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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Petrobras tem lucro de R$ 23,7 bilhões no 1° trimestre, queda de 38%

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Conselho da empresa aprovou nesta segunda-feira (13) o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.
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Por g1

Postado em 13 de maio de 2024 às 09h30m

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Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre, queda de 37,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta segunda-feira (13).

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 60,04 bilhões entre janeiro e março, um recuo de 17,2% frente ao mesmo período de 2023.

Segundo a petroleira, a queda no lucro líquido foi influenciada, entre outros pontos, pela desvalorização cambial e pelo volume menor de vendas de óleo e derivados.

Quando ocorre a desvalorização cambial, há flutuação no demonstrativo financeiro pela variação do câmbio que reconhecemos por regra contábil. Contudo, isso não afeta o caixa da companhia, afirmou o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Leite. 

Dividendos

Com o resultado do primeiro trimestre, a empresa também informou que seu Conselho Administrativo aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. O valor é equivalente a R$ 1,04161205 por ação ordinária e preferencial em circulação.

Segundo a petroleira, o pagamento é uma antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2024. Os recursos serão pagos em duas parcelas, divididas da seguinte forma:

  • a primeira, no valor de R$ 0,52080603 por ação ordinária e preferencial em circulação, em 20 de agosto de 2024, sob a forma de juros sobre capital próprio;
  • a segunda, no valor de R$ 0,52080602 por ação ordinária e preferencial em circulação, em 20 de setembro de 2024, sendo R$ 0,44736651 sob a forma de dividendos e R$ 0,07343951 sob a forma de juros sobre capital próprio.

Acionistas da Petrobras aprovam distribuição de 50% dos dividendos extraordinários

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Temporais no RS: entenda como o relevo de Porto Alegre e as 'marés de tempestade' travam escoamento

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447 municípios foram atingidos pelo desastre climático que causa chuvas intensas e alagamentos no Rio Grande do Sul. Tragédia causou 147 mortes e deixou 127 feridos até a manhã desta segunda-feira.
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Por Emily Santos, g1

Postado em 13 de maio de 2024 às 13h50m

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Depósito de cilindros de gás alagado em Porto Alegre neste domingo, 12 de maio — Foto: Adriano Machado/Reuters
Depósito de cilindros de gás alagado em Porto Alegre neste domingo, 12 de maio — Foto: Adriano Machado/Reuters

O relevo de Porto Alegre é um ponto-chave para entender o acúmulo de água que causa enchentes na região metropolitana da capital do Rio Grande do Sul. Em um cenário de chuvas intensas e constantes há cerca de duas semanas, o lago Guaíba bateu a máxima histórica de 5,33 metros, no último dia 4.

Após o nível do Guaíba e as inundações por Porto Alegre diminuírem, a previsão é que as águas voltem a subir devido às chuvas que caíram no Vale do Taquari no fim de semana. De lá, do rio Taquari, as águas escorrem para o Guaíba, que deverá sofrer com os impactos dos últimos temporais e atingir novo nível recorde até terça-feira (14). Projeções da UFRGS esperam que o nível suba para 5,5 m.

Em todo o estado, 447 de 497 municípios foram atingidos pelo desastre climático. A tragédia causou 147 mortos e deixou 127 desaparecidos até a manhã desta segunda-feira (13).

Juntamente com o relevo da capital, também contribuíram para a gravidade do cenário da Grande Porto Alegre causado pelas chuvas extremas:

  1. a formação topográfica das regiões no entorno da região metropolitana;
  2. a bacia hidrográfica da área;
  3. o efeito das tempestades no Oceano Atlântico.

Abaixo, entenda o papel que cada um desses elementos teve na maior enchente da história no Rio Grande do Sul.

Características geográficas dificultam escoamento da água no RS; entenda

Arte mostra rios que desembocam no Guaíba — Foto: Reprodução
Arte mostra rios que desembocam no Guaíba — Foto: Reprodução

1 - Topografia e relevo

Porto Alegre está localizada em uma planície, ou seja, em um território plano. Esse tipo de relevo é comum em áreas que ficam a poucos metros do nível do mar, que é exatamente o que acontece ali, já que a cidade tem uma altitude média de 10 metros.

Gramado, por exemplo, fica 850 metros acima metros do nível do mar, e São José dos Ausentes, município mais alto do RS, está a quase 1,2 mil metros de altitude.

Segundo Rualdo Menegat, coordenador-geral do Atlas Ambiental de Porto Alegre e professor titular do Instituto de Geociências da UFRGS, alguns pontos da cidade são ainda mais baixos e ficam no nível do Delta do Jacuí (entenda mais abaixo).

É o caso da zona norte do município, onde fica o Aeroporto Internacional Salgado Filho, que alagou e ficará fechado por tempo indeterminado, com todas as operações suspensas.

Infográfico mostra geografia de Porto Alegre — Foto: Arte/g1
Infográfico mostra geografia de Porto Alegre — Foto: Arte/g1

Além de ter um território baixo, a capital do estado é circundada de um lado por 40 morros, e limitada de outro lado pela orla fluvial do lago Guaíba.

O lago Guaíba, na altura da capital, é local de confluência de cinco rios principais — Taquari-Antas, Gravataí, Sinos, Caí e Jacuí — que descem de pontos mais altos do estado. As águas dos rios chegam ao lago Guaíba, vão para a Lagoa dos Patos e de lá para o Oceano Atlântico
— Rualdo Menegat, professor titular do Instituto de Geociências da UFRGS.

Em resumo, o lago que passa por Porto Alegre recebe a água dos rios e da chuva que cai na região central do estado antes de desaguar no oceano.

O especialista explica que os rios que formam o Delta do Jacuí e originam o Guaíba fluem em alta velocidade por causa da altitude de seus cursos. Normalmente, isso ajuda o Guaíba a desaguar na lagoa e seguir fluxo para o mar.

No entanto, com as fortes chuvas e as cheias dos rios da região, o lago está recebendo mais água do que o normal. Isso fez com que ele ultrapassasse sua cota de inundação — que é de 3 metros — e atingisse um nível de 5,26 metros na segunda (6).

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3 - Nível do oceano

Assim como os rios do Delta do Jacuí, o Oceano Atlântico também está sendo afetado pelas fortes chuvas e tempestades de ventos que atingem o Rio Grande do Sul, o que dificulta o escoamento da água.

Os ventos fortes formam marés de tempestade. Isso faz o mar 'crescer', subindo o nível em até 2 metros a depender da configuração da praia. No caso do que acontece aqui no Rio Grande do Sul, o mar fica mais alto do que o nível de escoamento da Lagoa dos Patos, impedindo que o excesso de água seja despejado no mar.
— Rualdo Menegat, professor titular do Instituto de Geociências da UFRGS.

Como resultado, a água do lago Guaíba e dos rios que o alimentam continua empossada em Porto Alegre e nas cidades vizinhas de baixa altitude. Com as chuvas constantes e a velocidade do fluxo da água, o nível sobe em minutos e deixa cidades submersas em questão de horas.

Temporais no RS: três fatores explicam colapso em Porto Alegre