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terça-feira, 11 de agosto de 2020

Bolsas da Europa fecham em forte alta, apoiadas por indicadores do continente

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Na zona do euro, o índice de sentimento econômico subiu para 64,0 pontos em agosto, de 59,6 em julho, resultado melhor que a expectativa, de queda para 55,3 pontos. 
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Por Valor Online  
11/08/2020 14h06 Atualizado há uma hora
Postado em 11 de agosto de 2020 às 15h10m

 .*  Post. N. = 0.073  *. 
Os principais índices europeus encerraram a terça-feira (11) em alta consistente, com os investidores recebendo positivamente os dados de confiança no continente e permanecendo otimistas em relação ao desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19. A perspectiva de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos também é monitorada pelos agentes financeiros, fato que dá força aos ativos de risco globais na sessão.

O índice Stoxx 600 Europe terminou o dia com ganhos de 1,68%, aos 370,76 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, subiu 2,04%, a 12.946,89 pontos. Em Londres, o FTSE 100 avançou 1,71%, aos 6.154,34 pontos e, em Paris, o CAC 40 teve ganhos de 2,41%, aos 5.027,99 pontos. Em Milão e Madrid, as referências subiram 2,84% e 2,97%, respectivamente.

Na Alemanha, as expectativas econômicas aumentaram fortemente em agosto, após uma leve queda em julho, segundo o instituto de pesquisa econômica Zew informou nesta terça-feira. Segundo o Zew, na Alemanha, o indicador de expectativas econômicas subiu para 71,5 em agosto, de 59,3 em julho. O resultado veio acima da previsão de 54,5 pontos de economistas consultados em uma pesquisa do Wall Street Journal.

"A principal conclusão é que a economia alemã está firmemente no caminho da recuperação. Mas, dado o baixo nível de onde vem a economia e algumas restrições de longo prazo à vida diária, o retorno aos níveis anteriores à crise ainda deve demorar.
Esperamos que o PIB alemão alcance seu nível pré-covid no início de 2022", afirmou o economista do Berenberg, Florian Hense.

Na zona do euro, o índice de sentimento econômico subiu para 64,0 pontos em agosto, de 59,6 em julho, resultado melhor do que a expectativa que era de queda para 55,3 pontos.
Europa enfrenta onda de calor; Reino Unido tem praias lotadas Europa enfrenta onda de calor; Reino Unido tem praias lotadas


Vacina russa

Hoje, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que o país registrou a primeira vacina contra a covid-19. Ainda que haja ceticismo de países do Ocidente e até mesmo de algumas autoridades farmacêuticas e de saúde na Rússia, a notícia também serviu para impulsionar os ativos de risco globais.

"As declarações russas de que aprovaram uma vacina eficaz podem ter sido tratadas com ceticismo, mas há um sentimento de que estamos nos aproximando de um período em que tais descobertas farão diferença tangível para a perspectiva das ações de 'value', fortemente atingidas durante a pandemia", disse Joshua Mahony, analista-sênior de mercados da IG.

Trump x democratas

O sentimento dos investidores também ganhou impulso com sinais de que o presidente dos E
tados Unidos, Donald Trump e os democratas estão abertos para reiniciar as negociações sobre um amplo pacote de ajuda econômica.

Funcionários do governo e líderes democratas pediram uns aos outros para voltarem à mesa de negociações depois que Trump emitiu ações executivas sobre auxílio desemprego e outras formas de alívio no fim de semana.

O mandatário americano também disse, na noite de ontem, que estava considerando "muito seriamente" um corte no imposto sobre ganhos de capital e redução de impostos para famílias de classe média.

Diante de todo esse cenário, os setores cíclicos do mercado europeu registraram ganhos robustos na sessão. A maior alta diária foi observada no setor de turismo e lazer (+4,53%), que foi fortemente atingido pela pandemia da Covid-19.

O segmento automobilístico também foi destaque e encerrou o dia com ganhos de 4,43%, com destaque para a alta nas ações da BMW, Peugeot e Volkswagen, que valorizaram 5,76%, 5,83% e 5,17%, respectivamente.

