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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

'Prévia' do PIB do BC indica tombo de quase 11% no 2º trimestre e início de recessão

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Resultado indica efeitos da pandemia na economia, que começaram a ser sentidos com mais intensidade a partir de março. PIB oficial será divulgado em 1º de setembro pelo IBGE.  
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
14/08/2020 09h05 Atualizado há uma hora
Postado em 14 de agosto às 10h45m

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Banco Central prevê queda do PIB de 10,94% no 2º semestre Banco Central prevê queda do PIB de 10,94% no 2º semestre


A economia brasileira registrou um tombo de 10,94% no segundo trimestre de 2020, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (14).

O indicador é considerado uma "prévia" do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do PIB do segundo trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de setembro.

Se a retração do PIB se confirmar no segundo trimestre deste ano, o Brasil terá entrado oficialmente em "recessão técnica", ou seja, recuo do nível de atividade por dois trimestres consecutivos.

Nos três primeiros meses deste ano, a economia já havia tido retração de 1,5%.
 — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1— Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1

O recuo entre abril e junho deste ano foi verificado pelo Banco Central na comparação com o primeiro trimestre de 2020. O valor foi calculado após ajuste sazonal, uma "compensação" para comparar períodos diferentes de um ano.

A queda da atividade econômica acontece em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão.
Nos últimos meses, porém, indicadores têm mostrado o início de uma retomada no Brasil, em setores como indústria e comércio.

Retomada do setor de serviços é mais lenta que comércio e indústriaRetomada do setor de serviços é mais lenta que comércio e indústria

Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos.

Mês de junho e parcial do ano
Somente em junho deste ano, de acordo com o IBC-Br, a economia brasileira mostrou crescimento de 4,89% na comparação com o maio. O número foi calculado após ajuste sazonal.

Esse foi o segundo mês seguido de crescimento do indicador, após registrar fortes recuos em março e abril deste ano.

Evolução do IBC-Br
EM % NA COMPARAÇÃO COM O MÊS ANTERIOR (APÓS AJUSTE SAZONAL)

-1,15-1,15-0,16-0,16-0,23-0,230,590,590,30,3-0,2-0,20,420,420,480,480,290,29-0,04-0,04-0,31-0,310,080,080,330,33-6,12-6,12-9,62-9,621,591,594,894,89FEV/19MAR/19ABR/19MAI/19JUN/19JUL/19AGO/19SET/19OUT/19NOV/19DEZ/19JAN/20FEV/20MAR/20ABR/20MAI/20JUN/20-12,5-10-7,5-5-2,502,557,5
Fonte: Banco Central

Entretanto, na comparação com junho do ano passado, informou o Banco Central, o índice de atividade econômica apontou queda de 7,05%. Nesse caso, o índice foi calculado sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais.

Já no acumulado dos seis primeiros meses deste ano, de acordo com a instituição, o índice de atividade econômica registrou uma redução de 6,28%. Em 12 meses até junho de 2020, os números do BC indicam uma queda do PIB de 2,55% (sem ajuste sazonal).

PIB x IBC-Br
Os resultados do IBC-Br são considerados uma "prévia do PIB". Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica, e o BC indicou, no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cautela sobre a possibilidade de novos cortes pois o Brasil já estaria próximo do nível a partir do qual reduções adicionais na taxa de juros poderiam gerar instabilidade nos preços de ativos (alta do dólar, por exemplo).

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