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segunda-feira, 1 de março de 2021

Varejo do Brasil perdeu 75 mil lojas em 2020, diz CNC

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Pandemia do coronavírus causou a maior retração no setor desde 2016, mesmo com queda de vendas menor do que a esperada pela entidade.  
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Por G1  
01/03/2021 13h06 Atualizado há 2 horas
01 de março de 2021 às 15h10m

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Lojas fechadas: número de 2020 foi o pior desde 2016, quando o saldo negativo foi de 105,3 mil lojas no ano. — Foto: Danilo Girundi / TV Globo
Lojas fechadas: número de 2020 foi o pior desde 2016, quando o saldo negativo foi de 105,3 mil lojas no ano. — Foto: Danilo Girundi / TV Globo

O Brasil perdeu 75,2 mil lojas em 2020, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O número é o saldo entre abertura e fechamento de estabelecimentos com vínculos empregatícios do comércio varejista brasileiro.

O freio de atividade econômica imposto pela pandemia do coronavírus é a causa para o déficit no ano passado. Pelo termômetro da CNC, o número foi o pior desde 2016, quando o saldo negativo foi de 105,3 mil lojas no ano.

A quantia de empregos formais também foi reduzida. A perda foi de 25,7 mil vagas com carteira assinada, também a maior desde 2016. Naquele ano, foram eliminados 176,1 mil postos de trabalho.

As perdas do setor varejista foram sentidas logo em março, mas, a partir de maio, foi possível começar a reverter a situação, graças à rápida reação do mercado. Contribuíram fatores como o fortalecimento do comércio eletrônico e o benefício do auxílio emergencial, permitindo que o brasileiro pudesse manter algum nível de consumo", disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros, em nota.

Abertura líquida de estabelecimentos e volume de vendas no varejo — Foto: Reprodução/CNC
Abertura líquida de estabelecimentos e volume de vendas no varejo — Foto: Reprodução/CNC


Vendas no varejo caem 6,1% em dezembro, mas crescem em 2020

Vendas no varejo caem 6,1% em dezembro, mas crescem em 2020

Setores e estados

A CNC também dividiu por setores o impacto dos fechamentos do varejo em 2020. O segmento de "vestuário, calçados e acessórios" foi o mais afetado, com mais de 22,3 mil estabelecimentos fechados.

Na sequência, vêm "hiper, super e minimercados" (-14,38 mil) e "utilidades domésticas e eletroeletrônicos" (-13,31 mil).

O saldo foi negativo também em todas as unidades da federação. Sofreram mais as UFs mais populosas: São Paulo fechou 20,3 mil estabelecimentos, Minas Gerais, 9,5 mil, e Rio de Janeiro, 6,04 mil.

A CNC prevê três cenários para 2021, um básico, um otimista e outro pessimista. No primeiro, as vendas avançariam 5,9%, em comparação com 2020, e o setor seria capaz de reabrir 16,7 mil novos pontos de venda este ano.

No otimista, em que o isolamento social retornaria aos níveis pré-pandemia, o volume de vendas cresceria 8,7% e 29,8 mil estabelecimentos com vínculos empregatícios seriam abertos ao longo do ano. No pessimista, o saldo entre abertura e fechamento de lojas seria positivo em apenas 9,1 mil unidades.

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