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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Cinco maiores bancos comerciais detinham 83,7% do mercado de crédito no fim de 2019, revela BC

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Queda da concentração no mercado de crédito foi de 1,1 ponto percentual na comparação com 2018. Informações constam no relatório de Economia Bancária divulgado nesta quinta (4). 
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
04/06/2020 08h11  Atualizado há 09 horas
Postado em 04 de junho de 2020 às 17h25m

  Post. N. = 0.003  


Os cinco maiores conglomerados bancários do país (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander) encerraram 2019 com 83,7% do mercado de crédito e com 83,4% dos depósitos totais. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (4).

Os cálculos englobam bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas. Os dados estão no Relatório de Estabilidade Financeira do ano passado.

Segundo o Banco Central, houve pequena queda em relação à concentração bancária registrada no fechamento de 2018, quando essas instituições financeiras detinham 84,8% de todas as operações de crédito e 83,8% dos depósitos bancários.

PARTICIPAÇÃO DOS 5 MAIORES BANCOS COMERCIAIS NO CRÉDITO
EM % DO VOLUME TOTAL
Fonte: BANCO CENTRAL

No relatório, o BC avaliou que os indicadores de concorrência mantiveram "tendência de queda" iniciada em meados de 2017, sinalizando um "ambiente de aumento da competição bancária e redução de custos de crédito e de outros serviços financeiros".

"É importante também ressaltar que, nos doze meses encerrados em dezembro de 2019, houve redução do custo médio de captação, acompanhada de redução dos preços das novas operações de concessão de crédito, notadamente nas operações com pessoas jurídicas", acrescentou.

Juros e 'spread' bancários
Dados do BC revelam que os bancos reduziram sua taxa média de juros nas operações com recursos livres (sem contar habitacional, BNDES e rural) em 1,6 ponto percentual no ano passado. No fim de 2018, a taxa média estava em 35,6% ao ano, recuando para 34% ao ano em dezembro de 2019.

No caso dos empréstimos para pessoas físicas, a taxa caiu também 1,6 ponto percentual (de 48,9% ao ano, no fim de 2018, para 47,3% ao ano, em dezembro do ano passado).

A redução mostra que os bancos não repassaram a queda total da taxa Selic do último ano.
A taxa básica de juros da economia brasileira estava em 6,5% ao ano no fim de 2018, passando para 4,5% ao ano no fechamento de 2019 – uma queda de dois pontos percentuais. A Selic é fixada pelo BC com base no regime de metas de inflação.

Sem repassar toda a queda na taxa de juros, o chamado "spread" bancário (diferença entre quanto bancos pagam pelos recursos e quanto cobram dos clientes) médio de todas as operações com recursos livres registrou aumento no ano passado.

No fim de 2018, o spread estava em 27,8 pontos percentuais, avançando para 28,5 pontos percentuais no fechamento de 2019, uma alta de 0,7 ponto percentual.

O "spread" é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros. O "spread" bancário brasileiro é considerado alto para padrões internacionais. 
Mercados financeiros sobem, apesar da crise mundial; Carlos Alberto Sardenberg explica
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* Banco Central do Brasil
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Rentabilidade de bancos brasileiros sobe em 2019 e lucro bate recorde, mostra BC

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Lucro líquido dos bancos somou R$ 118 bilhões. Retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário ficou bem acima de países como Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos. 
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília    
04/06/2020 10h13  Atualizado há 05 horas  
Postado em 04 de junho de 2020 às 15h15m  

  Post. N. = 0.002  


A rentabilidade dos bancos brasileiros subiu em 2019 e o lucro das instituições financeiras bateu novo recorde, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (4) pelo Banco Central.

O chamado retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário nacional alcançou 16,5% em dezembro do ano passado, contra 14,8% no fechamento de 2018, e retornou a patamares registrados em 2011.

Retorno sobre o patrimônio líquido
Em %
Fonte: Banco Central

No caso dos bancos de grande e médio portes, a rentabilidade foi maior ainda, atingindo 18,8% no final do ano passado.

"Isso se deve, provavelmente, aos maiores ganhos de escala e diversificação, que permitem aos bancos grandes e médios captarem recursos com menor custo", informou o BC.

"A recuperação do ambiente econômico e a melhora da percepção de risco observada até final de 2019 criaram condições favoráveis para o crescimento da rentabilidade do sistema bancário ao longo do ano", informou o Banco Central.

De acordo com a instituição, o aumento da rentabilidade dos bancos decorreu principalmente da retomada do crédito, com alteração da composição das carteiras para segmentos mais rentáveis (pessoas físicas, e pequenas e médias empresas), que "implicaram aumento no valor do resultado de crédito bruto do setor bancário".

Além disso, acrescentou o BC, outro "fator importante" para a evolução da rentabilidade foi o aumento das receitas de serviços, que contou principalmente com o crescimento das rendas de mercado de capitais (colocação de títulos e corretagens).

Entre as maiores do mundo
De acordo com dados do BC, a rentabilidade do sistema bancário brasileiro está entre as maiores do mundo. O indicador brasileiro ficou abaixo, em 2019, da Argentina, do México e do Canadá, mas superou grande parte dos países desenvolvidos - como Estados Unidos, Itália, Reino Unido e Japão.

Rentabilidade dos bancos por país
retorno sobre o patrimônio líquido, em %
Fonte: Banco Central

Lucro do sistema financeiro
De acordo com o relatório do BC, o lucro líquido dos bancos se aproximou dos R$ 118 bilhões e bateu novo recorde no ano passado. A série histórica do Banco Central para este indicador começa em 1994.

LUCRO LÍQUIDO DOS BANCOS
em R$ bilhões
Fonte: BANCO CENTRAL

O aumento da rentabilidade e do lucro dos bancos brasileiros acontece em um cenário de juros bancários elevados. Apesar de a taxa básica da economia, a Selic, estar no menor patamar da história (3% ao ano), as instituições financeiras ainda cobram taxas elevadas.

Apesar de a taxa básica de juros da economia brasileira ter recuado 6,5% ao ano no fim de 2018 para 4,5% ao ano no fechamento de 2019 – uma queda de dois pontos percentuais -, os juros bancários médios recuaram 1,6 ponto percentual no ano passado. Ou seja, as instituições não repassaram toda a queda da taxa Selic registrada no último ano.

Em algumas linhas de crédito, como cartão de crédito rotativo e no cheque especial das pessoas físicas, os juros bancários médios fecharam 2019 acima de 300% ao ano. Neste ano, o juro do cheque especial recuou para 119,3% ao ano (6,8% ao mês) em abril depois que o Banco Central impôs limite para essa taxa.

Dados do BC mostram que os cinco maiores conglomerados bancários do país detinham, no fim de 2019, 83,7% do mercado de crédito e com 83,4% dos depósitos totais. Os cálculos englobam bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas.

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Veja abaixo reportagem sobre programa criado pelo governo para oferecer crédito a empresas durante a pandemia do novo coronavírus.
Governo cria linha de crédito para pequenas e médias empresas; Miriam Leitão comenta
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