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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Depois do Fed, o Tesouro: Janet Yellen volta a fazer história nos EUA

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Antes do BC dos EUA, ela foi a primeira mulher a chefiar o Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, de 1997 a 1999. 
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TOPO
Por France Presse  
26/01/2021 22h05 Atualizado há 1 horas
Postado em 26 de janeiro de 2021 às 23h10m

 .*  Post. N. = 0.197  *. 

Janet Yellen — Foto: REUTERS/Gary Cameron
Janet Yellen — Foto: REUTERS/Gary Cameron

Com Janet Yellen como a primeira mulher a chefiar o Departamento do Tesouro americano, o presidente Joe Biden escolheu uma economista progressista focada no desemprego, apoiadora do estímulo fiscal e da luta contra as mudanças climáticas.

Yellen, de 74 anos, prestou juramento nesta terça-feira diante da primeira vice-presidente do país, Kamala Harris, em uma cerimônia na Casa Branca, com o prédio do Tesouro ao fundo. No dia anterior, o Senado havia aprovado por esmagadora maioria (84-15) sua nomeação.

"Parabéns, senhora secretária! Obrigado, senhora vice-presidente!", disseram uma à outra, sorrindo, as duas funcionárias.

Yellen já tinha feito história quando se tornou a primeira mulher presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central mais poderoso do mundo, em 2014. Antes disso, ela foi a primeira mulher a chefiar o Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, de 1997 a 1999.

Ao assumir o comando do Tesouro, Yellen se coloca no centro da atual tempestade econômica dos Estados Unidos, que sofreu uma queda recorde no crescimento anual e dezenas de milhões de demissões ao mesmo tempo em que enfrenta o maior surto de coronavírus do mundo.

Yellen estará à frente das negociações para ganhar o apoio do Congresso na aprovação do plano de resgate proposto por Biden, de US$ 1,9 trilhão, incluindo o aumento do salário mínimo federal para US$ 15 a hora.

Em nota aos funcionários do Tesouro, ela elogiou seu esforço durante a crise financeira mundial de 2008 e disse que "ajudaram a salvar a economia de sua pior crise desde a Depressão".

"Agora temos que fazê-lo de novo", disse-lhes Yellen.

Embora a crise atual seja muito diferente da de 2008, "a escala é igualmente grande, se não maior", já que a pandemia causou uma "devastação total na economia", escreveu.

Paixão pelo trabalho

Para Yellen, que teve uma longa carreira em vários cargos no Fed, economia é um assunto de família: ela conheceu seu marido — o ganhador do Nobel e economista George Akerlof — na cafeteria do Fed, e seu filho também é professor de economia.

Sua experiência acadêmica e de serviço público, a torna distinta de muitos ex-secretários do Tesouro, incluindo seu antecessor, Steven Mnuchin, que passou anos como banqueiro de investimentos e produtor de cinema.

O conhecimento de Yellen sobre o mercado de trabalho em um momento em que a pandemia dobrou o desemprego, alcançando os 6,7%, junto ao respeito que os legisladores têm por seus esforços no Fed após a crise financeira global de 2008-2010, são vistos como seu grande patrimônio.

Próxima à elite econômica progressista, Yellen foi ainda mais longe do que Biden ao pedir um imposto sobre o carbono para combater as mudanças climáticas.

"Precisamos de políticas públicas orientadas a fazer uma grande diferença nas mudanças climáticas", declarou recentemente.

Embates com Trump

Como presidente do Fed entre 2014 e 2018, Yellen entrou em conflito com o presidente Donald Trump, que assumiu a presidência em 2017, por causa de discrepâncias sobre os níveis de taxas de juros, a tal ponto que o presidente acabou retirando-a do cargo e transformando-a em um dos únicos titulares do banco central americano a não permanecer no cargo para um segundo mandato.

Yellen trabalhou durante anos com o atual presidente do Fed, Jerome Powell, cujo mandato termina em 2022.

Filha de um médico judeu, Yellen, que ainda fala com seu sotaque nativo do Brooklyn, obteve um doutorado em economia pela Universidade de Yale.

Ela desempenhou vários cargos no Fed, onde passou um terço de sua carreira, primeiro como pesquisadora econômica e depois em cargos mais altos.

Yellen também foi conselheira econômica do ex-presidente Bill Clinton de 1997 a 1999, lecionou na Universidade da Califórnia, Berkeley, e chefiou o Banco da Reserva Federal de São Francisco.

