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quarta-feira, 12 de maio de 2021

Passageiros voam a 'lugar nenhum' para fazer compras com descontos em free shops na Coreia do Sul

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Viagem tem duração de duas horas e meia, com decolagem e aterrissagem no Aeroporto Internacional de Incheon.
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Por G1

Postado em 12 de maio de 2021 às 17h20m

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Avião da empresa sul-coreana Korean Air pousa nesta quarta-feira (2) no aeroporto internacional de Incheon — Foto: AFP
Avião da empresa sul-coreana Korean Air pousa nesta quarta-feira (2) no aeroporto internacional de Incheon — Foto: AFP

Durante a pandemia da Covid-19, viajar de avião deixou de ter como único objetivo fazer a conexão entre duas cidades. Companhias aéreas sul-coreanas lançaram uma nova opção de viagem para enfrentar a crise do setor: voos para "lugar nenhum". Neles, os passageiros pousam no mesmo aeroporto de partida apenas para fazer compras em free shops com desconto exclusivos.

Oferecidos pela Hanjin Travel e pela Korean Air, os voos têm duração de duas horas e meia e aterrissam no Aeroporto Internacional de Incheon, o maior da Coreia do Sul e um dos maiores do mundo — onde foi realizada também a decolagem.

Para incentivar as transações financeiras no país, o governo anunciou em novembro que isentaria temporariamente as obrigações de quarentena para os passageiros que comprassem passagens para esses voos e permitiria a venda de produtos isentos de impostos.

Com apoio do estado, os free shops estão oferecendo promoções para compras antecipadas pelo site e pelos sistemas de pagamento locais, como o KakaoPay.

No Lotte Duty Free, por exemplo, passageiros que ocuparem assentos em classes privilegiadas acumulam pontos que podem ser trocados por presentes no setor de cosméticos ou descontos em pagamentos eletrônicos.
Lotte Duty Free no aeroporto internacional de Incheon, na Coreia do Sul — Foto: Divulgação
Lotte Duty Free no aeroporto internacional de Incheon, na Coreia do Sul — Foto: Divulgação

De acordo com as companhias aéreas, todos os passageiros do voo para "lugar nenhum" devem usar uma etiqueta que informa "Voo de turismo internacional sem aterrissagem no Aeroporto Internacional de Incheon", que são entregues durante o check-in.

O objetivo da etiqueta é distingui-los dos demais viajantes vindos do exterior que precisam fazer a quarentena obrigatória de 14 dias.

No desembarque, os passageiros se dirigiram a um posto de controle de imigração específico para o voo e rapidamente ficaram livres para voltar para casa com suas — várias — mercadorias.

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Setor de serviços tem queda de 4% em março e volta a operar abaixo do nível pré-pandemia, aponta IBGE

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Recuo do volume de serviços prestados no país foi o mais intenso desde junho de 2020. Apesar da queda, setor encerrou o primeiro trimestre com alta de 2,8% na comparação com o 4º trimestre do ano passado.
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Por Daniel Silveira, G1 — Rio de Janeiro

Postado em 12 de maio de 2021 às 11h05m

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Medidas restritivas diante do avanço da pandemia fez o setor de serviços registrar a queda mais intensa desde junho de 2020, segundo o IBGE — Foto: Marcos Serra Lima/G1; Marcelo Brandt/G1
Medidas restritivas diante do avanço da pandemia fez o setor de serviços registrar a queda mais intensa desde junho de 2020, segundo o IBGE — Foto: Marcos Serra Lima/G1; Marcelo Brandt/G1

O volume de serviços prestados no Brasil teve queda de 4% em março, na comparação com fevereiro, após dois meses seguidos de dados positivos. Com o resultado, o setor voltou a operar abaixo do nível pré-pandemia, apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O recuo registrado em março foi o mais intenso desde junho do ano passado, quando o setor teve queda de 5,5%. O resultado foi pior do que expectativa em pesquisa da Reuters, que apontava recuo de 3,2%.

O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas, com a queda em março, encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado, enfatizou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Setor de serviços registrou a queda mais intensa desde junho de 2020 — Foto: Economia/G1
Setor de serviços registrou a queda mais intensa desde junho de 2020 — Foto: Economia/G1

Das cinco grandes atividades do setor, a de serviços prestados às famílias é a que registra a maior distância do patamar de fevereiro de 2020.

Na comparação com março de 2020, o setor teve alta de 4,5%, após 12 taxas negativas seguidas nesta base de comparação. Já no acumulado em 12 meses, o volume de serviços prestados no país registra um tombo de 8%.

Setor de serviços voltou a operar abaixo do nível pré-pandemia — Foto: Economia/G1
Setor de serviços voltou a operar abaixo do nível pré-pandemia — Foto: Economia/G1

Em termos de patamar, o setor de serviços em março operava 13,6% abaixo do seu ponto mais alto, registrado em novembro de 2014. Essa distância já foi maior, tendo chegado a -27,9% em maio do ano passado.

