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sábado, 6 de fevereiro de 2021

Garoto de 10 anos tem retorno de 5.000% com ações da GameStop

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Em entrevista ao jornal New York Times, mãe de Jaydyn Carr conta que comprou 10 papeis da empresa ainda em 2019, para ensinar o filho sobre investimentos. Ele deu sorte: ataque às ações da empresa fez preços dispararem.  
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Por G1  
05/02/2021 15h12 Atualizado há 20 horas
Postado em 06 de fevereiro de 2021 às 11h15m

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Nina e Jaydyn Carr, em entrevista à TV americana — Foto: Reprodução/CBS News
Nina e Jaydyn Carr, em entrevista à TV americana — Foto: Reprodução/CBS News

Um garoto de San Antonio, Texas (EUA), teve retorno de 5.000% com ações da varejista de jogos GameStop, depois do recente ataque especulativo nos papéis da empresa.

Jaydyn Carr, de 10 anos, era dono de 10 ações da companhia, compradas por cerca de US$ 60 em 2019 - antes que a companhia entrasse no radar dos investidores responsáveis pelo rali deste ano. No fim de janeiro, ele vendeu os papéis por US$ 3.200.

A história foi revelada em reportagem do jornal The New York Times. Segundo Nina Carr, mãe de Jaydyn, as ações foram um presente ao garoto, com o dinheiro que conseguiu de desconto na compra de jogos. A ideia era ensiná-lo sobre investimentos.

As lições foram absorvidas. O investimento de longo prazo é importante porque foi assim que consegui esse dinheiro, disse Jaydyn ao jornal.

O garoto já sabe o que fará com seus lucros. Ele disse ao NYT que pretende economizar US$ 2.200 e investir os US$ 1.000 restantes em ações da Roblox, plataforma de jogos multiplayer, quando a empresa fizer sua oferta pública de ações.

GameStop: entenda a operação por trás da disparada de ações na bolsa de NY
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Short squeeze

Jaydyn teve sua parcela de sorte com a disparada do valor das ações.

A pressão nas ações da varejista de games GameStop é resultado de um efeito atípico, chamado "short squeeze". A empresa acumulava prejuízos, por conta de um modelo de negócio calcado em lojas físicas. Assim, grandes investidores institucionais passaram a apostar na queda do preço dessas ações.

No jargão do mercado, isso se chama "operar vendido". Para ficar vendido, o fundo "pega emprestadas" essas ações e as vende pelo preço atual, esperando que ele esteja mais baixo quando tiver que recomprá-las para devolver as ações ao dono original. Quando a ação cai, o investidor embolsa a diferença.

No caso da GameStop, todas as ações disponíveis estavam alugadas, uma aposta robusta de grandes investidores em um derretimento da empresa. Com esse dado em mãos, pessoas físicas passaram a comprar as ações em ação combinada pelas redes sociais, fazendo o preço subir. Isso obrigou os fundos a desfazer a operação para evitar perdas ainda maiores.

Os fundos em questão são os chamados "hedge funds", fundos que tem a proteção do patrimônio como característica. As perdas, portanto, não são bem recebidas. Os gestores acabam obrigados a gastar mais dinheiro para cobrir a diferença e cria-se, aí, uma bola de neve de valorização.

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