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terça-feira, 30 de abril de 2024

Dólar salta 1,5% e fecha próximo de R$ 5,20, à espera do Fed; Ibovespa tem queda

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A moeda norte-americana avançou 1,52%, cotada a R$ 5,1927. No mês, acumulou ganhos de 3,54%. Já o principal índice acionário da bolsa de valores fechou em queda de 1,12%, aos 125.924 pontos.
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Por g1

Postado em 30 de abril de 2024 às 16h55m

             Post. N. =  0.811           

— Foto: Freepik
— Foto: Freepik

O dólar fechou em forte alta nesta terça-feira (30), conforme investidores seguiam à espera pela próxima decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), prevista para quarta-feira (1º). Com o avanço de hoje, encerrou o mês de abril com ganhos de 3,54%. (entenda mais abaixo)

A expectativa é que a instituição mantenha as taxas básicas dos Estados Unidos inalteradas, entre 5,25% e 5,50%. As atenções devem ficar voltadas para as falas do presidente da instituição, Jerome Powell, e para a ata da reunião, que deve ser divulgada na próxima semana.

Na agenda de indicadores, dados de inflação e emprego nacionais e internacionais ficam no radar. Por aqui, destaque para a pauta fiscal e para os debates sobre a reforma tributária brasileira.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Ao final da sessão, o dólar subiu 1,52%, cotado a R$ 5,1927. Na máxima, foi a R$ 5,1937. Veja mais cotações.

Com o resultado desta terça-feira, a moeda encerrou abril com um avanço de 3,54%. Entenda na reportagem abaixo os motivos que levaram o dólar à forte valorização nos últimos dias:

Com o resultado de hoje, acumula:

  • avanço de 1,49% na semana;
  • alta de 3,54% no mês;
  • ganho de 7,01% no ano.

Na segunda-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,03%, cotada a R$ 5,1148.

Ibovespa

Já o Ibovespa encerrou com um recuo de 1,12%, aos 125.924 pontos.

Com o resultado, acumula quedas de:

  • 0,48% na semana;
  • 1,70% no mês;
  • 6,16% no ano.

Na segunda-feira, o índice teve alta de 0,65%, aos 127.352 pontos.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

O que está mexendo com os mercados?

O principal destaque desta semana fica com a nova decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), prevista para quarta-feira (1º).

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta terça-feira (30) que os aumentos salariais nos Estados Unidos estão superando a alta dos preços, mas que o governo de Joe Biden tem mais trabalho a fazer para reduzir o custo de vida.

Em uma audiência do Comitê de Formas e Meios da Câmara dos Deputados dos EUA, Yellen ainda reiterou que a inflação diminuiu consideravelmente, mas destacou que os preços de muitos produtos estão mais altos do que antes da pandemia de Covid-19, o que afeta muitos norte-americanos.

Entre os dados dos EUA, os custos trabalhistas nos EUA aumentaram mais do que o esperado no primeiro trimestre em meio a uma alta nos salários e benefícios, confirmando o aumento da inflação no início do ano.

O Índice de Custo de Emprego (ECI, na sigla em inglês), a medida mais ampla dos custos de mão de obra, aumentou 1,2% no último trimestre, após uma alta não revisada de 0,9% no quarto trimestre. Economistas consultados pela Reuters previam avanço de 1%. Os custos trabalhistas aumentaram 4,2% na comparação anual, depois de terem subido pela mesma margem no quarto trimestre.

O ECI é visto pelas autoridades como uma das melhores medidas sobre o mercado de trabalho e um indicador do núcleo da inflação, pois se ajusta às mudanças na composição e na qualidade do emprego.

Na última sexta-feira, o índice PCE de preços, favorito do Fed para monitorar a inflação, veio com uma alta de 0,3% em março e de 2,7% em 12 meses, ambas em linha com as estimativas do mercado.

Com a divulgação dos dados, as taxas dos Treasuries de 10 anos, referência global para investimentos, mostraram uma queda ainda maior, e especialistas indicaram que a chance de o Fed começar a cortar os juros em setembro ficou no radar.

A projeção do mercado é que a instituição mantenha as taxas básicas dos EUA inalteradas entre 5,25% e 5,50%, mas são as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, e a ata da reunião que devem ficar na mira dos investidores, que buscam novas sinalizações sobre o futuro dos juros no país.

Juros mais altos nos EUA acabam levando investimentos para dentro da maior economia do mundo, o que retira dinheiro de outros mercados, principalmente os emergentes, caso do Brasil.

Na agenda de indicadores, a balança comercial dos Estados Unidos e dados do mercado de trabalho norte-americano também ficam sob os holofotes, bem como o índice de gerentes de preços (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, da China, do Reino Unido e da zona do euro.

Já no Brasil, as atenções ficam com o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), com a inflação ao produtor e com indicadores de emprego do Caged e da Pnad Contínua.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e do Emprego divulgados nesta terça, o Brasil criou 244,3 mil empregos formais em março, um aumento de 25,7% em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 194,37 postos. Essa foi a maior geração de vagas com carteira assinada para um mês de março desde o início da série histórica do novo Caged, em 2020.

