Com 3.200 megapixels, a supercâmera já identificou mais de 2.100 asteroides em 10 horas e promete gerar 1.000 imagens por noite do céu do hemisfério sul. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Reuters Postado em 29 de Junho de Junho de 2.025 às 08h00m $.# Postagem - Nº 1.040#.$
O aglomerado estelar aberto Messier 21 é visto em uma imagem produzida
pelo Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile,
em 12 de junho de 2025. — Foto:
RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
O Observatório Vera C. Rubin do Chile, que possui a maior câmera
digital do mundo, começou a exibir suas primeiras imagens do cosmos. As
imagens podem permitir que os astrônomos descubram como o sistema solar
se formou e até mesmo se um asteroide representa uma ameaça para a
Terra.
O
observatório detectou mais de 2.100 asteroides nunca antes vistos
somente em 10 horas, concentrando-se em uma pequena área do céu visível.
Seus pares terrestres e espaciais descobrem, no total, cerca de 20.000
asteroides por ano.
Localizado na Colina Pachón, na região de Coquimbo, o telescópio de 8,4
metros tem uma câmera de 3.200 megapixels que alimenta um poderoso
sistema de processamento de dados.
Os
céus mais escuros sobre o árido deserto do Atacama fazem do Chile um
dos melhores lugares do mundo para a observação astronômica.
A cada noite, o Rubin fará cerca de 1.000 imagens do céu do hemisfério
sul, permitindo que ele cubra todo o céu do sul a cada três ou quatro
noites.
A Nebulosa Trífida é vista em uma imagem produzida pelo Observatório
Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de
junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via
REUTERS
"Isso realmente mudará e desafiará a maneira como as pessoas trabalham
com seus dados", disse William O'Mullane, gerente de projeto focado em
dados no Vera Rubin.
O'Mullane disse que o observatório permitirá que os astrônomos coletem
grandes quantidades de dados rapidamente e façam descobertas
inesperadas.
"Em vez [da apresentação] das habituais observações e da redação de um
artigo acadêmico. Não, eu lhe darei um milhão de galáxias, um milhão de
estrelas ou até mesmo um bilhão, porque nós as temos: 20 bilhões de
medições de galáxias", afirmou ele.
O nome do centro é uma homenagem à astrônoma norte-americana Vera C.
Rubin, pioneira na descoberta de provas conclusivas da existência de
grandes quantidades de material invisível conhecido como matéria escura.
"O número de alertas que o telescópio enviará todas as noites é
equivalente às caixas de entrada de 83.000 pessoas. É impossível que
alguém dê uma olhada em cada um deles. Teremos que usar ferramentas de
inteligência artificial", disse o astrofísico Francisco Foster.
O aglomerado globular NGC 6544 é visto em uma imagem produzida pelo
Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12
de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via
REUTERS.
As Nebulosas Trífida e Laguna são vistas em uma imagem produzida pelo
Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile,
em 12 de junho de 2025. — Foto:
RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
Galáxias distantes são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório
Vera C. Rubin, no Cerro Pachon, Região de Coquimbo, Chile, em 18 de
junho de 2025 — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via
REUTERS
Super telescópio James Webb fotografa, pela primeira vez, um planeta fora do Sistema Solar
Lula prometeu um novo programa focado em entregadores. Em 2025, foram emplacadas apenas 4.803 unidades, o equivalente a 0,5% das 849.946 motocicletas zero quilômetro vendidas. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por André Fogaça, g1 — São Paulo 29/06/2025 03h00 Atualizado há 04 horas Postado em 29 de Junho de 2.025 às 07h00m $.# Postagem - Nº 1.039#.$
Motos elétricas são vendidas no Brasil, mas número ainda é baixo. — Foto: Arte/g1
No último final de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
prometeu um programa de crédito voltado à compra de motocicletas
elétricas. O foco está no entregador de aplicativo.
"Vou abrir uma linha de crédito para financiar moto elétrica para os entregadores de alimentos neste país", comentou o presidente.
Antes, Lula havia mencionado a criação de uma linha de crédito para os
entregadores, mas sem esclarecer se o benefício seria destinado a
modelos a combustão, elétricos ou híbridos. O projeto ainda não saiu da
promessa.
"Estamos
trabalhando com muito afinco um programa de crédito para financiar
motocicletas para os entregadores de comida deste país. Temos que cuidar
não apenas da questão do crédito, pra ele comprar uma moto, mas também
de garantir que ele tenha um lugar pra que possa fazer as necessidades
básicas dele," disse Lula no começo de junho.
