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quarta-feira, 6 de março de 2024

Exportações seguem em alta e balança comercial registra recorde no primeiro bimestre

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Números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Somente em fevereiro, saldo comercial positivo somou US$ 5,44 bilhões, também novo recorde.

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Por Alexandro MartelloAna Paula Castro, g1 e TV Globo — Brasília

Postado em 06 de março de 2024 às 16h00m

             Post. N. =  0.785          

A balança comercial registrou superávit de US$ 11,94 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quarta-feira (6).

O resultado é de superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário.

De acordo com o MDIC, o superávit registrado nos dois primeiros meses deste ano é o maior para o primeiro bimestre de um ano desde o início da série histórica, iniciada em 1989.

Até então, o maior valor já registrado para o período foi um saldo positivo de US$ 6,72 bilhões, em 2016.

Nos dois primeiros meses deste ano:

  • As exportações registraram alta de 17,4%, para US$ 50,5 bilhões.
  • As compras do exterior totalizaram US$ 38,576 bilhões, com alta de 1%.
Mês de fevereiro

Somente no mês de fevereiro, ainda segundo dados oficiais, a balança comercial registrou superávit de US$ 5,44 bilhões, valor que também é recorde histórico.

Segundo o governo, em fevereiro:

  • as exportações somaram US$ 23,54 bilhões;
  • as importações somaram US$ 18,09 bilhões.
Destaques das exportações em fevereiro

  • Soja: US$ 2,93 bilhões, com expansão de 4,5%
  • Minério de ferro: US$ 2,27 bilhões, com alta de 41,4%
  • Óleos brutos de petróleo: US$ 2,62 bilhões, com aumento de 119%
  • Açucares e melaços: US$ 1,58 bilhão, com alta de 201%
  • Farelos de soja: US$ 814 milhões, com elevação de 9,8%.
Principais compradores

  1. China e Macau: US$ 7,02 bilhões, com alta de 40%
  2. União Europeia: US$ 3,02 bilhões, com aumento de 5,9%
  3. Estados Unidos: US$ 2,65 bilhões, com expansão de 9,3%
  4. Associação de Nações do Sudeste Asiático: US$ 1,94 bilhão, com alta de 31,4%
  5. Mercosul: US$ 1,39 bilhão (-21,5%), sendo US$ 938 milhões somente para a Argentina (-30%).
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Dólar volta a cair e fecha a R$ 4,94, após Powell e dados econômicos dos EUA; Ibovespa sobe

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A moeda norte-americana recuou 0,21%, cotada a R$ 4,9452. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,62%, aos 128.890 pontos.
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Por g1

Postado em 06 de março de 2024 às 10h35m

             Post. N. =  0.784          

Dólar opera em baixa — Foto: Karolina Grabowska
Dólar opera em baixa — Foto: Karolina Grabowska

O dólar fechou em baixa nesta quarta-feira (6), após dados de emprego nos Estados Unidos terem vindo abaixo do esperado no relatório ADP Employment.

Investidores ainda monitoraram o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos e repercutiram a divulgação do Livro Bege, um documento do Fed com os principais dados econômicos do país.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em alta.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Ao final da sessão, o dólar recuou 0,21%, cotado a R$ 4,9452. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • retração de 0,19% na semana;
  • queda de 0,55% no mês;
  • e avanço de 1,91% no ano.

No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,16%, cotado a R$ 4,9556.

Ibovespa

Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,62%, aos 128.890 pontos.

Com o resultado, acumulou quedas de:

  • 0,22% na semana;
  • 0,10% no mês;
  • e 3,95% no ano.

Na véspera, o índice teve queda de 0,19%, aos 128.098 pontos.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

O que está mexendo com os mercados?

Sem grandes destaques na agenda doméstica, as atenções dos investidores mais uma vez ficaram com o quadro internacional.

O Livro Bege, divulgado pelo Fed nesta quarta-feira, apontou que a atividade econômica dos Estados Unidos aumentou ligeiramente do início de janeiro até o final de fevereiro, enquanto a inflação e o mercado de trabalho apresentaram um quadro misto sobre a rapidez com que desacelerarão.

Os dados reforçam o quadro complicado para as autoridades do BC norte-americano, que buscam conter as pressões no preço.

Nesse cenário, o foco dos investidores também esteve com o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso dos Estados Unidos.

O banqueiro central afirmou que a próximas decisões sobre quando e com que rapidez o Fed deve reduzir as taxas de juros norte-americanas serão baseadas exclusivamente em dados econômicos.

"Nosso foco é pleno emprego e a estabilidade de preços, e os dados afetam as perspectivas. São essas coisas que estaremos analisando", afirmou em seu discurso. Ele disse, no entanto, que o progresso contínuo na redução da inflação "não está garantido", fato que tem impedido que autoridades do Fed se comprometam com qualquer cronograma ou ritmo de redução de juros.

Atualmente, os juros no país estão entre 5,25% e 5,50% ao ano e há muita expectativa sobe o início dos cortes.

Antes da última reunião do Fed, muitos analistas acreditavam que a primeira redução poderia acontecer em março. Mas, com a instituição avisando que não vê espaço para um corte tão em breve, as projeções mudaram e, agora, a maioria acredita que essas reduções devem começar no meio do ano, entre junho e julho.

Nesse sentido, outro foco do dia fica com os dados de emprego do relatório ADP Employment, com números dos empregos privados nos Estados Unidos. A criação de vagas de trabalho ficou um pouco abaixo do esperado em fevereiro, com 140 mil postos de trabalho no setor privado. Em janeiro, foram 111 mil, em dado revisado para cima.

Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 150 mil vagas no mês passado, em comparação com os 107 mil relatados anteriormente em janeiro.

Na sexta (8), sai o payroll, o mais importante relatório do mercado de trabalho do país. De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, a estimativa é que o Departamento do Trabalho informe a abertura de 160 mil vagas de emprego no setor privado no mês passado, depois de 317 mil em janeiro.

A projeção ainda é que a abertura total de postos de trabalho fora do setor agrícola seja de 200 mil, contra 353 mil no mês anterior, enquanto a expectativa é que a taxa de desemprego permaneça em 3,7% e que o crescimento anual dos salários diminua de 4,5% em janeiro para 4,4%.

Esses dados são observados com atenção porque um mercado de trabalho ainda muito aquecido pode continuar gerando pressão inflacionária sobre a economia.

Por outro lado, se os números vierem abaixo do esperado ou mostrarem uma desaceleração da geração de empregos, é sinal de que as taxas elevadas estão pressionando a economia e isso pode servir de incentivo para que o Fed inicie seu ciclo de corte nos juros em breve.

*Com informações da Reuters

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