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quinta-feira, 25 de junho de 2020

CMN fixa meta de inflação de 2023 em 3,25%

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Margem é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. 
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Por G1*  
25/06/2020 18h25  Atualizado há 4 horas
Postado em 25 de junho de 2020 às 22h30m

  Post. N. = 0.019  
IPCA-15 recua 0,59% em abril, maior deflação desde 1994
IPCA-15 recua 0,59% em abril, maior deflação desde 1994

O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu nesta quinta-feira (25) a meta de inflação para 2023 pelo IPCA.

O alvo será de 3,25% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. As metas para 2021 e 2022 seguem em 3,75% e 3,50%, respectivamente.
Para 2020, o objetivo de inflação estabelecido pelo CMN é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1
1 de 1 Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1

Inflação hoje
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (25) o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que subiu 0,02% em junho.

O número teve influência da queda dos preços de combustíveis e passagens aéreas ajudando a segurar a inflação e a compensar a alta dos alimentos. Trata-se da menor taxa para junho desde 2006, quando houve deflação de -0,15%.

A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central do governo para o IPCA, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano. Segundo o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, os analistas do mercado financeiro estima uma inflação de 1,61% em 2020.
Se a previsão for confirmada, será o menor patamar da inflação desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1995. O menor nível já registrado foi em 1998 (1,65%).

Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

O BC revisou nesta quinta-feira a sua estimativa de inflação para 2020, de 2,6% para 2,4%. Em outro cenário, que considera taxa de juros (Selic) e câmbio estáveis, por sua vez, a previsão do Banco Central para a inflação oficial deste ano recuou de 3% para 1,9%.

"Não vamos abandonar a [meta de] inflação. O que dissemos é que acreditamos que a política monetária [definição dos juros para atingir a meta de inflação] ainda tem espaço. De forma alguma, abandonamos a [meta de] inflação e de forma alguma abandonamos [seu atingimento em] 2021 para atingir em 2022", declarou nesta quinta-feira o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

* (com informações da agência Reuters)

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FMI alerta para risco de 'desconexão entre mercados financeiros e evolução da economia real'

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Apesar das expectativas de uma recuperação rápida, órgão destaca que dados sobre a confiança do consumidor mostram uma realidade mais pessimista.   
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Por France Presse  
25/06/2020 11h09  Atualizado há 2 horas
Postado em 25 de 2020 às 13h15m

  Post. N. = 0.018  
As recentes altas expressivas nas Bolsas de valores, que mostram uma "desconexão" com a contração da economia mundial devido à pandemia de coronavírus, são uma fonte "tremenda" de incerteza e uma ameaça à recuperação, alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira (25).

Em seu Relatório de Estabilidade Financeira, o FMI alertou que, entre as grandes incertezas que cercam a crise atual, "destaca-se a desconexão entre os mercados financeiros e a evolução da economia real".
Segundo o relatório, muitos mercados se beneficiaram da enorme quantidade de ajuda injetada por vários governos e aumentaram as perspectivas de que a recuperação será rápida, apesar do fato de os dados sobre a confiança do consumidor mostrarem uma realidade mais pessimista.
O FMI emitiu esse aviso depois de publicar na quarta-feira uma atualização sobre suas perspectivas para a economia mundial, alertando que o mundo experimentará uma contração de 4,9% no PIB global este ano e que a recuperação em 2021 será mais lenta do que o antecipado.

Em Wall Street, por exemplo, o S&P, que caiu 34% em apenas 23 dias de negociação, foi impulsionado por estímulos de bancos centrais e agora está cerca de 10% abaixo de sua máxima recorde. As ações, no entanto, operam em forte queda nesta quarta-feira com o aumento de infecções em vários Estados norte-americanos.
A principal vulnerabilidade identificada pelo FMI é a ameaça sobre a recuperação em caso de "diminuição do apetite por ativos de risco", o que foi beneficiado pelo apoio financeiro fornecido por vários países para combater a crise.

O FMI lembrou que os mercados de risco e de dívida sofreram perdas nas primeiras semanas da pandemia, mas vêm ganhando terreno desde então.

Consequências inesperadas
A principal preocupação é que, no caso de quaisquer contratempos - como uma segunda onda de infecções, uma recessão mais profunda do que o esperado ou uma intensificação da agitação social - a recuperação poderá ser comprometida.
EUA registram recorde de novos casos de Covid-19 desde 25 de abril
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O FMI observou em seu relatório que o apoio "sem precedentes", através da injeção de liquidez, empréstimos e taxas de juros mais baixas, "amorteceu o impacto da pandemia na economia global e diminuiu o impacto imediato sobre o sistema financeiro".

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, tem defendido consistentemente um apoio maciço aos governos para evitar cair em uma grande recessão, como a da década passada.

O FMI também alertou que a crise do coronavírus pode cristalizar outras vulnerabilidades e que os altos níveis de dívida existentes podem se tornar "incontroláveis", ameaçando a resiliência dos bancos em alguns países.

Outro ponto de preocupação citado no relatório são os riscos de que vários mercados emergentes precisem de refinanciamento e que algumas economias podem se ver sem acesso à liquidez.

Tobias Adrian, diretor do Departamento de Mercados de Capitais e Monetários do FMI, alertou que "os formuladores de políticas precisam estar vigilantes sobre as consequências não intencionais" de fornecer dinheiro fácil.

"Uma vez que a recuperação ganhe um ritmo firme, os responsáveis deveriam resolver urgentemente as fraquezas que podem semear problemas futuros e ameaçar o crescimento a médio prazo", alertou o FMI.

Risco de bolha
Na véspera, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) fez uma análise semelhante em seu Boletim Macro de junho.

"A significativa recuperação dos mercados globais de ações e títulos de dívida corporativa reflete, em parte, a ausência de alternativas de investimento e também as expectativas favoráveis para a atividade, devido aos elevados estímulos fiscais e monetários. Porém, como a melhora da economia real não está assegurada, não se pode destacar o risco de que haja um descolamento entre os mercados financeiros e a economia real. Ou, colocado de forma mais simples, que a forte valorização de ativos não passe de uma grande bolha".

Às 11h31, o Ibovespa subia 0,86%, a 95.190 pontos. Veja mais cotações.

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