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O principal índice da bolsa avançou 0,56%, aos 143.150 pontos. Já a moeda norte-americana recuou 0,27%, cotada em R$ 5,3920.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Redação g1 — São Paulo
Postado em 11 de Setembro de 2.025 às 11h00m
$.# Postagem - Nº 1.083 #.$
Trama golpista: julgamento volta com voto de Cármen Lúcia
O Ibovespa atingiu uma nova máxima histórica nesta quinta-feira (11). O principal índice da bolsa brasileira fechou em alta de 0,56%, alcançando os 143.150 pontos — acima do recorde registrado em 5 de setembro, quando atingiu 142.640 pontos.
Durante a sessão, o Ibovespa rompeu outra barreira: superou, pela primeira vez, os 144 mil pontos, alcançando a máxima de 144.012 pontos no dia. Depois, perdeu fôlego. Já o dólar fechou em queda de 0,27%, cotado a R$ 5,3920, após tocar a mínima de R$ 5,3741.
O principal dado que animou os mercados veio dos Estados Unidos. Investidores reagiram à divulgação dos pedidos de seguro-desemprego, que superaram as projeções, reforçando a previsão de que o Federal Reserve (Fed) irá cortar os juros na próxima semana. (leia mais abaixo)
▶️ Na semana encerrada em 6 de setembro, foram registrados 263 mil novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA — o maior volume de solicitações iniciais desde 23 de outubro de 2021. O resultado superou a expectativa dos analistas, que projetavam 235 mil novos pedidos.
▶️ Nos EUA, também foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto. O indicador subiu 0,4% em relação ao mês anterior e acumula 2,9% no ano. Apesar de ter superado as expectativas dos economistas, o resultado não afastou as apostas de que os juros serão reduzidos.
- 🔎 Com a inflação sob controle e um mercado de trabalho mais fraco, cresce a expectativa de queda dos juros nos EUA. O dólar se torna menos atrativo, enquanto países como o Brasil, com juros ainda altos, atraem mais capital estrangeiro, valorizando o real e contribuindo para a queda do dólar por aqui.
▶️ Falando em juros, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa em 2% pela segunda reunião seguida, após tê-la reduzido pela metade ao longo de um ano. A decisão foi tomada porque a inflação na região se aproximou da meta de 2%.
▶️ No Brasil, o foco ficou no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado. A Primeira Turma do STF formou maioria para condenar Bolsonaro por todos os crimes da Trama Golpista.
▶️ Além disso, economistas consultados pelo Ministério da Fazenda para o relatório Prisma Fiscal de setembro projetam um déficit primário de R$ 69,99 bilhões para 2025, ligeiramente melhor que os R$ 70,88 bilhões estimados antes. Para 2026, a previsão piorou: déficit de R$ 81,83 bilhões, ante R$ 81,06 bilhões.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
- Acumulado da semana: -0,39%;
- Acumulado do mês: -0,55%;
- Acumulado do ano: -12,75%.
- Acumulado da semana: +0,36%;
- Acumulado do mês: +1,22%;
- Acumulado do ano: +19,01%.
A Primeira Turma STF formou maioria nesta quinta-feira para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por todos os crimes dos quais foram acusados pela Procuradoria-Geral da República na Trama Golpista.
O placar chegou a 3 votos a 1 após a ministra Cármen Lúcia acompanhar o relator, Alexandre de Moraes, e o ministro Flávio Dino. Os três votaram pela condenação de Bolsonaro, seus ex-auxiliares e militares.
Os crimes pelos quais já há maioria pela condenação de Bolsonaro de mais sete réus são:
- Golpe de Estado
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Organização criminosa
- Dano qualificado contra patrimônio da União
- Deterioração de patrimônio tombado
No caso do réu Alexandre Ramagem, ele é o único que os ministros estão excluindo de dois crimes: dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado.
