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Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,24% na janela de 12 meses. Salto na energia elétrica residencial se deu pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Raphael Martins, g1
Postado em 25 de agosto de 2023 às 11h00m
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Conta de luz está mais cara no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — teve alta de 0,28% para o mês de agosto, informou nesta sexta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice teve aceleração de 0,35 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mês anterior, quando teve queda de 0,07% para julho. Em agosto de 2022, o IPCA-15 foi de -0,73%.
Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,24% na janela de 12 meses. O valor interrompe uma sequência de desaceleração da inflação que vinha desde maio de 2022, quando acumulava 12,2%.
O principal impacto de alta vem do aumento da conta de energia elétrica residencial, que subiu 4,59% no mês e teve peso de 0,18 p.p. no IPCA-15 cheio.
O salto se deu pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que foi creditado nas faturas do mês anterior. O IBGE havia constatado, em julho, o principal impacto negativo para IPCA-15 justamente na redução de preços de energia elétrica residencial (-3,45%), por conta do crédito.
Além do final do bônus, neste mês também houve reajustes de energia em três capitais pesquisadas pelo IBGE: Curitiba (9,68%), Porto Alegre (5,44%) e São Paulo (4,21%).
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta neste mês, com maior variação vinda do grupo de Habitação (1,08%), que engloba as contas de luz residenciais. O IBGE destaca também um reajuste de taxas de água e esgoto (0,20%), com destaque para Porto Alegre e Brasília.
Veja abaixo a variação dos grupos em agosto
- Alimentação e bebidas: -0,65%
- Habitação: 1,08%
- Artigos de residência: 0,01%
- Vestuário: -0,03%
- Transportes: 0,23%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,81%
- Despesas pessoais: 0,60%
- Educação: 0,71%
- Comunicação: 0,04%
A maior queda do mês vem do grupo Alimentação e bebidas, que teve queda de 0,65% no mês. Novamente, o destaque é mais uma deflação da alimentação no domicílio (-0,99%), com baixa nos preços de alimentos in natura, como batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%).
A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,22% em agosto, mas mostra desaceleração em relação ao mês anterior (0,46%). O grande destaque foi a desaceleração de lanche, que subiu 0,14% no mês contra 1,02% em julho.
Altas em Saúde e Educação
Pressões menores no IPCA-15 vieram dos grupos de Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%).
O primeiro grupo teve alta puxada por itens de higiene pessoal, que subiram 1,59% em agosto depois de registrarem deflação de 0,71% em julho. "Os preços dos produtos para pele (8,57%) e dos perfumes (2,94%) subiram, após queda de 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente", destaca o IBGE.
Em educação, o fluxo de subida vem de cursos regulares (0,74%), com reajustes em subitens como creche (1,91%) e ensino superior (1,12%). "A alta dos cursos diversos (0,06%) foi influenciada pelos cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%)", diz o instituto.
Transportes sobe pouco
Um dos destaques das últimas divulgações de inflação, o grupo de Transportes teve aumento modesto, de 0,23% no mês. O resultado foi bastante puxado por uma alta nos preços do automóvel novo (2,94%), uma devolução pontual dos descontos constatados pelo programa de desconto no carro zero.
Os combustíveis também tiveram alta, de 0,46% em agosto. Mas a alta nos preços da gasolina, que haviam puxado bastante o IPCA nos últimos meses, avançou 0,90% nesta medição. O gás veicular subiu 1,88%, mas óleo diesel (-0,81%) e do etanol (-2,55%) tiveram quedas.
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