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Museu quer atrair estudantes e familiares de funcionários e possui diversos espaços interativos para explicar sobre investimentos.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Thais Matos, g1
Postado em 13 de agosto de 2022 às 11h00m
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MuB3 — Foto: Gustavo Augustin/Divulgação/MuB3
Confusão, nervosismo e gritaria.
Essa é a imagem clássica que as bolsas de valores têm no nosso imaginário. Apesar de as negociações não serem assim há mais de uma década, é possível sentir um gostinho desta atmosfera no bem mais moderno e 'instagramável' Mub3 - Museu da Bolsa do Brasil, inaugurado nesta sexta (12) e patrocinado pela B3 no centro de São Paulo.
A exposição que abre o espaço conta a relação da bolsa com a história do país e a vida dos brasileiros desde 1890. Por lá, é possível conhecer as primeiras negociações de capitais e ver objetos que foram usados ao longo do tempo para compra e venda, como os telefones amarelos e vermelhos do antigo pregão viva-voz – aquele, antigo, o da gritaria.
Negociadores tensos no pregão da BM&F, no momento em que foi acionado um "circuit breaker" em 29 de setembro de 2008 — Foto: Robson Fernandjes/Estadão Conteúdo/Arquivo
Há tabelas com cotações antigas de empresas que já foram queridinhas na bolsa, como a Souza Cruz (atual Bat Brasil), e outras que estão até hoje na composição do Ibovespa, como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Exposição conta a história do mercado de capitais — Foto: Gustavo Augustin/Divulgação/MuB3
Em uma das interações mais instrutivas, o cafezinho de cada dia é usado para contar como o mercado de capitais está presente em todas as etapas produtivas e comerciais de um produto: a operação por trás das compras no cartão de crédito, as debêntures que viabilizam o transporte, o investimento em fundos imobiliários que sustenta o armazenamento e até as transações complexas que garantem a plantação do grão nas fazendas.
Em uma das interações mais instrutivas, o cafezinho de cada dia é usado
para contar como o mercado de capitais está presente em todas as etapas
produtivas e comerciais de um produto. — Foto: Gustavo
Augustin/Divulgação/Mub3
Aula de mercado
Também é objetivo do museu ser uma aula sobre o mercado de capitais brasileiro.
No 'túnel', uma coleção dos investimentos disponíveis no mercado de capitais — Foto: Gustavo Augustin/Divulgação/MuB3
Ela conta história de como o ouro, o café e o algodão ajudaram a criar o sistema financeiro no país. A exposição é formada por vários ambientes: uma praça pública de 1890, um escritório mercantil, um pregão de 1930, a era da pedra, um painel de negociações dos anos 1970 e os últimos pregões presenciais.
E segue até os dias atuais. No fim da exposição, o visitante pode aprender (e participar) de um toque de campainha da bolsa.
Exposição mostra móveis e objetos históricos do mercado de capitais — Foto: Gustavo Augustin/Divulgação/MuB3
Em um painel interativo, é possível aprender sobre os principais tipos de investimento disponíveis, como tesouro direto, ações, fundos imobiliários e letras de crédito, por exemplo. E quem são as empresas e órgãos que compõem o mundinho financeiro do país, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários.
4 décadas de visitas
Desde a década de 1980, a bolsa recebia visitas de estudantes e possuía um acervo de mais de 100 mil arquivos. Foi dessa junção entre material e procura que surgiu a ideia da criação do museu. A equipe do grupo Sintonize, que atuou na concepção do local, levou dois anos para colocar tudo de pé.
Antigos telefones da bolsa em exposição — Foto: Gustavo Augustin/Divulgação/MuB3
Dentre as ações pensadas para atrair o público, estão parcerias com escolas públicas e privadas da capital paulista e o incentivo para os funcionários levarem suas famílias à exposição. Felipe Paiva, diretor de relacionamento com o cliente da B3, diz que há ações pensadas especialmente para as crianças, com contação de histórias e oficinas para que elas criem sua própria cédula.
"Queremos democratizar o acesso à história e à educação financeira", conta Paiva. Ele diz que esse é mais um dos desafios da proposta de popularização da bolsa de valores, necessária diante da entrada de mais investidores, mais jovens e detentores de pequenos aportes.
Maquete mostra como era o pregão viva voz na bolsa paulista — Foto: Gustavo Augustin/Divulgação/MuB3
"Essa nova realidade nos desafia em vários aspectos. Mudança de comunicação, educação e planejamento financeiro, reformulação das taxas e tarifas para investir, espaço acessível para monitorar os investimentos e a rentabilidade da carteira são algumas das transformações pelas quais passamos", explica o diretor.
O diretor diz que o objetivo dessas iniciativas é "furar a bolha" dos investidores e atrair quem ainda aplica seu dinheiro na poupança.
Maquete mostra pregão viva-voz da antiga BM&F. — Foto: Gustavo Augustin/Divulgação/MuB3
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