Já de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego foi de 7,9% no trimestre encerrado em março. O número responde por uma alta de 0,5 ponto percentual em relação aos três meses anteriores, mas representa o melhor resultado para um primeiro trimestre desde 2014.

Ainda por aqui, as pautas fiscal e monetária continuam sob os holofotes, à medida que investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), em 8 de maio.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou o primeiro projeto de lei para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo. Ele levou o texto pessoalmente a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A reforma foi aprovada via proposta de emenda à Constituição (PEC) no ano passado.

Esse texto, de 2023, trouxe apenas as linhas gerais da reforma tributária. Agora, é preciso aprovar a regulamentação, que será feita via projetos de lei. Entre os pontos a ser regulamentados estão os produtos que vão compor a cesta básica e o chamado imposto do pecado, criado para desestimular artigos nocivos à saúde e ao meio ambiente.

No noticiário corporativo, o mercado continuou a repercutir a aprovação, por parte do Conselho de Administração da Petrobras, de distribuir 50% dos dividendos extraordinários da estatal. Com a medida, a União, que tem a maioria das ações da empresa, deve receber cerca de R$ 6 bilhões.

Ao todo, serão liberados cerca de R$ 21,95 bilhões em dividendos extraordinários, de um total de R$ 43,5 bilhões. Os pagamentos serão feitos em duas parcelas: em maio e em junho deste ano.

Além disso, o Palácio do Planalto também deu aval para o pagamento dos outros 50% dos dividendos extraordinários restantes no segundo semestre deste ano. A informação foi publicada no blog da Julia Duailibi, na última semana.

Já o Grupo Casas Bahia entrou com um pedido de recuperação extrajudicial no último domingo (28), para reestruturar dívidas estimadas em R$ 4,1 bilhões. Na segunda-feira após o pedido, as ações da companhia dispararam quase 35%, fazendo a emprega ganhar R$ 176 milhões em valor de mercado.

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Desemprego sobe a 7,9% no trimestre terminado em março, diz IBGE

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Taxa cresceu 0,5 ponto percentual em relação ao período anterior e atinge 8,6 milhões de pessoas. Mesmo com alta, resultado do primeiro trimestre é o melhor para o período desde 2014 (7,2%).
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PoRaphael Martins, g1

Postado em 30 de abril de 2024 às 10h00m

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Desemprego sobe a 7,9% no trimestre terminado em março, diz IBGE

taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no trimestre encerrado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em dezembro, houve alta de 0,5 ponto percentual na desocupação, que era de 7,4%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,8%. Mesmo com a alta, o resultado do primeiro trimestre é o melhor para o período desde 2014 (7,2%) e vem abaixo das projeções do mercado financeiro (8,1%).

Com os resultados, o número absoluto de desocupados cresceu 6,7% contra o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 8,6%.

No primeiro trimestre de 2024, houve queda de 0,8% na população ocupada, estimada em 100,2 milhões de pessoas. No ano, o aumento foi de 2,4%, com mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o aumento da taxa de desocupação foi ocasionado pela redução na ocupação, em um movimento sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre do ano.

O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57%, um recuo de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta é de 0,9 p.p.

Já o número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), teve alta de 1,5%, estimado em 108,8 milhões. A população fora da força totalizou 66,9 milhões, estável em relação ao período anterior.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 7,9%
  • População desocupada: 8,6 milhões de pessoas
  • População ocupada: 100,2 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
  • População desalentada: 3,6 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 37,98 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,9 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,9%

Carteira assinada se mantém

O destaque positivo da pesquisa é a manutenção em bons patamares do emprego com carteira assinada. Com 37,984 milhões de empregados neste grupo, houve recorde histórico para os trimestres comparáveis, mesmo que o aumento tenha representado uma estabilidade em termos estatísticos.

"A estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é uma sinalização importante de manutenção de ganhos na formalização da população ocupada", diz Beringuy, do IBGE.

No emprego sem carteira assinada, houve uma redução leve, que o instituto considera estabilidade. Foram 13,4 milhões neste trimestre, contra 13,5 milhões no trimestre anterior — que havia sido recorde da série comparável.

Entre os informais (38,9 milhões de pessoas), houve uma redução de 589 mil trabalhadores no trimestre, redução de 1,5%.

Rendimento segue em alta

O rendimento real habitual teve alta frente ao trimestre anterior, de 1,5%, e passou a R$ 3.123. No ano, o crescimento foi de 4%.

Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 308,3 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado teve variação inexpressiva frente ao trimestre anterior, e cresceu 6,6% na comparação anual.

Carteira de trabalho — Foto: Mauro Pimentel/AFP/Arquivo
Carteira de trabalho — Foto: Mauro Pimentel/AFP/Arquivo

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