciados pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, que reduziu a demanda por itens de maior valor agregado, como produtos industrializados, e também provocou uma queda vertiginosa dos preços internacionais.

A crise, por gerar choque na demanda global, tem abalado os preços. Os nossos resultados estão sendo muito influenciados pela queda vertiginosa dos preços internacionais não só de commodities, mas também de produtos de maior valor agregado, afirmou.

Apesar da queda no valor das exportações houve aumento do volume exportado, o que reflete essa queda nos preços internacionais.

PRINCIPAIS MERCADOS COMPRADORES DE PRODUTOS BRASILEIROS
No primeiro semestre de 2020, em US$ bilhões
Fonte: Ministério da Economia

Mercados compradores
Os principais mercados compradores de produtos brasileiros no primeiro semestre foram os seguintes:
  • China, Hong Kong e Macau: US$ 35,848 bilhões (35% do total exportado pelo Brasil);
  • União Europeia: US$ 15,714 bilhões (15,3%);
  • Estados Unidos: US$ 10,065 bilhões (9,8%);
  • Argentina: US$ 3,696 bilhões (3,6%).
Durante a entrevista coletiva para comentar os dados, o Ministério da Economia destacou a queda na venda de produtos brasileiros para os Estados Unidos (- 31,6%) e para a América do Sul (- 28,1%) no primeiro semestre.
Exportações do agronegócio brasileiro crescem 6% entre janeiro e abril
Exportações do agronegócio brasileiro crescem 6% entre janeiro e abril

Setores
Em junho, o único setor que teve aumento teve aumento na média diária de exportações, com relação ao mesmo período do ano passado, foi o agropecuário (29,7%). A indústria extrativa apresentou queda de 26,1% nas vendas e a de transformação caiu 21%.

No primeiro semestre, a média diária de venda de produtos agropecuários aumentou 23,8%. A indústria extrativa caiu 9,6% e a indústria de transformação caiu 15,1%.

Com relação às importações houve em junho uma queda generalizada em todos os setores:
  • Agropecuário: - 15,6%
  • Indústria extrativa: - 22,3%
  • Indústria de transformação: - 28,1%
De janeiro a junho, as quedas foram as seguintes:
  • Agropecuário: - 6,1%
  • Indústria extrativa: - 30,9%
  • Indústria de transformação: - 3,2%
Exportação agrícola
Ferraz destacou que o melhor desempenho das exportações de produtos agropecuários e da indústria extrativa, na comparação com itens de maior valor agregado, está relacionada à uma recuperação mais rápida do continente asiático, que é o principal destino das commodities brasileiras.

Temos o continente asiático como principal destino das commodities e é um contingente que se recupera mais rapidamente. Há uma demanda internacional significativa por esses consumos, afirmou.

Projeções
O Ministério da Economia revisou as projeções para o comércio exterior e espera um superávit maior da balança comercial.

A previsão anterior era de um saldo comercial de US$ 46,6 bilhões. A nova previsão é de um saldo comercial de US$ 55,4 bilhões.

O valor previsto para as exportações em 2020 aumentou de US$ 199,8 bilhões para US$ 202,5 bilhões.

A previsão para as importações neste ano caiu de US$ 153,2 bilhões para US$ 147,1 bilhões.

2019
Veja no vídeo abaixo o desempenho da balança comercial do Brasil no ano passado:
Entenda o que afetou a balança comercial do Brasil em 2019
Entenda o que afetou a balança comercial do Brasil em 2019
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11,7 milhões de trabalhadores formais já tiveram redução de salário ou contrato suspenso

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Número representa 36% dos empregados com carteira assinada no país. Setor de serviços concentra o maior número de acordos, seguido pelo comércio e indústria. 
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Por Marta Cavallini, G1  
01/07/2020 13h07  Atualizado há 1 horas
Postado em 01 de julho de 2020 às 1415m

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Dados do Caged mostram que o país fechou 860 mil vagas em abril
Dados do Caged mostram que o país fechou 860 mil vagas em abril

Chegou a 11,7 milhões o número de brasileiros que já tiveram redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho em meio à pandemia de coronavírus.

De acordo com dados do Ministério da Economia, até o dia 26 de junho, o programa criado para preservar empregos formais durante a pandemia reunia um total de 11.698.243 acordos fechados entre empresas e trabalhadores.

