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sábado, 15 de março de 2025

Argentina e EUA lideram as quedas entre as principais bolsas globais, enquanto Europa e países emergentes sobem

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Receio com as tarifas de Trump nos EUA e com os rumos da economia argentina impactam negativamente os índice acionários dos países.
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Por Bruna Miato, g1

Postado em 15 de Março de 2.025 às 09h00m

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Operadores na bolsa de valores de Nova York. — Foto: Brendan McDermid/ Reuters
Operadores na bolsa de valores de Nova York. — Foto: Brendan McDermid/ Reuters

A maioria das principais bolsas de valores globais acumulam fortes altas nos primeiros meses de 2025, enquanto os principais mercados dos Estados Unidos e Argentina registram as maiores quedas no mesmo período.

A baixa mais expressiva é a do S&P Merval, principal índice acionário da bolsa argentina. Houve um recuo de 14,74% do início do ano até a última quinta-feira (13) — considerando a rentabilidade já dolarizada, para facilitar a comparação com o desempenho de outros mercados.

Na sequência dos piores desempenhos, os três principais índices das bolsas americanas: Nasdaq caiu 10,40%, S&P 500 recuou 6,12% e Dow Jones teve baixa de 4,07%. Os dados são de um levantamento de Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria.

Na contramão, a maior alta no período, de 31,36%, foi registrada pelo Euro Stoxx 50, índice que reúne as ações de algumas das maiores empresas da Zona do Euro.

As bolsas de outros países da Europa e nações emergentes, como China, México e Chile, também viveram uma temporada positiva até aqui. E o Brasil está nesse grupo. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, acumula um avanço de 11,26% nos primeiros meses de 2025.

Veja o desempenho de cada uma das bolsas de valores na tabela a seguir:

Rentabilidade das principais bolsas de valores do mundo em 2025 (

Índice acionário País Rentabilidade
Euro Stoxx 50 Zona do Euro 31,36%
MSCI Colcap Colômbia 27,19%
FTSE China China 18,26%
IPSA Chile 18,17%
DAX Alemanha 18,16%
Hang Seng Hong Kong (China) 17,93%
FTSMIB Itália 15,99%
IBEX Espanha 15,38%
CAC 40 França 12,46%
Ibovespa Brasil 11,26%
PSI Portugal 9,99%
FTSE 100 Inglaterra 8,49%
IPyC México 8,43%
BEL20 Bélgica 6,79%
AEX Holanda 6,64%
SP/BVL General Peru 3,25%
Nikkei 225 Japão -2,15%
Dow Jones EUA -4,07%
S&P 500 EUA -6,12%
Nasdaq EUA -10,40%
S&P Merval Argentina -14,74%

Trump ameaça impor mais tarifas após retaliação de UE e Canadá

O que explica esses movimentos?

O levantamento da Elos Ayta ainda revela que as bolsas dos EUA já perderam mais de US$ 4 trilhões em valor de mercado desde a posse do presidente Donald Trump, em 20 de janeiro. Segundo Einar Rivero, o pessimismo com os mercados americanos reflete as "incertezas sobre a condução da política fiscal e monetária, além de pressões inflacionárias persistentes".

Os EUA vivem um período de inflação elevada já há alguns anos, após a recuperação da economia depois das paralisações pela pandemia de Covid-19. O aumento no consumo da população é impulsionado por um mercado de trabalho resiliente, que segue mantendo a atividade econômica aquecida.

Além disso, a política tarifária de Trump, que impôs uma série de taxas de importação sobre diversos itens e países, eleva a preocupação de que, com os produtos chegando mais caros aos EUA, os preços ao consumidor final também fiquem mais caros, elevando a inflação num primeiro momento.

O analista de investimentos Vitor Miziara explica, ainda, que, com esse provável aumento de preços, há temores de que o consumo entre os americanos passe por uma desaceleração importante, reduzindo a atividade econômica — o que poderia levar a uma recessão.

Também, se a inflação dispara de cara, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode demorar mais para reduzir suas taxas de juros, hoje entre 4,25% e 4,50% ao ano, ou até voltar a elevá-los. Juros maiores encarecem a tomada de crédito pela população, diminuindo ainda mais o consumo e afetando a economia.

Já na Argentina, a queda da bolsa de valores é reflexo de uma "política econômica agressiva do presidente Javier Milei, que tenta controlar a inflação e reequilibrar as contas públicas", pontua Rivero.

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