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sábado, 3 de abril de 2021

Fechamento de vagas formais em 2020 atingiu mais quem ganhou de meio a 1 salário mínimo

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Além de atingir quem ganha menos, o desemprego afetou principalmente os menos escolarizados, os mais velhos e as mulheres.
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Por Marta Cavallini, G1

Postado em 03 de abril de 2021 às 09h55m

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Os trabalhadores com renda entre 0,51 e 1 salário mínimo foram os que mais perderam vagas formais em 2020: foram 153,6 mil postos fechados.

Os dados, enviados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho a pedido do G1, mostram uma mudança no cenário de criação de vagas no país. Essa faixa salarial era das poucas que vinha mantendo saldo positivo nos anos anteriores.

Em 2018 e 2019, a faixa de 0,51 a 1 salário mínimo ficou entre as que mais criaram vagas: total de 334.876 nos dois anos. Já a de 1,01 a 1,5 salário mínimo vem liderando a criação de vagas nos últimos anos. E no ano passado foi a única que criou postos de trabalho, junto com a de 1,51 a 2 salários mínimos.

Já a faixa de até 0,5 salário mínimo, que teve saldo positivo nos anos anteriores, também teve fechamento de vagas em 2020. Veja no gráfico abaixo:

Saldo de vagas por salário  — Foto: Economia G1
Saldo de vagas por salário — Foto: Economia G1

nos dois primeiros meses deste ano, todas as faixas salariais tiveram saldo positivo de vagas, com destaque para as que estão entre 1,01 e 1,5; e entre 1,51 e 2 salários mínimos.

No primeiro bimestre de 2021, foram geradas 659.780 vagas com carteira assinada, enquanto que em 2020, foram 142.690. A metodologia, no entanto, prejudica essa comparação, pois a pesquisa foi alterada a partir do ano passado.


Menos escolarizados, mais velhos e mulheres são mais os afetados

O maior fechamento de vagas em 2020 se deu entre os níveis de escolaridade mais baixos, com exceção dos analfabetos, que tiveram saldo positivo.

Já o maior saldo de vagas em 2020 foi entre os profissionais com nível médio completo e nível superior incompleto. O desemprego afetou inclusive os profissionais de nível superior. Veja no gráfico abaixo:

Saldo de vagas por nível de escolaridade — Foto: Economia G1
Saldo de vagas por nível de escolaridade — Foto: Economia G1

Já nos dois primeiros meses de 2021, todos os níveis de escolaridade tiveram saldo positivo de vagas, com exceção dos analfabetos. Novamente, o nível médio completo lidera o saldo de vagas. Veja abaixo:

  • Médio completo: 419.474
  • Superior completo: 70.637
  • Médio incompleto: 56.201
  • Fundamental completo: 49.013
  • Fundamental incompleto: 36.910
  • Superior incompleto: 27.759
  • Analfabeto: -214 vagas

No ano passado, as mulheres foram mais afetadas pelo desemprego que os homens. Para elas, foram fechadas 107.018 vagas. Já para os homens, foram criados 202.635 postos de trabalho.

Em janeiro e fevereiro deste ano, o número de vagas com carteira assinada para mulheres é bem menor em relação aos homens. Enquanto para os homens foram abertas 391.190 vagas, para as mulheres foram 268.590.

Já em relação à faixa etária, profissionais de 50 a 64 anos foram os mais afetados em 2020 – foram 431.901 vagas fechadas. O saldo de vagas positivo de vagas foi para as idades até 29 anos, com destaque para quem tem entre 18 e 24 anos. Veja abaixo:

Saldo de vagas por faixa etária — Foto: Economia G1
Saldo de vagas por faixa etária — Foto: Economia G1

Nos dois primeiros meses de 2021, a única faixa etária que fechou vagas foi a de mais de 65 anos. E, novamente, os jovens foram os que mais tiveram oportunidades criadas. Veja abaixo:

  • 18 a 24 anos: 268.404
  • 30 a 39 anos: 145.479
  • 25 a 29 anos: 107.183
  • 40 a 49 anos: 92.281
  • até 17 anos: 42.108
  • 50 a 64 anos: 15.048
  • 65 ou mais: -10.723

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