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Com o resultado, o setor de serviços teve o maior crescimento anual de toda a série histórica, iniciada em 2011.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Bruna Miato, g1
Postado em 10 de fevereiro de 2023 às 11h00m
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Setor de serviços tem desempenho recorde em 2022. — Foto: Rafael Macri/PMM
O volume de serviços no Brasil teve uma forte alta de 3,1% em dezembro de 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10). Com o resultado, o setor acumulou alta de 8,3% em todo o ano passado.
Esse foi o maior resultado anual registrado pelo IBGE desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, em 2011. Em 2022, inclusive, o setor teve uma alta acumulada em 12 meses 14,4% superior aos níveis pré-pandemia de Covid-19, em fevereiro de 2020.
Em novembro passado, o setor de serviços teve uma variação nula, depois de recuar 0,5% em outubro. A queda daquele mês interrompeu uma sequência de cinco altas consecutivas do setor.
No ano passado, o avanço acentuado do setor pode ser explicado, principalmente, pela retomada mais intensa das atividades depois de dois anos de medidas restritivas de circulação por conta da pandemia, segundo Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE.
A principal influência positiva para o ano veio do grupo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que cresceu 13,3%.
"O setor de transportes cresce desde 2020, mas com dinâmica diferente: inicialmente, por causa da área de logística, com alta nos serviços de entrega, em substituição às compras presenciais. Já em 2022, há a manutenção da influência do transporte de carga, puxado pela produção agrícola, mas também pela reabertura e a retomada das atividades turísticas, impactando o índice no transporte de passageiro", afirma Almeida.
De acordo com o pesquisador, "em linhas gerais, setores também ligados a atividades presenciais" foram aqueles que cresceram e mais contribuíram para o desempenho recorde do setor de serviços em 2022.
A pesquisa destaca que serviços como empresas de locação de automóveis, serviços de engenharia, soluções de pagamentos eletrônicos e organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções, além de serviços prestados às famílias - como restaurantes, hotéis e buffet -, como algumas das principais contribuições.
No campo negativo, o único grupo a apresentar baixa no ano passado foi o de outros serviços, que teve sua retração puxada sobretudo por serviços financeiros auxiliares, como corretoras de valores e bolsas.
"Durante os períodos de isolamento mais severos, as famílias de maior renda, que participam mais desse segmento, realocaram o gasto para esse setor. Com a retomada pós-isolamento, a leitura é que a distribuição investimentos mudou, com uma realocação dos gastos familiares", pontua o analista da pesquisa sobre o desempenho do grupo.
- Serviços prestados às famílias: alta de 24%
- Serviços de informação e comunicação: alta de 3,3%
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: alta de 7,7%
- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: alta de 13,3%
- Outros serviços: baixa de 2,1%
Assim como em todo o ano passado, em dezembro a alta de 2,5% do setor de serviços foi influenciada, principalmente, pelo grupo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio. Dentro do grupo, a atividade que mais cresceu e puxou o resultado para cima foi a de transportes aéreos, com avanço de 7,6%
O grupo de outros serviços também teve contribuição importante para o setor em dezembro, com alta de 10,3%.
No último mês do ano, o único grupo a apresentar queda foi o de serviços de informação e comunicação, que caiu 2,2%, influenciado sobretudo pela queda de 7,9% nos serviços de tecnologia da informação.
Confira o desempenho de cada grupo em dezembro:
- Serviços prestados às famílias: alta de 2,4%
- Serviços de informação e comunicação: baixa de 2,2%
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: alta de 3%
- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: alta de 2,5%
- Outros serviços: alta de 10,3%