Um programa para motos elétricas pode acelerar um mercado que anda em marcha lenta, quase parando.
Em volume, foram emplacadas 4.803 unidades em 2025. Elas representam
apenas 0,5% das 849.946 motocicletas zero quilômetro vendidas entre
janeiro e maio deste ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição
de Veículos Automotores (Fenabrave).
No mesmo período, o mercado de carros totalmente elétricos registrou
24.495 emplacamentos, correspondendo a 3,4% de todas as vendas de
automóveis de passeio no Brasil. O número é seis vezes maior que a
participação das motos movidas a bateria.
São muitos fatores que explicam essa deficiência do mercado de motos
elétricas. Milad Kalume Neto, especialista do setor e consultor
automotivo independente, destaca que a ausência de grandes marcas é um
deles.
“As 15 motos elétricas listadas pela Fenabrave não possuem nenhuma representante das duas principais marcas tradicionais, Honda e Yamaha, que juntas possuem mais de 80% da participação do mercado”, diz Kalume Neto.
Carlos Augusto Serra Roma, membro do conselho diretor da Associação
Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e CEO da Riba Brasil, destaca que a
presença de modelos exclusivamente elétricos ainda é insignificante em
uma frota de mais de 35 milhões de motos no país.
“Umas 10 mil, no máximo, são 100% elétricas”, comenta.
Moto elétrica anda menos e é cara
Outros dois fatores ajudam a explicar a baixa adesão: o preço e a
autonomia. A Watts W160S é uma moto elétrica equipada com motor de
10.000 watts, correspondendo a 13,5 cavalos de potência em um motor a
combustão.
A Honda CG 160, por exemplo, entrega 14,4 cavalos de potência e tem
preço inicial de R$ 16.440. Já a Watts W160S parte de R$ 19.311, o que a torna 17,4% mais cara do que sua equivalente à combustão.
Em autonomia, o tanque da CG 160 comporta 14 litros e, segundo o
Instituto Mauá, seu consumo médio é de 45,9 km/l, permitindo percorrer
até 642,6 quilômetros. Em comparação, a Watts W160S oferece autonomia de
até 100 km por carga, desde que a velocidade não ultrapasse os 60 km/h.
Enquanto
a moto a combustão precisa ser abastecida uma vez, a versão elétrica
teria que ser recarregada mais de seis vezes para percorrer a mesma
distância. Além disso, a recarga da Watts W160S pode levar até quatro horas na tomada.
Para a Watts, existem outros problemas que dificultam a adoção maior
das motos elétricas. Falta de conhecimento do consumidor e carga
tributária estão na lista apontada pela fabricante.
"Ainda
existem desafios importantes a serem superados, como os altos custos
logísticos e a morosidade operacionais na produção nacional, falta de
infraestrutura de recarga da moto em todo país, uma carga tributária
desfavorável aos veículos elétricos e a necessidade de ampliar o
conhecimento do consumidor sobre essa tecnologia", comentou Rodrigo
Gomes, diretor comercial da Watts.
Para driblar os problemas de baixa autonomia e alto custo de aquisição,
algumas empresas optaram por não vender as motocicletas, mas sim
oferecê-las por meio de aluguel, incluindo um serviço de troca de
baterias em estações distribuídas pela cidade.
As baterias desses modelos são menores, com autonomia de
aproximadamente 65 km. No entanto, essa capacidade reduzida visa
permitir recargas mais rápidas nas estações de troca. Duas marcas se
destacam nesse modelo de negócio: Riba e Vammo.
A Riba possui 100 estações distribuídas pela região metropolitana de
São Paulo (SP), Belém (PA) e outras cidades menores. Já a Vammo opera
cerca de 140 pontos, concentrados em São Paulo (SP) e municípios
vizinhos, como Barueri (SP), Guarulhos (SP), Mauá (SP), Ribeirão Pires
(SP).
Toda a frota de motos elétricas no Brasil é composta por modelos
importados ou montados localmente por meio do sistema CKD. Nesse modelo,
todas as peças do veículo chegam prontas do exterior, são montadas no
país e, em seguida, comercializadas — seja para venda ou aluguel.
Kalume Neto acredita que a baixa demanda ainda inviabiliza a produção
local além da montagem básica, especialmente no caso das baterias.
