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A moeda norte-americana recuou 0,53%, cotada a R$ 4,9145. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 1,29%, aos 120.568 pontos.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por g1
Postado em 10 de novembro de 2023 às 11h05m
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Dólar reflete dados de inflação e rumo dos juros nos EUA — Foto: Pixabay
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou o pregão desta sexta-feira (10) em alta e alcançou o maior patamar desde agosto. O movimento veio após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação subiu 0,24% em outubro, abaixo das expectativas do mercado financeiro.
Já o dólar, por sua vez, fechou a sessão em queda. A valorização do real ante a moeda americana só não é mais acentuada porque investidores do mundo todo continuaram a repercutir as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que afirmou que os juros dos Estados Unidos ainda podem ter que subir mais para controlar o avanço da inflação do país.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Ao final da sessão, o dólar recuou 0,53%, cotado a R$ 4,9145. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana teve alta de 0,69%, vendido a R$ 4,9409. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
- alta de 0,39% na semana;
- queda de 2,50% no mês;
- recuo de 6,89% no ano.
Já o Ibovespa encerrou o pregão com alta de 1,29%, aos 120.568 pontos, no maior patamar desde agosto.
No dia anterior, o índice teve uma leve queda de 0,12%, aos 119.034 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular altas de:
- 2,03% na semana;
- 6,56% no mês;
- 9,87% no ano.
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A inflação de outubro subiu 0,24%, mais uma vez puxada pela forte alta dos preços das passagens aéreas, que dispararam 23,7% no mês passado. Apesar do avanço, o IPCA mostrou uma leve desaceleração em relação a setembro, quando subiu 0,26%.
Os números vieram abaixo das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,29% para outubro.
Com o resultado, o Brasil passa a acumular uma inflação de 4,82% em 12 meses, enquanto em 2023, até aqui, o acumulado é de 3,75%.
O grupo de Alimentação e bebidas voltou a subir no último mês, com um avanço de 0,31%. De acordo com Maykon Douglas, da área de Pesquisas da Highpar, os alimentos chamam a atenção porque podem subir com mais força nos próximos meses, como consequência do El Niño.
"Porém, não se trata de uma escalada de preços como a que vimos nos dois últimos anos; e os itens subjacentes, que importam mais no momento à política monetária, seguem em desinflação e vieram comportados novamente. Ou seja, apesar do que vimos nos alimentos, o qualitativo segue benigno", destaca o especialista.
Os investidores também seguiram repercutindo as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre os rumos da política monetária dos Estados Unidos.
Ontem, ele afirmou que as autoridades do Federal Reserve "não estão confiantes" de que a taxa de juros esteja alta o suficiente para encerrar a batalha contra a inflação.
O chefe do Fed também disse que o BC norte-americano "está comprometido em alcançar uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para reduzir a inflação para 2% ao longo do tempo". E alertou: "Não estamos confiantes de que alcançamos essa postura."
“Se for apropriado apertar ainda mais a política monetária, não hesitaremos em fazê-lo", disse, em uma conferência de pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A sinalização de Powell gera reflexos sobre a bolsa brasileira e a cotação do real. Na prática, juros mais altos nos Estados Unidos significam, entre outros pontos, migração de investimentos para títulos públicos norte-americanos e fuga de dólar, com consequente pressão sobre o câmbio.
Isso acontece porque esses títulos (Treasuries) são considerados os investimentos mais seguros do mundo. Quando eles passam a render mais, é normal que haja uma saída dos investidores de outros países — sobretudo os emergentes — como o Brasil.
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