Segundo o presidente do BC, sistema de pagamentos instantâneos vai se encontrar, no futuro, com um outro projeto da instituição, o 'open banking'. TOPO
Por Valor Online
08/07/2020 11h13 Atualizado há 2 horas
Postado em 08 de julho de 2020 às 13h20m
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o
sistema de pagamentos instantâneos PIX é parte do que a instituição vê
como sistema financeiro do futuro, culminado com uma moeda digital.
“O Pix é um pilar fundamental”, disse, em um vídeo gravado há dois dias
e que foi apresentado nesta quarta-feira (8) no evento Conexão PIX. “A
gente imagina que o sistema financeiro no mundo é [no futuro] quase todo
digital. E culminando com o que a gente chama de moeda digital, que a
gente vê lá na frente.”
Banco Central divulga detalhes de novo sistema imediato de pagamentos
Campos Neto reafirmou os cinco princípios que considera essenciais para
o sistema de pagamentos instantâneos (ser seguro, aberto, barato,
transparente e rápido) e disse que, mais adiante, o PIX vai se encontrar
com um outro projeto do BC, o 'open banking'.
“No fim das contas, o PIX se encontra com o 'open banking' em algum
momento. A gente tem outros projetos paralelos que vão melhorar essa
função da intermediação financeira no futuro”, disse ele.
Campos Neto defendeu também que a possibilidade de consumidores fazerem
saques em lojas a partir do PIX vai baixar o custo operacional da
negociação no varejo. Segundo ele, essa será uma solução considerando a
realidade de muitas cidades, especialmente no interior do Norte e
Nordeste, onde há dificuldade para transporte de numerários.
Ele pontuou que há cidades que não têm caixas eletrônicos, com bancos
retirando a operação de ATMs por questões de segurança. Por outro lado,
os lojistas lidam com custos altos para transporte de dinheiro.
"Ideia é fazer com que qualquer estabelecimento comercial seja um lugar
onde as pessoas possam sacar dinheiro. Isso vai ser bom para as
pessoas, porque elas vão precisar ter menos dinheiro na carteira. Vai
ser bom para os estabelecimentos porque vão otimizar o volume de
dinheiro que vão manter em estoque", disse.