Já os bancos, outro segmento do mercado que é considerado como intimamente ligado ao ciclo de crescimento econômico, fechou em alta de 3,85%. Os papéis dos bancos italianos Bpm e Mediobanca subiram 6,92% e 5,92%, respectivamente. Também foram destaques as altas do Santander (+5,71%) e do Standard Chartered (+5,29%).

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No Brasil, 40% dos jovens com ensino superior não têm emprego qualificado

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Levantamento da consultoria iDados aponta que 525 mil trabalhadores com diploma, entre 22 e 25 anos, são considerados sobre-educados - exercem ocupações que não exigem faculdade; pandemia deve agravar esse cenário.  
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Por Bianca Lima e Luiz Guilherme Gerbelli, GloboNews e G1  
11/08/2020 06h01 Atualizado há 7 horas
Postado em 11 de agosto de 2020 às 13h05m

 .*  Post. N. = 0.072  *. 
Camila, Bruna e Bruno têm ensino superior, mas não conseguem emprego na área de estudo — Foto: Acervo pessoalCamila, Bruna e Bruno têm ensino superior, mas não conseguem emprego na área de estudo — Foto: Acervo pessoal

Filha de empregada doméstica, Camila Striato Martinez, de 22 anos, foi a primeira pessoa da família a concluir uma faculdade. Bruna Klingspiegel, também de 22 anos, se formou em história e fez pós-graduação. Bruno Vinícius Moreira Rodrigues, de 27, se graduou em direito há três anos.

Os diplomas dos três, no entanto, permanecem nas gavetas. Camila, Bruna e Bruno estão entre os milhares de jovens brasileiros com ensino superior que as sucessivas crises econômicas enfrentadas pelo Brasil nos últimos anos têm empurrado para ocupações de baixa qualidade.

No primeiro trimestre de 2020, 40% dos brasileiros entre 22 e 25 anos com faculdade no currículo eram considerados sobre-educados, revela um levantamento realizado pela consultoria iDados. Ou seja, eram 525,2 mil jovens graduados que estavam em ocupações que não exigem ensino superior.

Desde 2014, os jovens que entraram ou se formaram no ensino superior enfrentam um mercado de trabalho bastante fragilizado.

Nesse período, entre 2015 e 2016, houve uma forte recessão provocada pelos vários desequilíbrios macroeconômicos e pela turbulência política do governo Dilma Rousseff. Os anos seguintes foram de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), insuficientes para recuperar todas as perdas da economia. Agora, a dura crise provocada pela pandemia do coronavírus deve agravar ainda mais esse cenário.
"Houve uma formação muito grande de pessoas com ensino superior nos últimos 10 anos", afirma a pesquisadora do iDados e responsável pelo levantamento, Ana Tereza Pires. "As pessoas que se formaram a partir de 2015 enfrentaram um cenário de crise, em que elas não conseguiam mais encontrar uma vaga compatível com o nível de estudo."

O levantamento realizado pelo iDados tem como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O principal motor (para esse elevado nível de sobre-educação) foi a desaceleração da economia", diz Ana Tereza. "A crise econômica fez com que as pessoas não conseguissem encontrar vagas em níveis compatíveis com a formação delas."

E as perspectivas são de piora desse quadro atual, alerta o professor titular e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, Naercio Menezes Filho. A pandemia está provocando o fechamento de negócios e queda generalizada de emprego e renda no país. Muitos desses jovens não estão conseguindo encontrar emprego nem no setor informal, então tudo o que eles aprenderem na faculdade e no ensino médio está sendo depreciado, eles não estão utilizando, diz.

"Isso vai fazer com que o salário deles, no futuro, seja ainda menor e a probabilidade de ficarem desempregados aumenta muito", destaca Naercio.
Fim dos auxílios federais pode aumentar taxa de desemprego
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Os jovens sobre-educados

Pelo país, os jovens sobre-educados revelam a frustração por não exercer a profissão de estudo no ensino superior.

