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Projeção anterior era de 3,02%. Economistas ouvidos pelo Banco Central ainda reduziram a previsão de queda do PIB neste ano, para 4,80%. = =---____------- === ---- -----________::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::________ --------- ==== -----------____---= =
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
09/11/2020 08h35 Atualizado há 4 horas
Postado em 09 de 2020 às 12h35m
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Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, de 3,02% para 3,20% em 2020. Essa foi a décima terceira alta seguida no indicador.
A expectativa faz parte do boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
No decorrer do ano, com a pandemia do novo coronavírus e a recessão na economia brasileira, o mercado baixou a estimativa de inflação. Nos últimos meses, porém, com a alta do dólar e com a retomada da economia, os preços voltaram a subir.
Em setembro, a inflação oficial do país avançou 0,64%, a maior alta para o mês desde 2003. Em outubro, subiu para 0,86%, a maior desde 2002.
Apesar da alta, a expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e acima do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2021, o mercado financeiro subiu de 3,11% para 3,17% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Retração da economia
Sobre o comportamento da economia brasileira em 2020, os economistas do mercado financeiro baixaram sua estimativa de tombo do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,81% para 4,80% na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Na última semana, o mercado baixou de 3,34% para 3,31% a estimativa de expansão do PIB para 2021.
A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nos últimos meses, porém, indicadores têm mostrado uma retomada da economia brasileira.
- Em setembro, o governo brasileiro manteve a expectativa de queda de 4,7% para o PIB de 2020.
- O Banco Mundial prevê uma queda de 5,4% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 5,8% em 2020.
- Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos.
- Após recuar 2,5% nos primeiros três meses deste ano (número revisado), o PIB apresentou um tombo de 9,7% no segundo trimestre deste ano – contra os três meses anteriores. Foi a maior queda desde que o IBGE iniciou os cálculos do PIB trimestral, em 1996.
Após a manutenção da taxa básica de juros em 2% ao ano no fim de outubro, o mercado segue prevendo estabilidade na Selic neste patamar até o fim deste ano.
Para o fim de 2021, a expectativa do mercado ficou estável em 2,75% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem.
Outras estimativas
- Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 permaneceu estável em R$ 5,45. Para o fechamento de 2021, continuou em R$ 5,20 por dólar.
- Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 caiu de US$ 58,70 bilhões para US$ 57,90 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado permaneceu em US$ 55 bilhões de superávit.
- Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 50 bilhões. Para 2021, a estimativa permaneceu estável em US$ 65 bilhões.
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