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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Dólar tem queda forte e chega a R$ 5,04, com mercado de trabalho mais fraco nos EUA; Ibovespa sobe

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No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,53%, cotada a R$ 5,1134. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,95%, aos 127.122 pontos.
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Por g1

Postado em 03 de maio de 2024 às 09h25m

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Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels
Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels

O dólar opera em forte baixa nesta sexta-feira (3) e o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, sobe, com investidores repercutindo a divulgação de novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

O país criou 175 mil novas vagas de emprego em abril, contra uma expectativa de 240 mil e abaixo dos 315 mil registrados no mês anterior.

Esses números são observados com atenção porque podem ser determinantes para os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em relação aos cenários de juros do país.

Há expectativa que a instituição comece a cortar as taxas no segundo semestre, a depender do rumo da inflação e da atividade econômica.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 11h30, o dólar caía 0,62%, cotado a R$ 5,0816. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,0449. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 1,53%, vendida a R$ 5,1134.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,06% na semana;
  • recuo de 1,53% no mês;
  • ganho de 5,38% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,96%, aos 128.347 pontos.

Na véspera, o índice teve uma alta de 0,95%, aos 127.122 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,47% na semana;
  • avanço de 0,95% no mês;
  • perdas de 5,26% no ano.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

O que está mexendo com os mercados?

O mercado repercute a divulgação do relatório de empregos não-agrícolas dos Estados Unidos, conhecido como payroll, que veio abaixo das expectativas.

Segundo o Departamento do Trabalho, foram abertas 175 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 243 mil vagas.

Já os dados de março foram revisados para cima, mostrando abertura de 315 mil empregos, em vez de 303 mil.

Assim, a taxa de desemprego nos EUA subiu de 3,8% para 3,9%, ainda abaixo de 4% pelo 27º mês consecutivo.

Os salários aumentaram 3,9% nos 12 meses até abril, após uma alta de 4,1% em março. O crescimento dos salários em uma faixa de 3% a 3,5% é considerado consistente com a meta de inflação de 2% do Fed.

Dados de emprego são observados com atenção na maior economia do mundo porque trazem um panorama de qual tem sido o efeito dos juros altos no país sobre o mercado de trabalho.

Números piores que o esperado trazem a perspectiva de que o ciclo de juros altos nos Estados Unidos tem tido o efeito desejado sobre a economia. Isso porque, com menos empregos, menos dinheiro na mão da população e, também, menos pressão sobre a inflação.

Atualmente, as taxas americanas estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar em 20 anos, após o Fed optar por mantê-las inalteradas em sua última reunião, na quarta-feira (1°). A instituição, em seu comunicado, enfatizou a cautela com a inflação.

"Nos últimos meses, não houve novos progressos em direção ao objetivo de inflação de 2%", informou o colegiado, reforçando que os indicadores recentes da economia norte-americana continuaram se expandindo "em um ritmo sólido".

A inflação anual nos Estados Unidos está estagnada na casa dos 3%, depois de disparar ao longo de 2022 e atingir um nível recorde de 9%. Apesar da queda, o indicador de preços não voltou para dentro da meta do Fed, que é de 2% ao ano.

Portanto, a instituição continua mandando sinais para o mercado de que os juros na maior economia do mundo podem demorar mais para cair. De acordo com a ferramenta FedWatch, que reúne as projeções do mercado para as taxas de juros nos Estados Unidos, um ciclo de corte nas taxas só deve começar em setembro - ou até depois disso.

No entanto, o Fed sinalizou, também, que não planeja novos aumentos para os juros, o que é benéfico para o mercado.

Juros mais altos nos EUA acabam levando investimentos para dentro da maior economia do mundo, o que retira dinheiro de outros mercados, principalmente os emergentes, caso do Brasil. Do contrário, se os juros por lá recuam, a tendência é que o impacto seja positivo por aqui.

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