Agravamento da pandemia

Das cinco atividades do setor de serviços, três registraram queda em março – justamente as que são mais dependentes do atendimento presencial. Segundo o gerente da pesquisa, esse resultado se deve ao recrudescimento das medidas restritivas diante do avanço da pandemia da Covid-19 no Brasil.

[As medidas restritivas] Foram menos impactantes do que março de 2020, mas suficientes para fazer o setor de serviço recuar e voltar ao patamar pré-pandemia, enfatizou Lobo.

A maior retração foi observada entre os serviços prestados às famílias, que caiu 27% em relação a fevereiro, a taxa negativa mais intensa desde abril de 2020, quando recuou 46,5%. Já os serviços de transportes, auxiliares aos transportes e correio tiveram queda de 1,9%, enquanto os serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram 1,4%.

Tiveram alta na passagem de fevereiro para março os serviços de informação e comunicação e os outros serviços – respectivamente, de 1,9% e 3,7%.

Veja abaixo a variação dos subgrupos de cada uma grandes atividades se serviços:

  • Transporte aéreo: -10,2%
  • Transporte aquaviário: 0,7%
  • Transporte terrestre: -2,7%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: -1,9%
  • Serviços administrativos e complementares: -5,4%
  • Serviços técnico-profissionais: -1,2%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: -1,4%
  • Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias: 6,1%
  • Serviços de Tecnologia da Informação: 4,1%
  • Telecomunicações: 0
  • Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC): 1,6%
  • Serviços de informação e comunicação: 1,9%
  • Outros serviços prestados às famílias: -7,2%
  • Serviços de alojamento e alimentação: -28%
  • Serviços prestados às famílias: -27%
  • Outros serviços: 3,7%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: -1,3%
Alta no trimestre

Apesar da retração de março, o setor de serviços encerrou o primeiro trimestre com avanço de 2,8% na comparação com trimestre imediatamente anterior. Foi a terceira taxa positiva nesta base de comparação, mas a menos intensa do período.

Resultado trimestral do setor de serviços — Foto: Economia G1
Resultado trimestral do setor de serviços — Foto: Economia G1

Já na comparação com o 1º trimestre do ano passado o setor registrou queda de 0,8%, na quinta queda trimestral seguida na comparação frente a igual trimestre anterior.

Queda em 14 das 27 regiões pesquisadas

A retração do volume de serviços prestados no país foi observada em 14 das 27 das unidades da federação.

Entre os locais com taxas negativas, o impacto mais importante veio de São Paulo (-2,6%), seguido por Distrito Federal (-6,1%), Minas Gerais (-1,6%), Santa Catarina (-3,4%) e Rio de Janeiro (-0,8%).

Dentre as UFs que tiveram alta, o principal destaque ficou com o Mato Grosso do Sul, com avanço de 11,8% frente a fevereiro.

Atividades turísticas têm queda de 22% em março

Os serviços relacionados ao turismo registraram, na passagem de fevereiro para março, uma queda de 22% – foi o recuo mais intenso desde abril do ano passado, quando a queda havia sido de 54,5%.

"O segmento de turismo vinha mostrando recuperação entre maio de 2020 e fevereiro de 2021, com avanço de 127,2%, mas sofre novo revés neste mês, de maneira que agora ainda necessita crescer 78,7% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado", destacou o IBGE.

Todos os 12 locais pesquisados acompanharam a retração verificada na atividade turística nacional (-22,0%). A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-21,5%), seguido por Rio de Janeiro (-17,2%), Paraná (-26,5%), Minas Gerais (-17,4%), Santa Catarina (-26,2%) e Pernambuco (-24,9%).

Frente a março de 2020, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil caiu 19,1%, décima terceira taxa negativa seguida. Todas as doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram recuo, com destaque negativo para São Paulo (-27,7%), seguido por Rio Grande do Sul (-33,2%), Paraná (-24,3%) e Rio de Janeiro (-8,2%).

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas caiu 27,4% frente a igual período de 2020, pressionado, sobretudo, pelas reduções de receita obtida por empresas dos ramos de restaurantes; transporte aéreo de passageiros; hotéis; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.

Todos os doze locais investigados também registraram taxas negativas, com destaque para São Paulo (-35,6%) e Rio de Janeiro (-23,8%), seguidos por Minas Gerais (-25,8%), Paraná (-28,1%), Rio Grande do Sul (-30,2%) e Bahia (-18,8%).

Perspectivas

A confiança empresarial teve, em abril, a primeira alta após seis quedas seguidas, conforme o último levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a entidade, a indústria é único setor a registrar níveis elevados de confiança. No entanto, o índice do comércio, que em março havia despencado para o menor nível desde maio de 2020, teve alta de 11,6 pontos, no mês.

Os economistas do mercado financeiro passaram a prever uma maior expansão da economia este ano. Conforme o último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, a previsão é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país tenha alta de 3,21% - antes, o crescimento previsto era de 3,14%.

O mercado financeiro também aumentou a projeção de alta da inflação para este ano, de 5,01% para 5,04%. A previsão de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, de 3,75%, e se aproxima do teto do sistema de metas: 5,25%. Isso porque, pelo sistema atual, a inflação será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021.

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