“Observe
que todo o mercado de motos elétricas tem uma projeção inferior a 12
mil unidades para o Brasil em 2025. É muito pouco para se pensar em ter
produção local”, aponta.
“Para este fim deveríamos ter no mínimo uma produção de 50 mil unidades
de uma mesma bateria e ainda sim correríamos riscos pelo baixo volume.”
Entre as empresas que atuam nesse segmento, destacam-se Amazon Motors,
DVS, Watts e Shineray. Duas que apostaram na fabricação local, Voltz e
Origem, acabaram fechando as portas.
Não é difícil escalonar a fabricação das elétricas
Em entrevista ao g1,
Shineray e Watts informaram que todas as motocicletas elétricas
vendidas por ambas são produzidas no Brasil — a primeira em Suape (PE) e
a segunda em Manaus (AM) — seguindo o modelo CKD.
Wendel Lazko, gerente-geral de negócios da Shineray, destaca que
atualmente a unidade produz 128 mil motocicletas e que já existem planos
em andamento para ampliar essa capacidade.
“Vamos
quadruplicar a capacidade fabril e esse incremento já estava planejado
mesmo antes do anúncio do presidente. O aumento na capacidade envolve
não somente os modelos a combustão, mas também os 100% elétricos”,
comenta Wendel.
O plano de expansão foi anunciado em 2024, com um investimento de R$ 75
milhões, que permitirá aumentar a área da fábrica em Suape de 50 mil
para 77 mil metros quadrados.
A Watts também destacou a facilidade para ampliar a produção de
motocicletas em Manaus (AM), indicando que pode haver expansão do espaço
físico e até a inclusão de um novo turno de trabalho.
"A Watts possui infraestrutura e flexibilidade para expandir
rapidamente sua capacidade produtiva. A fábrica em Manaus é modular e
pode operar em vários turnos, o que nos permite acompanhar com agilidade
o aumento da demanda", comenta Gomes, diretor comercial da Watts.
O prazo estimado para essa ampliação na linha de montagem é de seis meses.
As empresas Vammo e Riba importam o mesmo modelo chinês, que é adaptado com características exclusivas por cada marca.
“São
mudanças como outras controladoras, outros materiais mais nobres para
suportar maior potência do motor, que esquenta mais e você precisa
refrigerar. A gente recalibra, como colocando o torque máximo de forma
instantânea, ou garantindo mais força assim que a moto detecta certa
inclinação”, comenta Carlos Augusto Serra Roma, da Riba.
A Riba pretende iniciar a produção nacional em CKD até o fim deste ano.
Segundo o executivo, como o setor já monta motocicletas no Brasil ou
importa os veículos prontos para venda, será fácil aumentar a produção
caso a demanda cresça com a implementação do programa de crédito
anunciado por Lula.
“Se eu falo que quero passar de uma produção de 200 para 2 mil
unidades, o exportador na China produz meus kits CKD em 45 dias. Se
tiver a demanda, podemos aumentar ainda mais", diz o executivo.
Serra Roma acrescenta que essa situação não é exclusiva da marca que
representa, mas reflete a realidade de todo o setor de motocicletas
elétricas. “Isso não é um problema, porque há espaço de sobra. Todos
conseguirão atender à demanda”, afirma.
Riba e Vammo também não estão restritas apenas ao modelo de aluguel de
motos elétricas. “Não descartamos outras linhas de negócio, como a
possibilidade de um programa de rent to own”, afirma Billy Blaustein,
cofundador e diretor de operações da Vammo.
Nesse modelo, o cliente continua pagando o aluguel, mas tem a opção de adquirir o veículo durante o período de uso.
"Se essa iniciativa do governo decolar mesmo, vou rever meus planos. De
abrir lojas para o consumidor final e até fabricar para terceiros",
revela Serra Roma, da Riba.
A Watts também se mostrou otimista com a proposta do governo,
considerando a iniciativa fundamental para o desenvolvimento do setor.
"Uma
linha de crédito específica para profissionais como entregadores e
mototaxistas pode ser o impulso necessário para acelerar de forma
significativa a adoção das motos elétricas no país", diz Gomes, da
Watts.
"Porém, entendo que a linha de crédito deveria se estender a todos os
usuários de motocicletas que desejam optar por motos elétricas. Os
benefícios com a ampliação a todos seriam ainda mais expressivos e
ajudaria a acelerar a eletrificação da frota", complementa.
Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV