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sexta-feira, 5 de março de 2021

Venda de veículos novos cai 16,7% em fevereiro no Brasil, com crise e falta de insumos

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Segundo a Anfavea, estoque de automóveis novos no país só dá para 18 dias de vendas.
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TOPO
Por Valor Online

Postado em 05 de março de 2021 às 16h10m

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Segundo a Anfavea, mercado de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 16,7% em fevereiro para 167,4 mil veículos ante mesmo mês de 2020.  — Foto: Divulgação
Segundo a Anfavea, mercado de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 16,7% em fevereiro para 167,4 mil veículos ante mesmo mês de 2020. — Foto: Divulgação

A crise e falta de insumos na indústria tiveram reflexo negativo nas vendas internas de veículos em fevereiro. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o mercado de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 16,7% em fevereiro para 167,4 mil veículos ante mesmo mês de 2020.

No acumulado do ano, a retração foi de 14,2% no bimestre na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram licenciados 338,5 mil veículos em todo o país.

Os estoques continuam baixos. Com 98 mil unidades, indústria e concessionárias têm volume de veículos suficiente para 18 dias de vendas.

A indústria automobilística registrou, em fevereiro, queda de 3,5% na produção, com 197 mil veículos. No acumulado do ano, no entanto, houve ligeira melhora, com alta de 0,2% para 396,7 mil unidades.

IBGE: produção industrial avança pelo 9º mês seguido
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Ao divulgar os dados de desempenho do setor no primeiro bimestre, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, apontou a escassez de componentes que afeta o ritmo das linhas de montagem. Segundo ele, além dos semicondutores, um problema que afeta o setor em todo o mundo, as montadoras têm enfrentado escassez de outros insumos, como plásticos, borracha, pneus e aço.

Moraes queixou-se, ainda, da pressão nos custos dos fretes, marítimo e aéreo, como consequência da desorganização logística mundial provocada pela pandemia.

Viveremos ainda momentos de muita emoção porque não vemos a solução desses problemas no curto prazo, destacou.

O nível de emprego continua em queda na indústria automobilística nas comparações anuais. As montadoras de veículos fecharam fevereiro com 104,6 mil funcionários, uma queda de 2,4% na comparação com um ano atrás.

Mas, na comparação com janeiro, houve acréscimo de vagas, puxada principalmente pela indústria de caminhões. Houve um crescimento de 1,2% no quadro efetivo do setor na comparação com o mês anterior.

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Exportações

Com 33,1 mil unidades, as exportações de veículos registraram, no mês passado, o menor volume embarcado no mês de fevereiro desde 2015.

O volume representou uma queda de 12,2% na comparação com fevereiro de 2020. A receita, por outro lado, cresceu 10,4%, com US$ 607,9 milhões. O aumento do valor se deve, segundo a Anfavea, ao maior volume de exportações de caminhões.

No acumulado do ano, a exportação somou 58,1 mil veículos, uma alta de 0,2% na comparação com o primeiro bimestre de 2020. Isso representou receita de US$ 1,06 bilhão, alta de 15,9% antes mesmo período do ano passado.

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