Os oito réus são:
- Jair Bolsonaro: ex-presidente da República
- Walter Braga Netto: general, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente
- Mauro Cid: tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator
- Almir Garnier: ex-comandante da Marinha
- Alexandre Ramagem: ex-diretor da Abin e deputado federal
- Augusto Heleno: general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
- Paulo Sérgio Nogueira: general e ex-ministro da Defesa
- Anderson Torres: ex-ministro da Justiça
O mercado já via como praticamente inevitável a condenação de Bolsonaro. A preocupação, no entanto, é que a decisão possa gerar novas reações negativas do governo dos EUA, que já aplicou tarifas adicionais ao Brasil citando o julgamento do ex-presidente como justificativa.
Inflação e emprego nos EUA
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, os preços ao consumidor subiram mais do que o esperado em agosto, e o avanço anual foi o maior registrado em sete meses.
- O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,4% em agosto, após alta de 0,2% em julho.
- No acumulado de 12 meses até agosto, o índice avançou 2,9%, o maior aumento desde janeiro, superando os 2,7% registrados no mês anterior.
- A expectativa de economistas era de uma alta de 0,3% em relação a julho e de 2,9% no comparativo anual.
O resultado do CPI pode intensificar preocupações com uma possível combinação de inflação alta e economia fraca, especialmente após dados negativos sobre o mercado de trabalho.
Isso porque os pedidos de auxílio-desemprego aumentaram 27 mil, para 263 mil, em base ajustada sazonalmente, na semana encerrada em 6 de setembro. Economistas consultados pela Reuters previam 235 mil pedidos para a última semana.
O impacto das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump tem sido gradual, mas os preços podem subir nos próximos meses, já que muitas empresas já utilizaram os estoques anteriores às tarifas.
Apesar do resultado do CPI, a expectativa é que os dados não devem impedir o corte de juros aguardado pelo banco central americano na próxima semana, diante da fragilidade do mercado de trabalho.
"A inflação mostra certa persistência e dificuldade de estabilização, mas, apesar de o número não ser positivo, isso não deve mudar a expectativa dos investidores de que o Fed vai cortar os juros na decisão marcada para 17 de setembro”, avalia Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
Para o especialista, embora os riscos para a inflação continuem altos — devido às tarifas de importação aplicadas pelo governo Trump, à desvalorização do dólar ao longo do ano, que encarece os produtos importados, e à redução do fluxo migratório, que limita o crescimento da força de trabalho e torna o mercado mais restrito — os números da inflação neste ano estão abaixo das previsões de economistas e analistas.
"Por outro lado, os sinais de desaceleração da atividade econômica, que também preocupam, já começam a aparecer com mais clareza nos dados e indicadores", reforça.
Bolsas globais
Em Wall Street, os principais índices de ações fecharam em alta nesta quinta-feira, após os dados mais recentes do mercado de trabalho e da inflação reforçarem a expectativa de que o Federal Reserve cortará a taxa de juros na próxima semana.
O Dow Jones subiu 1,36%, aos 46.108 pontos. O S&P 500 avançou 0,85%, aos 6.587,47 pontos, atingindo novo recorde, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,72%, a 22.043,08 pontos, também em máxima histórica.
Na Europa, os mercados terminaram o dia em alta, com os investidores repercutindo a decisão amplamente esperada do Banco Central Europeu de manter as taxas de juros inalteradas.
No fechamento, o índice geral da Europa, STOXX 600, subiu 0,55%. Em Londres, o FTSE avançou 0,78%; em Frankfurt, o DAX valorizou 0,30%; em Paris, o CAC-40 ganhou 0,80%; em Milão, o FTSE/MIB subiu 0,89%.
Na Ásia, os mercados fecharam com resultados mistos. Na China, o otimismo com avanços em tecnologia, especialmente inteligência artificial, impulsionou os índices, apesar de preocupações com possíveis restrições dos EUA a medicamentos chineses.
O índice de Xangai subiu 1,65%, enquanto o CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, avançou 2,31%. Em Tóquio, o Nikkei teve alta de 1,22%. Já em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,43%. Outros destaques incluem Seul (+0,9%), Taiwan (+0,09%), Cingapura (+0,22%) e Sydney, que registrou queda de 0,29%.
Cédulas de dólar — Foto: bearfotos/Freepik
* Com informações da agência de notícias Reuters