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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Após 8 meses de rombo, contas públicas têm superávit de R$ 2,95 bilhões em outubro

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Superávit foi alcançado devido a resultado positivo das contas dos estados, municípios e empresas estatais. Dívida pública subiu para 90,7% do PIB no mês passado, informou o BC.  
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
30/11/2020 09h46 Atualizado há 2 horas
Postado em 30 de novembro de 2020 às 14h20m

 .*  Post. N. = 0.149  *. 

As contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 2,953 bilhões em outubro, informou o Banco Central nesta segunda-feira (30). Os números englobam as contas do governo federal, estados, municípios e empresas estatais.

O superávit primário é registrado quando as receitas de impostos e contribuições do governo são maiores que as despesas. A conta não inclui, porém, os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.

Apesar de positivo, foi o pior resultado para meses de outubro desde 2015 (déficit de R$ 15,530 bilhões). No mesmo período de 2019, o superávit fiscal foi de R$ 9,444 bilhões.

Entretanto, informou o BC, foi o primeiro superávit fiscal desde janeiro.

RESULTADO DAS CONTAS PÚBLICAS EM 2020
Em R$ bilhões
56.27556.275-20.901-20.901-23.655-23.655-94.302-94.302-131.438-131.438-188.681-188.681-81.070-81.070-87.593-87.593-64.558-64.5582.9532.953JANEIROFEVEREIROMARÇOABRILMAIOJUNHOJULHOAGOSTOSETEMBROOUTUBRO-250k-200k-150k-100k-50k050k100k
Fonte: Banco Central

De abril em diante, as contas públicas registraram rombos fiscais elevados por conta do aumento de despesas diante da pandemia do novo coronavírus e da queda na arrecadação, fruto do tombo na atividade econômica e da decisão do governo de adiar o prazo de pagamento de impostos para socorrer empresas.

Nos últimos meses, porém, indicadores apontam para um retomada da economia, ligada ao pagamento do auxílio emergencial e à redução do distanciamento social.

Em outubro, os dados oficiais mostraram uma alta maior da arrecadação federal, de quase 10% em termos reais, também devido ao pagamento de impostos atrasados.

"Para esse resultado, contribuíram a redução das despesas extraordinária com a Covid e o retorno de pagamento de impostos de meses anteriores, que haviam sido prorrogados para combater os impactos da Covid", disse o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.

Segundo ele, o aumento de arrecadação, devido a uma "maior normalização da atividade econômica", também ajudou as contas públicas em outubro.

Contas do governo têm défict de R$ 3,56 bilhões em outubro
Contas do governo têm défict de R$ 3,56 bilhões em outubro

Estados e municípios

De acordo com dados do Banco Central, o resultado positivo das contas públicas em outubro está relacionado com o desempenho dos estados, municípios e das empresas estatais.

  • No mês passado, o governo federal registrou um déficit primário de R$ 3,210 bilhões.
  • Esse valor, porém, foi compensado por um saldo positivo de R$ 5,164 bilhões nos estados e municípios, e de R$ 998 milhões nas estatais.

O Banco Central tem avaliado, nos últimos meses, que os superávits dos estados e municípios neste ano têm sido impulsionados pelo auxílio do governo federal para enfrentar a pandemia do novo coronavírus, aprovado pelo Congresso Nacional.

Em outubro, segundo Fernando Rocha, do BC, os estados receberam R$ 3,6 bilhões em repasses do governo federal por conta do auxílio financeiro para combater os efeitos da pandemia. "Na esfera do setor público consolidado, esse evento é neutro. Aumenta o déficit do Governo Central e contribui para gerar superávits dos governos regionais", explicou.

Parcial do ano

No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, as contas do setor público consolidado apresentaram déficit primário de R$ 632,973 bilhões. O resultado foi o pior já registrado para o período na série histórica do BC.

Para este ano, havia uma meta de déficit para o setor público de até R$ 118,9 bilhões. Entretanto, com o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional por conta da pandemia, não será mais necessário atingir esse valor.

Em todo ano de 2019, as contas do setor público tiveram um déficit primário de R$ 61,87 bilhões, ou 0,85% do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o sexto ano seguido de contas no vermelho, mas também foi o melhor resultado desde 2014, ou seja, em cinco anos.

Gastos com juros

Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional – houve déficit de R$ 30,924 bilhões nas contas do setor público em outubro.

Em 12 meses até outubro deste ano, o resultado ficou negativo (déficit nominal) em R$ 1,011 trilhão, o equivalente a 13,95% do PIB – valor alto para padrões internacionais e economias emergentes. Essa é a primeira vez na história que o déficit nominal, em 12 meses, fica acima da marca de R$ 1 trilhão.

Esse número é acompanhado pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.

O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do déficit primário elevado, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica.

Dívida bruta

A dívida bruta do setor público brasileiro, indicador que também é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco, subiu novamente em outubro.

