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Órgão confirmou que ajudará a instituição financeira, mas não confirmou qual será o valor concedido. Ações do banco despencaram na véspera, após o investidor majoritário do banco dizer que não poderia realizar aportes financeiros por questões regulatórias.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por g1
Postado em 16 de março de 2023 às 07h35m
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Fachada do Credit Suisse, em 15 de março de 2023 — Foto: Denis Balibouse/Reuters
O banco Credit Suisse pediu um empréstimo de US$ 54 bilhões (o equivalente a R$ 285 bilhões) ao Banco Central da Suíça. O anúncio foi feito na madrugada desta quinta-feira (16). O órgão financeiro confirmou que irá ajudar o banco, mas não informou qual será o valor concedido.
As ações do Credit Suisse tombaram mais de 25% na quarta-feira com a notícia de que seu maior investidor, o Banco Nacional Saudita, não aceitou realizar um novo aporte financeiro para ajudar a companhia. (veja mais abaixo)
O movimento vem depois de dois bancos norte-americanos terem a falência decretada em um intervalo de três dias, aumentando as incertezas sobre a saúde do sistema bancário global.
Na manhã desta quinta-feira (16), o mercado reagiu rápido ao anúncio da ajuda. Nas horas após o anúncio, os papeis do banco suíço chegaram a saltar 40%. Às 11h20, os papéis tinham alta de 17%.
Já as principais bolsas da Europa abriram a quinta-feira em alta, com índices bem parecidos e acima de 1%. Londres iniciou o pregão em alta de 1,15%. Paris, operava com ganho de 1,34%. Altas se repetiam na Alemanha, 1,05%; Itália, 1,53%; e Espanha, 1,51%.
Na quarta-feira (15), as ações do Credit Suisse derreteram após seu maior acionista, o Banco Nacional Saudita, afirmar que não iria mais investir na instituição.
Ammar al-Khudairy, presidente do Banco Nacional Saudita, da Arábia Saudita, disse que seu banco não tinha "absolutamente nenhuma intenção" de investir mais no Credit Suisse, insistindo que a decisão era principalmente regulatória. O banco hoje tem pouco menos de 10% do capital do CS, e ampliar essa fatia exigiria a aprovação do supervisor do mercado suíço, o Finma.
Embora al-Khudairy tenha afirmado estar satisfeito com o plano de reestruturação do Credit Suisse, seus comentários desencadearam pânico em um mercado preocupado com os riscos de contágio após a crise do banco americano SVB.
O preço dos papéis do banco suíço caiu 30%, em seu pior momento do dia, chegando a apenas 1,55 franco suíço, o menor valor histórico da ação.
Diante de todo o cenário, as bolsas de valores ao redor do planeta foram penalizadas na quarta-feira (15). Na Europa, a queda era generalizada entre os índices acionários da região, que mais uma vez eram pressionados por ações do setor financeiro.
As bolsas de Londres, Frankfurt, Paris, Milão e Madri caíam mais de 2%. O quadro ainda se repetia nos Estados Unidos, com os três principais índices de Wall Street operando no vermelho. O Ibovespa também se contaminou com o clima de aversão a risco e cai mais que 1%.
Segundo o analista da Terra Investimentos, Luis Novaes, da Terra Investimentos, apesar da impressão de que os acontecimentos envolvendo o SVB e o Signature Bank estão contidos após o Fed ter anunciado medidas para aumentar a liquidez do sistema bancário norte-americano e de os grandes bancos ao redor do mundo parecerem "protegidos contra esse tipo de risco", a situação do Credit Suisse ainda preocupa investidores.
De acordo com o analista, o Credit é um dos cinco maiores bancos da Europa, considerado sistematicamente importante, e sua insolvência poderia ter grandes impactos no sistema financeiro.
Outra preocupação, segundo os analistas consultados pelo g1, viria em eventuais efeitos desse cenário no quadro de juros de grandes economias, que há meses têm subido as taxas para tentar controlar a pressão inflacionária.
"Então, imagino que o BCE deve fazer algo muito parecido com o que o Fed tem feito, de assegurar que qualquer eventual dificuldade que possa existir, como uma possível corrida bancária e um aumento de pedidos de retirada, serão garantidas pelo próprio banco central. É o que chamamos de emprestador de última instância: no limite da situação, o BC vai lá e honra os depósitos", explica o economista-chefe do Banco Original, Marco Caruso, reiterando que uma solução privada — como um eventual aporte de capital — não é descartada.
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