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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Dólar cai e fecha a R$ 4,93, apoiado por maior apetite por risco no exterior; Ibovespa recua

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A moeda norte-americana recuou 0,47%, cotada a R$ 4,9316. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira opera em queda na última hora do pregão.
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Por g1

Postado em 24 de janeiro de 2024 às 09h40m

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Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters
Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters

O dólar encerrou mais uma sessão em baixa nesta quarta-feira (24), em um dia de agenda econômica fraca no Brasil, mas com o otimismo tomando conta dos negócios no mundo todo.

O movimento acompanhou o maior apetite por risco no exterior, após as autoridades chinesas sinalizarem um novo suporte à economia do gigante asiático. (entenda mais abaixo)

Investidores ainda avaliaram a divulgação de resultados corporativos e monitoraram dados econômicos dos Estados Unidos.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda na última hora do pregão, tendo invertido o sinal positivo visto durante boa parte do dia.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Ao final da sessão, o dólar recuou 0,47%, cotado a R$ 4,9316. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,10% na semana;
  • e ganhos de 1,63% no mês e no ano.

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,66%, cotado a R$ 4,9551. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,0020.

Ibovespa

Já o Ibovespa operava em queda na última hora do pregão.

Apesar de ter passado boa parte do dia em território positivo, o índice perdeu fôlego no meio da tarde, após dados econômicos dos Estados Unidos indicarem uma economia mais aquecida. (veja abaixo)

Na véspera, o índice teve alta de 1,31%, aos 128.263 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,49% na semana;
  • quedas de 4,41% no mês e no ano.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

O que está mexendo com os mercados?

A China continuou como o destaque do mercado financeiro nesta quarta-feira (24), após novos sinais de suporte à economia local.

O banco central chinês anunciou que vai diminuir a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, a chamada taxa de compulsório. Essa redução será de 0,5 ponto percentual e deve valer a partir de 5 de fevereiro, o que deve liberar quase US$ 140 bilhões (cerca de R$ 688 bilhões) para o mercado.

A notícia foi vista com bons olhos por investidores de todo o mundo, uma vez que pode significar um alívio para a segunda maior economia do mundo, que passa por um momento desafiador para o crescimento.

Ontem, agências internacionais noticiaram que o gigante asiático estuda fornecer um a apoio de quase US$ 280 bilhões para o mercado de ações nacional.

O mercado brasileiro, assim como outros emergentes, também se beneficia desse movimento porque a China é o principal parceiro comercial do país. Assim, qualquer melhora na economia chinesa pode refletir positivamente por aqui.

Além disso, o mercado também seguiu acompanhando balanços corporativos de grandes empresas de tecnologia.

Nos Estados Unidos, a Netflix surpreendeu com um aumento expressivo na sua base de assinantes, que veio acima das expectativas do mercado. A empresa registrou 13,1 milhões de novos assinantes no quarto trimestre de 2023, uma alta de quase 13% em relação ao ano anterior.

Já na Europa, a holandesa ASML Holding, fornecedora de serviços para a indústria de semicondutores, também superou as expectativas para o último trimestre do ano e triplicou suas encomendas trimestrais.

Novos balanços devem ser divulgados nos próximos dias, como o da montadora de carros elétricos Tesla e a empresa de tecnologia da informação IBM.

Por fim, ainda no exterior, investidores monitoram dados econômicos dos Estados Unidos, em meio a expectativas pela próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deve acontecer na semana que vem.

Nesta quarta-feira, foi divulgado o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA. O indicador sinalizou que a atividade industrial acelerou no país em janeiro, ao passo que a inflação pareceu diminuir, com uma medida dos preços cobrados pelas empresas por seus produtos caindo para o nível mais baixo em mais de três anos e meio.

O dado reforça a perspectiva de que a economia norte-americana continuará crescendo neste ano, ainda que em um ritmo mais moderado. Além disso, o recuo da inflação também sustenta a expectativa de que o Fed deve iniciar o ciclo de corte de juros ainda no primeiro semestre deste ano.

A alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano (treasuries) reverteram a queda apurada mais cedo e também ajudam a explicar o enfraquecimento das bolsas nos Estados Unidos e no Brasil.

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