Camila Striato Martinez
Entrevista com Camila Striato Martinez
Entrevista com Camila Striato Martinez

Camila Striato Martinez, de 22 anos, foi a primeira pessoa da família a concluir uma faculdade. Filha de uma empregada doméstica e formada em história, está desempregada e sobrevive com trabalhos esporádicos, ajuda dos pais e auxílio emergencial. Seu sonho é dar aulas.
"No começo do ano, eu participei de algumas entrevistas em escolas e cursinhos, mas nada foi muito para frente e aí veio a pandemia", diz Camila. "Agora, eu não estou trabalhando em nada, estou desempregada, ainda procuro vagas na área da educação, mas ainda está muito difícil."

Para Camila, por ora, há pouca perspectiva de que as coisas possam melhorar nesse cenário de pandemia. "É frustrante fazer um curso durante quatro anos, numa universidade renomada, e não ter esse reconhecimento, esse retorno na área do trabalho, diz Camila.

Bruna Klingspiegel
Entrevista com Bruna Klingspiegel
Entrevista com Bruna Klingspiegel

O mesmo cenário se repete com a também historiadora Bruna Klingspiegel, de 22 anos. Ela não consegue um trabalho fixo desde 2018. "Só existe vaga de estágio e, quando a gente se forma, parece que as oportunidades acabaram", afirma.

Bruna também tem uma pós-graduação em dramaturgia, mas não viu suas chances no mercado de trabalho aumentarem. Decidiu, então, partir para uma segunda graduação, de jornalismo.
"Eu vou sobrevivendo com esses trabalhos esporádicos e com a grana que ganho a cada dois meses, três meses", diz. "Na minha área não vou conseguir nada, então vou ter de começar a abrir mais, começar a procurar coisas que não estejam relacionadas ao que eu me formei mesmo."

Bruno Vinícius Moreira Rodrigues
Entrevista com Bruno Vinícius Moreira Rodrigues
Entrevista com Bruno Vinícius Moreira Rodrigues

Bruno Vinícius Moreira Rodrigues se graduou em direito há três anos, mas só conseguiu entrar no mercado de trabalho formal como analista de crédito numa empresa do setor de agronegócio.
"Terminei (a graduação) no fim de 2017, fiz o curso inteiro pelo ProUni", diz Bruno. "No início de 2018, eu passei no exame da OAB, mas, desde então, eu não atuei (na área). Fiz um estágio em um escritório de advocacia, mas fui demitido, porque o escritório perdeu um grande contrato."

Bruno, que hoje está com 27 anos, ainda planeja retomar a carreira de advogado, mas, por ora, não consegue conciliar as duas atividades nem tem a segurança de abrir mão de um emprego fixo: "Eu não tenho tempo de ficar pegando causas. Eu cuido de duas filiais da empresa em que trabalho, então meu tempo é bem corrido."

Faculdade ainda vale a pena?

Embora o cenário do mercado de trabalho esteja fragilizado, um curso de ensino superior ainda faz muita diferença no país. A taxa de desocupação é menor entre aqueles trabalhadores com diploma universitário.

"Ter ensino superior no Brasil continua sendo uma grande vantagem frente a outros trabalhadores", diz Ana Tereza. "Por mais que os jovens não estejam conseguindo encontrar vagas compatíveis com a formação deles, é importante lembrar a taxa de desemprego entre quem tem ensino superior é muito mais baixa do que, por exemplo, quem tem só ensino médio ou menos."

A consequência para o país, no entanto, de ter jovens capacitados em ocupações que exigem baixa qualificação, é bastante perversa. Esses trabalhadores sobre-educados vão ter um salário mais baixo do que poderiam alcançar e uma produtividade menor, o que dificulta o enriquecimento do país.

