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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Credit Suisse vê grandes empresas no Brasil com nível saudável de endividamento em 2023

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Segundo estudo do banco, as empresas brasileiras no agregado tinham uma dívida líquida sobre Ebitda de 12 meses de 1,5 vez, metade do que tinham antes da crise econômica de 2015-2016.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 09 de janeiro de 2023 às 16h15m

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Bolsa de valores de SP nesta segunda-feira (2). — Foto: BRUNO ESCOLASTICO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Bolsa de valores de SP nesta segunda-feira (2). — Foto: BRUNO ESCOLASTICO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Analistas do Credit Suisse avaliam que 2023 deve ser outro bom ano em termos de inadimplência das grandes e médias empresas brasileiras, apesar de incertezas no ambiente econômico.

"Nossa análise indica que o segmento corporativo do Brasil tem significativamente mais proteção e está muito melhor preparado contra 'taxas de juros mais altas por mais tempo' e cenário de recessão."

A equipe do banco suíço avaliou a situação de alavancagem corporativa observando cerca de 1.300 empresas com um total combinado de 2,7 trilhões de reais de dívidas bancárias e corporativas pendentes.

O Credit concluiu que, apesar do aumento da taxa Selic, as empresas brasileiras no agregado tinham uma dívida líquida sobre Ebitda de 12 meses de 1,5 vez, metade do que tinham antes da crise econômica de 2015-2016.

O índice de cobertura de juros está em 4,6 vezes, bem acima da proporção mínima aceitável, de 1,5 vez, além de estar 2,5 vezes acima do nível de 2014.

Dos 12 setores, apenas dois têm dívida líquida sobre Ebitda acima de 3 vezes, enquanto três setores possuem cobertura de juros em torno de 1,5 vez ou menos.

"Os dados sugerem baixo risco de refinanciamento, com a dívida de curto prazo sobre os empréstimos totais em mínimos históricos e o índice de cobertura do serviço da dívida de curto prazo entre os melhores da história", afirmam.

Eles acrescentaram que o setor corporativo do Brasil se beneficiou de margens Ebitda mais altas — cerca de 24% de 2017-2022; significativamente melhores do que no período 2011-2015 — cerca de 18%.

Mas o segmento de micro e pequenas empresas é diferente, apontaram.

"Nossos dados de amostra sugerem níveis crescentes de alavancagem, levando-nos a preferir os bancos com baixa exposição a esse segmento, ou seja, o Itaú Unibanco", afirmaram Marcelo Telles e Daniel Vaz em relatório de domingo.

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