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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Mercado financeiro sobe para 8% a estimativa de inflação em 2021 e vê alta menor do PIB

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Previsão do crescimento da economia passou para 5,04%. Mercado também estima uma alta maior dos juros básicos, para 8% ao ano no fim de 2021.
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília

Postado em 13 de setembro de 2021 às 11h00m

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O mercado financeiro subiu a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, para 8% neste ano. Ao mesmo tempo, reduziu a previsão de crescimento da economia,.

As previsões do mercado constam no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para a inflação, a expectativa do mercado para o ano de 2021 avançou pela vigésima terceira seguida, passando de 7,58% para 8%.

Expectativa do mercado para o IPCA de 2021


Fonte: Banco Central

O centro da meta de inflação, em 2020, é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação (7,5%).

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Para 2022, o mercado financeiro subiu de 3,98% para 4,03% a estimativa de inflação. Foi a oitava alta seguida no indicador. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

Ex-diretor do Banco Central comenta perspectivas para a inflação e para a economia
Ex-diretor do Banco Central comenta perspectivas para a inflação e para a economia

PIB

Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,15% para 5,04% em 2021.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para 2022, o mercado baixou a previsão de alta do PIB de 1,93% para 1,72%.

Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o "barulho político" dos últimos dias, resultado do discurso de caráter golpista do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações de 7 de Setembro, poderia afetar o ritmo de crescimento da economia brasileira, gerando uma desaceleração.

Taxa básica de juros

O mercado financeiro também subiu de 7,63% para 8% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Com isso, os analistas seguem estimando alta nos juros neste ano.

Em março, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia foi aumentada pelo BC para 2,75% ao ano. Em maio, o Copom elevou o juro para 3,5% ao ano e, em junho, a taxa avançou ara 4,25% ao ano. Na semana passada, a taxa subiu para 5,25% ao ano.

Para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro elevaram a expectativa para a taxa Selic de 7,75% para 8% ao ano, o que pressupõe estabilidade do juro básico da economia no ano que vem.

Outras estimativas

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,17 para R$ 5,20. Para o fim de 2022, ficou estável em R$ 5,20 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 subiu de US$ 70,8 bilhões para US$ 71 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado ficou estável em US$ 63 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano recuou de US$ 54 bilhões para US$ 51,1 bilhões. Para 2022, a estimativa permaneceu em US$ 65 bilhões.

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