Esse universo de 11,7 milhões de brasileiros representa 36% dos trabalhadores formais do setor privado. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) do IBGE, o país tinha no trimestre encerrado em maio 32,5 milhões de trabalhadores formais, incluindo os domésticos.
  • Quantidade de acordos: 11.698.243
  • Quantidade de empregadores: 1.348.733
  • Valores previstos pagos: R$ 17,4 bilhões
O programa foi lançado no começo de abril. O chamado Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) prevê a garantia provisória no emprego por um período igual ao da suspensão do contrato ou da redução da jornada.

Em razão da pandemia, o governo autorizou redução de jornada e salário de 25%, 50% ou de 70% por um prazo máximo de 90 dias. A medida também permite a suspensão total do contrato de trabalho por até dois meses.

Pelas regras do programa, os trabalhadores que tiveram corte na jornada e no salário vão receber do governo uma complementação financeira equivalente a uma parte do seguro-desemprego a que teriam direito se fossem demitidos. Já os com contrato suspenso vão receber o valor mensal do seguro-desemprego.
O programa também prevê auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores intermitentes com contrato de trabalho formalizado.
As suspensões de contrato correspondiam a quase 47% dos acordos fechados entre empresas e funcionários até 26 de junho. Já a redução de 70% do salário teve o maior número de negociações entre as demais opções de 25% e 50%. Veja abaixo:
  • Suspensão: 5.423.172 (46,4%)
  • Redução de 25%: 1.706.748 (14,6%)
  • Redução de 50%: 2.144.886 (18,3%)
  • Redução de 70%: 2.256.368 (19,3%)
  • Intermitente: 167.069 (1,4%)
A maior adesão aos acordos se deu na primeira semana de vigência da medida: 2.063.672. A semana terminada em 23 de junho registrou o menor número de trabalhadores atingidos: 249.077. Veja no gráfico abaixo:
Quantidade de acordos por semana — Foto: Editoria de Economia/G1
Quantidade de acordos por semana — Foto: Editoria de Economia/G1

Entre os setores da economia, o de serviços é o registra o maior número de acordos, seguido pelo comércio e indústria. Veja no gráfico abaixo:
Acordos por setores da economia — Foto: Editoria de Economia/G1
Acordos por setores da economia — Foto: Editoria de Economia/G1

Programa será prorrogado
Saiba mais sobre a suspensão e redução de contratos
Saiba mais sobre a suspensão e redução de contratos

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou na segunda-feira (29) que o programa será prorrogado. De acordo com o secretário, a prorrogação será feita por meio de decreto presidencial.

Segundo Bianco, a proposta é que a suspensão do contrato seja prorrogada por mais dois meses e a redução da jornada por mais um mês. Ele afirmou, no entanto, que os termos da prorrogação ainda estão em estudo.

A prorrogação do programa manterá a exigência de garantia de emprego pelo tempo de uso da medida. Assim, se a empresa usar o programa por três meses, o trabalhador que teve a jornada e o salário reduzido terá a garantia de manutenção do emprego por três meses.

Como aderir e acompanhar o pagamento
Os pagamentos da complementação financeira do governo começaram na primeira semana de maio e estão sendo feitos pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.

Segundo o Ministério da Economia, a primeira parcela do benefício será paga ao trabalhador no prazo de 30 dias, contados a partir da data da celebração do acordo, desde que o empregador informe ao ministério em até 10 dias. Caso contrário, o benefício somente será pago 30 dias após a data da informação.

"É importante esclarecer que o pagamento do Benefício Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (BEm) é efetuado, em parcelas sucessivas, em até 30 dias após a data de início da vigência do acordo, constante da comunicação pelo empregador ao Ministério da Economia. Também é preciso levar em conta o tempo de cada acordo. Por exemplo, se a redução ou suspensão ocorreu por 30 dias, será uma única parcela", informa o ministério.

Para verificar os dados e valores, os trabalhadores devem consultar a aba de benefícios da Carteira de Trabalho Digital, no quadro posicionado acima das respectivas áreas para seguro-desemprego e abono salarial.

A solicitação do benefício emergencial deve ser feita pelo empregador diretamente no portal do Ministério da Economia (https://servicos.mte.gov.br/bem/#empregador). O trabalhador pode acompanhar o processamento do pedido por meio do endereço https://servicos.mte.gov.br/#/trabalhador e pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital.

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