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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Endividamento das famílias com bancos atinge novo recorde em setembro, diz BC

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Valor do endividamento com setor bancário, naquele mês, chegou a 49,4% da renda acumulada das famílias no ano anterior.
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Por Jéssica Sant'Ana e Jamile Racanicci, g1 e TV Globo — Brasília

Postado em 28 de dezembro de 2021 às 13h50m

Post. N. =  0.397

O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (28) estatísticas sobre o endividamento das famílias com o setor bancário. O endividamento voltou a ser recorde em setembro, ao somar 49,4% da renda acumulada das famílias nos doze meses anteriores.

Os números consideram uma nova metodologia de cálculo (entenda mais abaixo).

A taxa de setembro é 0,7 ponto percentual superior à registrada em agosto, que foi de 48,7%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a alta foi de 8,1 p.p.

Desde outubro de 2020, o endividamento das famílias vem subindo, passando a bater sucessivos recordes desde junho de 2021.

>>> Veja os resultados mês a mês no gráfico abaixo:

Nível do endividamento das famílias
(valor em % da renda acumulada nos doze meses anteriores, considerado a nova metodologia)
46,446,446,646,646,946,945,345,344,844,844,444,442,142,142,242,242,442,441,341,3424243,143,1444444,444,444,744,7454545,545,546,646,647,347,347,647,648,748,749,449,4DEZ/19JAN/20FEV/20MAR/20ABR/20MAI/20JUN/20JUL/20AGO/20SET/20OUT/20NOV/20DEZ/20JAN/21FEV/21MAR/21ABR/21MAI/21JUN/21JUL/21AGO/21SET/210102030405060
Fonte: BANCO CENTRAL

Nova metodologia
Número de endividados em SP é o maior desde 2004, diz Fecomércio
Número de endividados em SP é o maior desde 2004, diz Fecomércio

O BC mudou em dezembro a metodologia de cálculo das estatísticas de endividamento das famílias brasileiras.

A nova metodologia inclui no cálculo recursos recebidos extraordinariamente pelas famílias, tais como o saque emergencial do FGTS em 2019 e o auxílio emergencial em 2020 e 2021.

Por outro lado, exclui rendas de aluguéis, rendas distribuídas das empresas para as famílias e rendas de investimentos.

Com a nova metodologia, os valores divulgados são inferiores aos da série anterior, mas, segundo o Banco Central, suas trajetórias no longo prazo permanecem essencialmente as mesmas.

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