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domingo, 12 de dezembro de 2021

62% das empresas planejam voltar ao trabalho presencial; 78% dos profissionais que preferem home office cogitam trocar de emprego, mostram pesquisas

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59,2% das empresas cogitam o revezamento entre o home office e o escritório, considerando a vontade de 79% dos profissionais de tecnologia que têm o remoto como modelo favorito.
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Por g1

Postado em 12 de dezembro de 2021 às 13h45m

Post. N. =  0.390

Home office  — Foto: Freepik
Home office — Foto: Freepik

A queda nos índices de contágio do coronavírus está provocando uma movimentação nas empresas para uma possível volta ao presencial. Uma pesquisa realizada na base de mais de 24 mil companhias clientes da startup de recrutamento Revelo mostra que 61,8% das empresas de tecnologia planejam retomar o trabalho no escritório.

Enquanto isso, em outro levantamento da startup, 78% dos profissionais da área de tecnologia consideram trocar de emprego caso não haja flexibilidade em permanecer trabalhando de casa.

A competição entre companhias e a escassez de profissionais capacitados já era um problema para retenção de talentos antes da pandemia, trazendo o cenário de existir duas vagas para cada candidato no mercado. Agora, a falta de flexibilização de horários e formato de trabalho pode trazer uma dificuldade adicional. Por isso, a saída é dialogar para chegar no modelo ideal de trabalho, avalia o cofundador da Revelo, Lucas Mendes.

O estudo também aponta que 59,2% das empresas cogitam o revezamento entre o home office e o escritório, considerando a vontade de 79% dos profissionais de tecnologia que têm o remoto como modelo favorito.

Cerca de 93% das empresas disseram estar trabalhando em modelo remoto. Dessas, 92% têm mais de um ano em home office. Ao avaliar os custos para a organização desde que os colaboradores estão em casa, 51,3% disseram não ter percebido nenhuma diminuição significativa.

Para entender a razão da escolha dos profissionais em trabalhar de casa, 71,3% disseram gostar de não perder tempo no trânsito e 54,2% indicaram que poder trabalhar em cidades distantes é um diferencial. Inclusive, 47,5% das pessoas não moram no mesmo município da empresa.

O ambiente presencial, a estrutura e os equipamentos são mais adequados para 39% dos profissionais, mas 78% não gostam das muitas interrupções que acontecem in loco e 74,6% elegem os horários inflexíveis como motivo de incômodo.

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Por que carne enlatada que originou o termo 'spam' tem batido recordes de vendas

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Sinônimo de ingrediente barato no ocidente, mistura de carne de porco de presunto que está há mais de 80 anos no mercado se tornou iguaria na região da Ásia-Pacífico.
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TOPO
Por BBC

Postado em 12 de dezembro de 2021 às 12h50m

Post. N. =  0.389

Spam se popularizou durante a Segunda Guerra, quando foi usado para alimentar das tropas americanas a civis europeus — Foto: Getty Images via BBC
Spam se popularizou durante a Segunda Guerra, quando foi usado para alimentar das tropas americanas a civis europeus — Foto: Getty Images via BBC

Há mais de 80 anos no mercado, o Spam – um enlatado que mistura presunto e carne de porco – registrou em 2021 recorde de vendas pelo sétimo ano consecutivo.

O desempenho foi anunciado na quinta-feira (9) por Jim Snee, presidente da Hormel Foods, empresa americana dona da marca, em uma conferência para investidores durante a divulgação do resultado do grupo no trimestre encerrado em outubro.

Lançado em 1937, o enlatado é um clássico. Por ser barato e ter um prazo de validade bastante elástico, foi distribuído às toneladas durante a Segunda Guerra Mundial, usado para alimentar tanto as tropas americanas quanto civis europeus das nações aliadas aos EUA.

E continuou sendo amplamente consumido nos anos difíceis que se seguiram ao conflito, quando muitos países tentavam se reconstruir e não havia grande disponibilidade de alimentos.

Com o passar do tempo, o "apresuntado" virou sinônimo de ingrediente barato no Ocidente – mas acabou se tornando uma iguaria na região da Ásia-Pacífico, o que explica em parte o sucesso da marca nos últimos anos.

O Spam foi levado à Coreia do Sul pelo exército americano durante a Guerra da Coreia, nos anos 1950, como uma tentativa de fazer frente à escassez de alimentos durante o conflito. O enlatado foi de tal forma absorvido pela cultura sul-coreana, contudo, que virou ingrediente de um dos pratos favoritos do país: o "budae jjigae", ou "ensopado militar".

No Ano Novo Lunar, ele é vendido nos empórios e supermercados como artigo de luxo, em embalagens especiais, usado pelos coreanos para presentear.

O enlatado também tem um mercado grande no Estado americano do Havaí, onde é encontrado no cardápio de diversos restaurantes do arquipélago. É consumido no café da manhã com ovos e arroz, por exemplo, e em outras refeições misturado a arroz frito ou como uma espécie de sushi, o "Spam musubi".

Caixas de Spam à venda em Seul: enlatado é vendido como artigo de luxo em alguns países da Ásia — Foto: Ed Jones via BBC
Caixas de Spam à venda em Seul: enlatado é vendido como artigo de luxo em alguns países da Ásia — Foto: Ed Jones via BBC

Da carne aos e-mails

A popularidade ganhada pela marca depois da Segunda Guerra acabaria, anos mais tarde, transformado seu nome em sinônimo de mensagens indesejadas, de lixo eletrônico.

A história, de acordo com o etimologista Graeme Donald, remete a uma esquete do grupo britânico de humor Monty Python dos anos 1970, em que um casal vai a um restaurante em que todos os itens do menu têm como ingrediente o Spam. Apesar de a mulher deixar claro que não gosta do enlatado, a atendente repete com a voz estridente: "spam, spam, spam, spam...", um mantra repetido em coro por um grupo de vikings que também está na cena.

O uso da palavra como sinônimo de mensagem irritante e indesejada começou como uma piada entre os usuários da internet nos seus primórdios, mas rapidamente se tornou universal, como relatou à emissora de rádio americana NPR Finn Brunton, autor de Spam: A Shadow History of the Internet ("Spam: Uma História Secreta da Internet", em tradução livre).

O sucesso recente da marca, hoje presente em mais de 80 países, motivou a Hormel Foods a estudar uma expansão do catálogo de produtos da família Spam, que deve chegar às prateleiras em 2023, disse Snee na conferência com investidores.

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