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quarta-feira, 24 de junho de 2020

Em meio à pandemia, gasto de brasileiros no exterior em maio é o menor para o mês em 16 anos

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Despesas foram de US$ 200 milhões no mês passado. Queda está relacionada com o fechamento de fronteiras e alta do dólar, que encarece gastos lá fora. 
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
24/06/2020 09h42  Atualizado há 03 hora
Postado em 24 de junho de 2020 às 12h50m

  Post. N. = 0.017  
Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 200 milhões em maio, informou nesta quarta-feira (24) o Banco Central.

Na comparação com o mesmo período de 2019, quando as despesas no exterior totalizaram US$ 1,471 bilhão, a queda foi de 86,4%. Esse também foi o menor valor para o mês desde 2004, ou seja, em 16 anos.

O recuo aconteceu em meio à disparada do dólar e à escalada das tensões acerca do novo coronavírus, que resultou no fechamento de fronteiras e na suspensão de voos.

GASTOS DE BRASILEIROS NO EXTERIOR
Para meses de maio, em US$ milhões
Fonte: Banco Central

Na parcial deste ano, as despesas de brasileiros em outros países somaram US$ 3,334 bilhões, com queda de 54,2% frente ao mesmo período do ano passado (US$ 7,283 bilhões).

"As reduções de viagens decorrem da recomendação de distanciamento social, da proibição de viagens entre alguns países e do tráfego aéreo", afirmou o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.

De acordo com ele, os gastos de estrangeiros no Brasil e as despesas de brasileiros no exterior estão nos mesmos patamares nos últimos meses, devido à pandemia.

"Significa que, entre abril e maio, no que se refere a viagens internacionais, o cenário é o mesmo. Não houve diferenças ainda", disse.

Disparada do dólar
Em maio, o dólar recuou 1,90%, mas fechou o período em R$ 5,336 - patamar ainda elevado. No acumulado do ano, o avanço foi de quase 33%.

A moeda norte-americana tem registrado forte alta neste ano por conta disseminação do coronavírus, com os investidores avaliando o impacto dos pacotes de estímulo contra o fechamento das cadeias de suprimentos globais.

Com a disparada do dólar, as viagens de brasileiros ao exterior ficam mais caras. Isso porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira. O papel moeda também fica mais caro.

Pandemia e suspensão de voos
Além da disparada da moeda norte-americana, em março as medidas de fechamento de fronteiras começaram a ser anunciadas. A pandemia foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 11 de março, e os Estados Unidos anunciaram a suspensão de voos da Europa em 14 de março.

Em 17 de março, a Gol anunciou a interrupção de seus voos internacionais, enquanto o grupo Air France-KLM mudou sua política de remarcação de passagens. A Latam, a Azul e a American Airlines, entre outras, também anunciaram restrições por conta do fechamento de fronteiras.
Governo dos EUA considera possibilidade de restrições de voos do Brasil
Governo dos EUA considera possibilidade de restrições de voos do Brasil

No fim de maio, o presidente dos EUA, Donald Trump, informou que pretende retirar restrições de viagens que atingem o Brasil "assim que pudermos".

Gastos de estrangeiros no Brasil
De acordo com dados do BC, em maio deste ano os estrangeiros gastaram US$ 113 milhões no Brasil, com queda frente ao patamar registrado no mesmo mês de 2019 (US$ 418 milhões).

Já na parcial de 2020, as despesas de estrangeiros no Brasil somaram US$ 1,671 bilhão, com queda frente ao mesmo período do ano passado – quando totalizaram US$ 2,702 bilhões.

Para estimular o turismo no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou no começo do ano um decreto para dispensar o visto de visita para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão que viajarem ao Brasil.

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Em 12 meses até maio, investidores retiram US$ 50,9 bi do Brasil em aplicações financeiras, diz BC

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Banco Central explicou que valores englobam aplicações em ações, fundos de investimento e títulos da dívida pública. Nos cinco primeiros meses de 2020, US$ 33,6 bilhões deixaram a economia brasileira. 
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
24/06/2020 10h40  Atualizado há uma hora
Postado em 24 de junho de 2020 às 11h45m

  Post. N. = 0.016  
Os investidores retiraram US$ 50,9 bilhões de aplicações financeiras no Brasil nos doze meses encerrados em maio deste ano, informou nesta quarta-feira (24) o Banco Central.

Os valores retirados do país englobam aplicações em ações, em fundos de investimentos e em títulos da renda fixa.

As retiradas aconteceram em meio à pandemia do novo coronavírus – que tem gerado saída de recursos de países emergentes para títulos de países desenvolvidos, como os Estados Unidos.
  • Somente em maio, as retiradas somaram US$ 2,2 bilhões, com saídas líquidas de US$ 545 milhões em títulos de renda fixa e de US$ 1,6 bilhão em ações e fundos de investimento.
Nos cinco primeiros meses de 2020, houve saídas líquidas de US$ 33,6 bilhões de investimentos em "portfólio" negociados no mercado doméstico, na comparação com o ingresso líquido de US$ 9,7 bilhões no mesmo período do ano passado.
Incertezas afastam investidores estrangeiros do Brasil
Incertezas afastam investidores estrangeiros do Brasil

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