A economia brasileira lida com um problema crônico com a sua produtividade. Ela está estagnada há 40 anos. Em 2019, um trabalhador brasileiro produziu o mesmo do que em 1980.
Produtividade estagnada  — Foto: PNAD e PNAD Contínua/IBGE; IBRE/FGV. Elaboração Cátedra Ruth Cardoso
Produtividade estagnada — Foto: PNAD e PNAD Contínua/IBGE; IBRE/FGV. Elaboração Cátedra Ruth Cardoso

"Nós temos vários problemas que explicam essa baixa produtividade estrutural", diz Naercio. "Temos um problema de capital humano, de educação. Desde a primeira infância, as crianças têm baixo investimento para desenvolver suas habilidades, não só de raciocínio, de aprendizado em português e matemática, mas de habilidades socioemocionais."

A melhora de produtividade brasileira passa por várias questões estruturais, segundo o economista do Insper, como melhorar a qualidade da educação, o ambiente de negócios do Brasil e aumentar a concorrência do país.
"Ainda falta mais qualificação do jovem brasileiro, para que ele possa seguir carreiras de ponta, diz Naercio. Por outro lado, tem um problema estrutural do nosso ambiente de negócios totalmente deturpado, da falta de concorrência e infraestrutura. Se o país não fizer reformas estruturais para melhorar a concorrência internacional, simplificar a estrutura tributária e incentivar pesquisa e desenvolvimento, o Brasil não vai conseguir crescer.

* Colaborou João Paulo Machado, da GloboNews

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Vendas do varejo encolhem 8,8% na semana do Dia dos Pais, aponta indicador; e-commerce cresce 22%

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Dados são do Índice Cielo de Varejo Ampliado; vendas de chocolates, vinhos e outros alimentos cresceram em relação a 2019, enquanto que as de vestuário e acessórios encolheram 21%.  
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Por Bianca Lima, GloboNews — Brasília  
11/08/2020 05h01 Atualizado há 5 horas
Postado em 11 de agosto de 2020 às 10h05m

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Em meio à pandemia do novo coronavírus, as vendas do varejo encolheram 8,8% na semana do Dia dos Pais, na comparação com o mesmo período de 2019, segundo dados divulgados pela Cielo nesta terça-feira (11).

Os números da empresa de meio de pagamentos foram mensurados por meio do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que utiliza modelos matemáticos e estatísticos para calcular o desempenho do setor e não leva em conta apenas a base de clientes da companhia.

Apesar do recuo, o número é visto como um sinal de recuperação.
Resultado das vendas no Dia dos Pais é melhor que esperado pelo comércio em BHResultado das vendas no Dia dos Pais é melhor que esperado pelo comércio em BH


No começo do isolamento, por volta da terceira semana de março, o faturamento do varejo teve queda de cerca de 50%, compara o gerente de Inteligência da Cielo, Pedro Lippi.

No Dia das Mães, celebrado no segundo domingo de maio, a queda foi de 26%. Ou seja, os resultados negativos do setor têm sido cada vez menos intensos.

Comércio eletrônico

O faturamento das lojas físicas encolheu 6,7% na semana do Dia dos Pais, enquanto que o do e-commerce saltou 22,2%.

Mostra que os varejistas estão tendo de achar alternativas para continuar vendendo, diz Lippi.

Nessa conta do comércio eletrônico, não são levados em conta os números do setor de turismo e transporte, um dos mais atingidos pela crise. Caso fossem considerados, o e-commerce amargaria uma queda de 34,2% na comparação com 2019.

Entre os setores típicos de presentes, o destaque ficou com o varejo alimentício especializado, que inclui as lojas de chocolate e vinho, por exemplo. O segmento aumentou as vendas mesmo em meio à pandemia: alta de 0,9% em relação a 2019.

Cosméticos e higiene pessoal (-16,4%), óticas e joalherias (-16,7%) e vestuários e acessórios (-21%) amargaram quedas de dois dígitos.

Pedro Lippi destaca que os segmentos classificados como essenciais, entre os quais os de supermercados, vêm tendo desempenho superior a 2019 durante a pandemia – comportamento que se repetiu no Dia dos Pais.

Nesse contexto de crise, ter crescimento em relação ao ano passado já é bem destacável, diz ele.
Empreendedores se reinventam com vendas na internet para sobreviver à pandemia
Empreendedores se reinventam com vendas na internet para sobreviver à pandemia

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