Em dezembro do ano passado, a dívida estava em 75,8% do PIB, somando R$ 5,5 trilhões. Em setembro deste ano, já tinha avançado para 90,5% do PIB (R$ 6,53 trilhões) e, em outubro, atingiu o recorde de 90,7% do PIB, o equivalente a R$ 6,57 trilhões, informou o Banco Central.

DÍVIDA BRUTA DO BRASIL
% em relação ao PIB
2010201120122013201420152016201720182019MAI/20JUN/20JUL/20AGO/20SET/20OUT/20405060708090100
Fonte: BANCO CENTRAL

O Ministério da Economia tem estimado que a dívida bruta do setor público pode encerrar este ano em 94,4% do PIB devido aos gastos para combater a pandemia do novo coronavírus, e pelo tombo esperado na economia.

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Petrobras prevê levantar até US$ 35 bilhões com venda de ativos até 2025

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Plano de desinvestimentos inclui a venda de 8 refinarias, fatias na petroquímica Braskem, BR Distribuidora, na distribuidora de gás Gaspetro e térmicas.  
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Por G1  
30/11/2020 11h56 Atualizado há 2 horas
Postado em 30 de novembro de 2020 às 14h00m

 .*  Post. N. = 0.148  *. 

Prédio da Petrobras no Rio de Janeiro — Foto: Sergio Moraes/Reuters
Prédio da Petrobras no Rio de Janeiro — Foto: Sergio Moraes/Reuters

A Petrobras prevê desinvestimentos de US$ 25 bilhões a US$ 35 bilhões no período de 2021 a 2025, versus uma faixa de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões no plano de negócios anterior, de acordo com apresentação divulgada nesta segunda-feira (30).

Entre os ativos incluídos no programa de desinvestimentos, destacam-se 8 refinarias, fatias na petroquímica Braskem, BR Distribuidora, na distribuidora de gás Gaspetro e térmicas, destaca a reuters.

Também estão incluídos no programa de alienação ativos de produção em terra e águas rasas, além do polo Albacora, Albacora Leste, Frade e 50% no polo Marlim.

Na quinta-feira (26), o Conselho de Administração da Petrobras aprovou seu plano estratégico para o quinquênio 2021-2025, que prevê uma carteira de investimentos de US$ 55 bilhões para o período. O valor é US$ 20,7 bilhões ou 27,3% menor do que o estabelecido no plano anterior (2020-2024), fixado em US$ 75,7 bilhões.

Nesta segunda, a estatal informou que a Compass Gás Energia não foi qualificada para a sequência do processo de venda de 51% da fatia da Petrobras na Gaspetro por não atender exigências do Termo de Compromisso de Cessação (TCC) firmado entre a petroleira e o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade).

A Petrobras deu início ao processo de venda de sua fatia na Gaspetro no final de fevereiro. A holding, que possui participação em 19 distribuidoras de gás, foi responsável pela distribuição de 29 milhões de metros cúbicos diários do produto em diversos Estados em 2019.

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Incerteza com a economia interrompe sequência de quedas iniciada em maio, diz FGV

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Alta em novembro reflete preocupações em torno de uma segunda onda da Covid-19 no Brasil, e suas consequências. 
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TOPO
Por Valor Online  
30/11/2020 11h29 Atualizado há 2 horas
Postado em 30 de novembro de 2020 às 13h30m

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O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,0 pontos em novembro, para 145,8 pontos. A alta interrompe uma série de seis quedas consecutivas iniciada em maio deste ano, logo após o indicador chegar ao seu pico histórico, no mês anterior.

O indicador ainda está 30,7 pontos acima do nível de fevereiro passado (último mês antes da chegada da pandemia de covid-19 ao Brasil) e 9,0 pontos acima do nível máximo anterior à pandemia, alcançado em setembro de 2015.

Indicador de incerteza na economia — Foto: Economia G1
Indicador de incerteza na economia — Foto: Economia G1

A alta da incerteza em novembro foi motivada pelo aumento do componente de mídia, que mede o nível de incerteza através da frequência de notícias com menção à incerteza nos principais veículos de imprensa nacionais. Este repique tem respaldo nas especulações em torno de uma segunda onda da covid-19 no Brasil, e suas consequências econômicas", diz Anna Carolina Gouveia, economista da FGV, em comentário no relatório.

"O componente que mede a dispersão de Expectativas voltou a recuar, mas permanece 75 pontos acima do período pré-pandemia, refletindo a enorme dificuldade encontrada por especialistas de mercado em fazer previsões econômicas para os próximos 12 meses. Finalmente, o IIE-Br parece caminhar para finalizar o turbulento ano de 2020 em patamar extremamente elevado e com pouca sinalização de retorno a patamares mais confortáveis no curto prazo, acrescentou.

Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam em direções opostas em novembro. O componente de Mídia subiu 3,6 pontos, para 129,6 pontos, após recuar por seis meses consecutivos, contribuindo positivamente em 3,1 pontos para a alta do indicador geral no mês. Já o componente de Expectativas contribuiu negativamente em 1,1 ponto para o comportamento do IIE-Br, ao recuar 2,3 pontos, para 192,0 pontos.

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