Em 2010, tornou-se vice-presidente do Fed ao lado de Ben Bernanke, supervisionando o grande plano de apoio monetário para ajudar a economia americana a emergir da crise financeira global de 2008.

Quando o substituiu quatro anos depois, a revista Forbes a chamou de a segunda mulher mais poderosa do mundo, atrás da chanceler alemã Angela Merkel.

Afável e de estatura mediana, com o rosto emoldurado por um capacete de cabelos brancos e seu distinto "pescoço levantado", Yellen nunca perdeu a compostura diante dos ataques dos legisladores republicanos.

No início do mandato de Trump, ela não hesitou em alertar para os riscos que cortes de impostos como os propostos pelo presidente teriam sobre o déficit fiscal.

Com o déficit dos Estados Unidos aumentando devido à pandemia, esse será um problema que terá de enfrentar novamente.

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Bolsas de NY recuam e Nasdaq interrompe sequência de recordes

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O Nasdaq fechou em queda de 0,07%, a 13.626,06 pontos, interrompendo uma sequência de quatro sessões consecutivas nas quais renovou sua máxima histórica. 
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Por Valor Online  
26/01/2021 19h32 Atualizado há 2 horas
Postado em 26 de janeiro de 2021 às 21h35m

 .*  Post. N. = 0.196  *. 

Os índices acionários viraram para terreno negativo nos minutos finais da sessão e fecharam em queda nesta terça-feira (26), interrompendo a sequência de ganhos do Nasdaq, enquanto os investidores aguardam a divulgação de uma série de balanços importantes.

O Nasdaq fechou em queda de 0,07%, a 13.626,06 pontos, interrompendo uma sequência de quatro sessões consecutivas nas quais renovou sua máxima histórica. O S&P 500, por sua vez, recuou 0,15%, a 3.849,62 pontos, e o Dow Jones caiu 0,07%, a 30.937,04 pontos.

A semana marca o ápice da temporada de balanços do quarto trimestre de 2020, com mais de um quinto das empresas que compõem o S&P 500 divulgando os seus resultados.

Placa de Wall Street perto da bolsa de Nova York — Foto: REUTERS/Shannon Stapleton
Placa de Wall Street perto da bolsa de Nova York — Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

Destaques

Após o fechamento das negociações em Nova York, a Microsoft reportou uma alta de mais de 30% nos lucros do quarto trimestre, a US$ 15,5  bilhões, superando com folga a expectativa de consenso, de US$ 12,6 bilhões, de acordo com levantamento da FactSet. Por volta das 19h05, a ação da gigante de tecnologia sobe 3,93% nas operações pós-mercados, depois de fechar em alta de 1,22%.

A semana terá ainda a divulgação dos resultados de outras companhias importantes nos EUA, com a Tesla e as gigantes de tecnologia Apple e Facebook divulgando os seus números amanhã.

Os balanços divulgados antes da abertura hoje também foram positivos: as ações da General Electric (+2,73%), Johnson & Johnson (+2,71%) e da Raytheon Technologies (+1,39%) fecharam todas em alta, com as companhias tendo reportado resultados trimestrais melhores do que o esperado.

Destaque também para a disparada da ação da GameStop, que subiu 92,71% nesta terça, com investidores individuais comprando a ação em massa. A disparada segue uma sequência de fortes movimentos, com a ação acumulando uma alta atordoante de mais de 785% em 2021.

Entre os dados, destaque positivo para a confiança do consumidor nos EUA, que aumentou em janeiro, de acordo com dados do Conference Board divulgados mais cedo. O índice de confiança do consumidor aumentou para 89,3 pontos em janeiro, de 87,1 revisados para baixo em dezembro. A leitura supera as estimativas dos economistas ouvidos pelo "Wall Street Journal" que esperavam que o sentimento do consumidor caísse ligeiramente para 88,0.

Os investidores aguardam, agora, a conclusão da primeira reunião de política monetária do Federal Reserve no ano. "As alterações no comunicado da decisão provavelmente devem ser pequenas. O presidente [Jerome Powell] provavelmente permanecerá 'dovish' [favorável ao afrouxamento monetário] em relação às políticas, mesmo enquanto expressa algum otimismo sobre o crescimento", afirmam os estrategistas da TD Securities.

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