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Receio com as tarifas de Trump nos EUA e com os rumos da economia argentina impactam negativamente os índice acionários dos países.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Bruna Miato, g1
Postado em 15 de Março de 2.025 às 09h00m
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Operadores na bolsa de valores de Nova York. — Foto: Brendan McDermid/ Reuters
A maioria das principais bolsas de valores globais acumulam fortes altas nos primeiros meses de 2025, enquanto os principais mercados dos Estados Unidos e Argentina registram as maiores quedas no mesmo período.
A baixa mais expressiva é a do S&P Merval, principal índice acionário da bolsa argentina. Houve um recuo de 14,74% do início do ano até a última quinta-feira (13) — considerando a rentabilidade já dolarizada, para facilitar a comparação com o desempenho de outros mercados.
Na contramão, a maior alta no período, de 31,36%, foi registrada pelo Euro Stoxx 50, índice que reúne as ações de algumas das maiores empresas da Zona do Euro.
As bolsas de outros países da Europa e nações emergentes, como China, México e Chile, também viveram uma temporada positiva até aqui. E o Brasil está nesse grupo. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, acumula um avanço de 11,26% nos primeiros meses de 2025.
Veja o desempenho de cada uma das bolsas de valores na tabela a seguir:
Rentabilidade das principais bolsas de valores do mundo em 2025 (
Índice acionário | País | Rentabilidade |
Euro Stoxx 50 | Zona do Euro | 31,36% |
MSCI Colcap | Colômbia | 27,19% |
FTSE China | China | 18,26% |
IPSA | Chile | 18,17% |
DAX | Alemanha | 18,16% |
Hang Seng | Hong Kong (China) | 17,93% |
FTSMIB | Itália | 15,99% |
IBEX | Espanha | 15,38% |
CAC 40 | França | 12,46% |
Ibovespa | Brasil | 11,26% |
PSI | Portugal | 9,99% |
FTSE 100 | Inglaterra | 8,49% |
IPyC | México | 8,43% |
BEL20 | Bélgica | 6,79% |
AEX | Holanda | 6,64% |
SP/BVL General | Peru | 3,25% |
Nikkei 225 | Japão | -2,15% |
Dow Jones | EUA | -4,07% |
S&P 500 | EUA | -6,12% |
Nasdaq | EUA | -10,40% |
S&P Merval | Argentina | -14,74% |
Trump ameaça impor mais tarifas após retaliação de UE e Canadá
O que explica esses movimentos?
O levantamento da Elos Ayta ainda revela que as bolsas dos EUA já perderam mais de US$ 4 trilhões em valor de mercado desde a posse do presidente Donald Trump, em 20 de janeiro. Segundo Einar Rivero, o pessimismo com os mercados americanos reflete as "incertezas sobre a condução da política fiscal e monetária, além de pressões inflacionárias persistentes".
Os EUA vivem um período de inflação elevada já há alguns anos, após a recuperação da economia depois das paralisações pela pandemia de Covid-19. O aumento no consumo da população é impulsionado por um mercado de trabalho resiliente, que segue mantendo a atividade econômica aquecida.
Além disso, a política tarifária de Trump, que impôs uma série de taxas de importação sobre diversos itens e países, eleva a preocupação de que, com os produtos chegando mais caros aos EUA, os preços ao consumidor final também fiquem mais caros, elevando a inflação num primeiro momento.
O analista de investimentos Vitor Miziara explica, ainda, que, com esse provável aumento de preços, há temores de que o consumo entre os americanos passe por uma desaceleração importante, reduzindo a atividade econômica — o que poderia levar a uma recessão.
Também, se a inflação dispara de cara, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode demorar mais para reduzir suas taxas de juros, hoje entre 4,25% e 4,50% ao ano, ou até voltar a elevá-los. Juros maiores encarecem a tomada de crédito pela população, diminuindo ainda mais o consumo e afetando a economia.
Já na Argentina, a queda da bolsa de valores é reflexo de uma "política econômica agressiva do presidente Javier Milei, que tenta controlar a inflação e reequilibrar as contas públicas", pontua Rivero.