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quinta-feira, 5 de maio de 2022

Ibovespa tem queda de quase 3% e fica perto de zerar os ganhos do ano

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Nesta quinta-feira, o principal índice de ações da bolsa caiu 2,81%, a 105.304 pontos.
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Por g1

Postado em 05 de maio de 2022 às 10h40m

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O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda nesta quinta-feira (5), após a elevação da taxa básica de juros no Brasil e nos Estados Unidos, mas retorno das preocupações com a atividade econômica global.

O índice recuou 2,81%, a 105.304 pontos. É o pior resultado desde 11 de janeiro (103.779). Veja mais cotações.

Na quarta-feira, a Bolsa fechou em alta de 1,70%, a 108.344 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular queda de 2,38% no mês e alta de 0,46% no ano.

Já o dólar teve alta relevante e voltou a fechar acima de R$ 5.

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O que está mexendo com os mercados?

Nesta quinta, os mercados internacionais sofreram com retorno de aversão a risco, receio de menor crescimento da economia global e vendas generalizadas de ações de mais risco.

Na véspera, o Fed aumentou os juros em 0,5 ponto percentual, para uma faixa de 0,75% a 1,0%, o maior aumento desde 2000. O chefe do banco central norte-americano, Jerome Powell, afirmou, porém, que as autoridades de política monetária não estão considerando intensificar ainda mais a dose de aperto em suas próximas reuniões, para 0,75 ponto percentual, como temiam alguns agentes financeiros.

Mas, para Daniel Gewehr, co-gestor de portfólio para ações da WHG, dados de custos de produção dos EUA que foram divulgados em tendência acima do esperado fizeram investidores ficaram preocupados com o nível de juros que será necessário para combater a inflação persistente. Isso impacta no risco de desaceleração econômica mais forte.

"O Brasil foi um destaque no primeiro trimestre do ano, uma das maiores altas do mercado global, então tem uma realização de lucros e dólar forte no mundo que ajudam a afetar mais o país agora", diz.

Dados da B3 mostram que os investidores estrangeiros retiraram R$ 1,78 bilhão em recursos da bolsa brasileira no dia 3 de maio. O saldo anual do grupo ainda é positivo, mas caiu para R$ 54,29 bilhões.

"É um cenário de realização generalizada, com inflação ainda em alta no exterior. O mercado americano com teor de queda puxa a bolsa brasileira para baixo", diz Phil Soares, analista-chefe de ações da Órama Investimentos.

Além do Fed, tiveram destaque nos mercados as preocupações com altas mais rápidas das taxas de juros em outros países, lockdowns contra a Covid-19 na China, o conflito na Ucrânia e o avanço da inflação.

Nos Estados Unidos , as ações também fecharam em forte queda. Segundo dados preliminares, o S&P 500 perdeu 3,51%, para 4.149,31 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 4,90%, para 12.329,65 pontos. O Dow Jones caiu 3,03%, para 33.027,99 pontos.

Na Europa, as ações caíram pela segunda sessão consecutiva nesta quinta, com a maioria dos principais setores devolvendo ganhos anteriores obtidos após comentários menos "hawkish" (duros no combate à inflação) do banco central norte-americano.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,70%, a 438,26 pontos, com destaque negativo dos setores de viagens e lazer, bancos e seguros.

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